E AGORA DALLAGNOL? Lula é inocentado, Propina da Odebrecht
pagou eleição de Cunha e compra de 140 deputados
24 de fevereiro de 201
O empresário José Yunes decidiu disparar um tiro no peito de
Michel Temer, seu parceiro e melhor amigo há várias décadas.
Mais do que simplesmente delatar Eliseu Padilha (saiba mais aqui), ministro da
Casa Civil que acaba de pedir licença do cargo, ele afirmou que Temer sabia de
tudo.
Em entrevista ao jornalista Lauro Jardim,
Yunes afirmou que
Temer, seu melhor amigo, tem conhecimento de que ele foi usado como “mula” por
Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil – “mula” é um termo do tráfico de drogas
que designa a pessoa usada para transportar drogas para terceiros.
Na entrevista, Yunes disse ter recebido Lúcio Funaro em seu escritório, a
pedido de Padilha. No encontro, Funaro lhe contou que estava financiando 140
deputados para garantir a eleição de Eduardo Cunha à presidência da Câmara dos
Deputados.
“Contei tudo ao presidente em 2014. O meu amigo Temer sabe
que é verdade isso. Ele não foi falar com o Padilha. O meu amigo reagiu com
aquela serenidade de sempre. Eu decidi contar tudo a ele porque, em 2014,
quando aconteceu o episódio e eu entrei no Google e vi quem era o Funaro,
fiquei espantado com o ‘currículo’ dele. Nunca havia conhecido o Funaro”, disse
Yunes a Jardim.
Segundo Yunes, Funaro afirmou que estava em curso uma
estratégia para eleger uma bancada fiel a Cunha, para conduzi-lo à presidência
da Câmara. “Ele me disse: ‘A gente está fazendo uma bancada de 140 deputados,
para o Eduardo ser presidente’. Perguntei: ‘Que Eduardo?’. Ele respondeu:
‘Eduardo Cunha’”.
Yunes decidiu falar depois que apareceu nas delações da
Odebrecht. De acordo com o delator Cláudio Melo Filho, da propina de R$ 11
milhões acertada com Temer, R$ 4 milhões foram entregues no escritório de
Yunes. Por isso mesmo, ele se antecipou e procurou também o Ministério Público
para dar sua versão dos fatos.
Tais recursos foram acertados num jantar entre Michel Temer
e Marcelo Odebrecht, no Palácio do Jaburu, em 2014, com a presença de Padilha.
O dinheiro saiu do departamento de propinas da empreiteira e ajudou a bancar a
eleição de Cunha para a Câmara.
Uma vez eleito presidente, Cunha passou a
sabotar o governo
da presidente eleita Dilma Rousseff e aceitou um pedido de
impeachment sem crime de responsabilidade,
abrindo espaço para que Temer
chegasse ao poder.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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