6 Fev, 2017
O presidente Michel Temer indicou o então Ministro da
Justiça,
Alexandre de Moraes (PSDB), para a vaga de Teori Zavascki no
Supremo
Tribunal Federal (STF).
Com a indicação, o nome mais forte para assumir o Ministro
da Justiça, seria Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho
Beira-Mar, líder do Comando Vermelho.
Temer também deve criar mais dois ministérios. Um deve ser
ocupado por Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, líder
do Primeiro Comando da Capital (PCC), e o outro nome será indicado pelo Família
do Norte (FDN). O objetivo de Temer é “apaziguar o país unindo todas as
forças”.
Cunha, PCC e repressão policial: o passado polêmico de
Alexandre de Moraes
Extra
Eduardo Cunha, PCC (Primeiro Comando da Capital) e ocupação
estudantil: o que estas três esferas têm em comum? A resposta está em Alexandre
de Moraes, escolhido por Michel Temer para ser o novo ministro da Justiça.
À
sua pasta serão incorporadas as secretarias da Mulher, Igualdade Racial e
Direitos Humanos. Sendo assim, Alexandre comandará o Ministério da Justiça e
Cidadania.
Em dezembro de 2014, ele assumiu a Secretaria de Segurança
Pública de São Paulo, prometendo o fortalecimento da legislação estadual no
setor.
No entanto, sua passagem como secretário foi colocada em xeque diversas
vezes por conta da violência supostamente excessiva diante de protestos e atos
políticos, como, por exemplo, as ocupações estudantis das escolas estaduais,
que vêm ocorrendo desde o ano passado.
Em janeiro deste ano, um protesto realizado pelo MPL
(Movimento Passe Livre) contra aumento de tarifas foi reprimido de forma
ostensiva, o que reservou ao papel de Alexandre uma repercussão negativa diante
da opinião pública.
Sob sua gestão na secretaria foram utilizados, pela
primeira vez, blindados israelenses para enfrentar manifestações. De acordo com
dados levantados pela TV Globo, a Polícia Militar foi responsável pela morte de
uma em cada quatro pessoas assassinadas no estado paulista em 2015.
Ainda em 2015, reportagem do “Estado de S. Paulo” afirmou
que Alexandre constava no Tribunal de Justiça de São Paulo como advogado em
pelo menos 123 processos da área civil da Transcooper.
A cooperativa é uma das
cinco empresas e associações que está presente em uma investigação que trilha
movimentações de lavagem de dinheiro e corrupção engendrado pela organização
criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
À época, Alexandre disse, por meio
de nota, que “renunciou a todos os processos que atuava como um dos sócios do
escritório de advocacia” e que estava de licença da OAB durante o período
investigado.
No fim de 2014, pouco antes de assumir a Secretaria de
Segurança Pública de São Paulo, o novo ministro da Justiça pouco defendeu
Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara dos Deputados, em uma ação sobre
uso de documento falso em que conseguiu a absolvição do peemedebista.
Marcela Temer, o hacker e Alexandre
Nesta quarta-feira, a Polícia Civil de São Paulo prendeu
Silvonei José de Jesus Souza, acusado de ser o hacker responsável por invadir o
celular de Marcela Temer, mulher do presidente em exercício, Michel Temer, e extorqui-la
pedindo R$ 15 mil.
Há cerca de um mês, foi instaurado um inquérito e decretado
o sigilo sobre a investigação do caso. Para comandá-lo, foi desginado Rodolpho
Chiarelli, indicação direta do secretário Alexandre de Moraes, agora ministro
da Justiça do novo governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário