EUA: IMIGRANTES BRASILEIROS SEM DOCUMENTOS SÃO CAÇADOS EM
CASA E NO TRABALHO
Brasileiros estão sendo procurados no trabalho e dentro de
casa
Por EQUIPE JUNTOS PELO BRASIL12 de
fevereiro de 2017, 18:43
As autoridades de imigração norte-americanas prenderam
centenas de imigrantes sem documentos em pelo menos seis estados ao longo desta
semana em uma ofensiva que aparentemente marca o início da aplicação em grande
escala da ordem executiva do presidente Donald Trump, assinada em 26 de janeiro,
destinada a deportar cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais, inclusive 3
milhões, supostamente com antecedentes criminais.
Em janeiro, seis dias após tomar posse, Donald Trump assinou
uma ordem executiva que ampliou as categorias de imigrantes sem documentos a
serem incluídos na listas para deportação, cumprindo assim sua promessa de
campanha para combater a imigração.
Centenas de prisões foram confirmadas pelas
autoridade de imigração de vários estados, mas a Casa Branca ainda não divulgou
oficialmente o início da vigência da ordem executiva para deportações em massa.
Uma ordem executiva é uma norma que coloca em prática as
políticas do governo a serem executadas pelas agências e departamentos
oficiais.
O ato se resume a uma ação de governo e não tem o poder de reverter
uma lei aprovada pelo Congresso. Desde que tomou posse, Trump assinou 12 ordens
executivas.
A ordem executiva de 26 de janeiro é ampla e não se resume a
medidas para deportar imigrantes.
Ela também prevê a contratação de mais de 10
mil agentes de imigração para fiscalizar as fronteiras
e o interior do país,
além de uma fiscalização das chamadas “cidades santuárias”, ou seja, dos
municípios que se recusaram a transferir imigrantes sem documentos para o
âmbito das autoridades federais.
Invasão
Funcionários da imigração confirmaram que agentes federais
invadiram esta semana casas e locais de trabalho em Atlanta, Chicago, Nova
York, Los Angeles e também em algumas cidades da Carolina do Norte e da
Carolina do Sul, em busca de imigrantes sem documentos.
No entanto, Gillian
Christensen, porta-voz do Departamento de Segurança Interna, o órgão
norte-americano que supervisiona os setores de imigração e de alfândega, não
quis usar a palavra “invasão” para se referir às operações realizadas e falou
em “ações direcionadas de rotina”.
Gillian disse que a ofensiva, que começou na segunda-feira
(6) e terminou sexta-feira (10), prendeu imigrantes sem documentos provenientes
de 12 países latino-americanos. “Estamos falando de pessoas que são ameaças à
segurança pública ou uma ameaça à integridade do sistema de imigração”, disse.
Segundo ela, a maioria dos presos eram criminosos sérios, incluindo alguns que
haviam sido condenados por assassinato e violência doméstica .
Ativistas que combatem a repressão a imigrantes porém
afirmam que as prisões não se resumiram a criminosos. Disseram também que a
ação das autoridades envolveu uma área bem maior do que a admitida, uma vez que cidades
dos estados da Flórida, Kansas, Texas e Virgínia que também registraram
prisões.
Agentes de imigração em Los Angeles, no estado da
Califórnia, detiveram dezenas de pessoas em casa ou a caminho do trabalho. Em
uma teleconferência nesta sexta-feira (10), o diretor de imigração para a área
de Los Angeles, David Marin, disse que 160 pessoas foram presas.
Segundo ele,
desse total, 75% tinham condenação por crime. Os demais realizaram pequenos
delitos ou estavam ilegalmente nos Estados Unidos. Entre as pessoas presas em
Los Angeles, 37 foram deportadas para o México.
Emissoras de rádio em língua espanhola e a afiliada local da
NPR (uma rádio pública dos Estados Unidos) vêm divulgando, em Los Angeles,
anúncios sobre os direitos dos imigrantes.
As emissoras estão convidando os
imigrantes a participar de seminários para tomarem consciência das medidas que
podem tomar na Justiça caso estejam sob ameaça de prisão ou deportação.
Fonte: http://juntospelobrasil.com/
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