Engenheiro diz a Moro que o triplex não é do ex-presidente
Lula
Prestou depoimento nesta segunda-feira, em Curitiba,
o engenheiro civil Genésio da Silva Paraíso, como testemunha no processo
em que procuradores da Lava Jato acusam o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, juntamente com dona Maria Letícia, de ser “proprietário oculto” de um
apartamento triplex no Guarujá.
Genésio da Silva Paraíso acompanhou, pela OAS
Empreendimentos, as reformas feitas pela empresa Talento no tríplex.
Ele foi mais uma testemunha que explicou ao juiz de primeira instância
Sérgio Moro e aos procuradores do Ministério Público Federal no Paraná que a
reforma teria sido feita pela construtora porque Lula e Dona Marisa seriam
potenciais clientes para uma eventual compra do tríplex, e que o que lhe foi
solicitado foi a reforma para tornar o imóvel mais atrativo para uma
possível compra da família do ex-presidente.
Os pagamentos para a Talento
pela reforma foram feitos pela OAS através de transferência bancária, dentro do
procedimento padrão, sem nenhuma tipo de ocultação.
E que os recursos para a reforma saíram do caixa normal da
OAS Empreendimentos, não da OAS Construtora, empresas diferentes, com caixas
diferentes, mesmo sendo do mesmo grupo.
A OAS Construtora é a empresa que tem
contratos com a Petrobrás, e que nunca ouviu falar de um “caixa-geral” de
propina na OAS, como afirma na acusação o Ministério Público, afirmação que
está na denúncia mas que não foi confirmada por nenhuma testemunha do processo,
sequer as testemunhas de acusação.
Genésio afirmou ainda que, embora OAS Empreendimentos não
tenha feito esse tipo de obras antes, elas são algo normal no mercado de São
Paulo, onde já tinha visto reformas desse tipo sendo feitas por construtoras.
Por fim, esclareceu que a cobertura estava no estoque para venda da
construtora, e que foi retirado da prateleira quando a família do ex-presidente
tornou-se um potencial comprador, já que havia interesse até de marketing para
a OAS que Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou a presidência da República com
uma aprovação recorde, viesse a ser proprietário de uma unidade de um de seus
empreendimentos.
Via LULA
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