DELATADO POR RECEBER R$ 2,1 MILHÕES, EUNÍCIO, O ÍNDIO, VAI
COMANDAR O SENADO
Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), do grupo político que
aprovou o golpe parlamentar contra Dilma Rousseff e delatado pela Odebrecht na
Lava Jato por receber R$ 2,1 milhões, foi eleito presidente do Senado Federal
para o biênio 2017/2018 no lugar de Renan Calheiros; Eunício teve 61 votos e
venceu o senador José Medeiros (PSD-MT), que conquistou o apoio de 10
senadores; outros dez senadores votaram em branco; em sua primeira
entrevista, ele disse que sua relação com o governo Temer será de "independência,
harmonia e diálogo", mas se comprometeu com a agenda de reformas proposta
pelo Executivo
1 DE FEVEREIRO DE 2017 ÀS 19:49
Iolando Lourenço e Luciano Nascimento - Repórteres da
Agência Brasil
O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi eleito há pouco
presidente do Senado Federal para o biênio 2017/2018. Eunício teve 61 votos e
venceu o senador José Medeiros (PSD-MT), que conquistou o apoio de 10 senadores
e dez senadores votaram em branco.
A eleição confirmou o favoritismo do peemedebista e confere
ao PMDB um domínio de 12 anos no comando da Casa. Eunício substitui o senador
Renan Calheiros (PMDB-AL) no cargo. Calheiros passará a ocupar a liderança do
partido na Casa, cargo antes ocupado por Eunício.
A sessão deveria ter começado às 16h, mas só teve início às
17h35 porque os líderes partidários fizeram longas reuniões para definir a
ocupação dos demais cargos da Mesa Diretora, conforme a regra da
proporcionalidade das legendas.
Por enquanto, há acordo para os primeiros cargos da Mesa.
Assim, a 1ª Vice-Presidência será ocupada por Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), a 2ª
Vice-Presidência será de João Alberto Souza (PMDB-MA) e a 1ª Secretaria ficará
com José Pimentel (PT-CE).
Há ainda impasse sobre a situação das segunda,
terceira e quarta secretarias.
Eunício diz que sua relação com governo será de
independência e diálogo
Mariana Jungmann - Em sua primeira entrevista como
presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) disse que sua relação com o
governo será de "independência, harmonia e diálogo", mas se
comprometeu com a agenda de reformas proposta pelo Executivo. Segundo ele, a
pauta da Casa será formulada em conjunto com os líderes partidários.
Segundo ele, a reforma da Previdência, "assim como
outras leis que estão obsoletas e precisam de modernização", será debatida
e votada no Senado. Segundo Eunício, a reforma trabalhista também será pautada
quando chegar à Casa, porém, depois de debates com representantes dos setores
patronal e laboral.
Sobre a decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), ministra Cármen Lúcia, de manter os sigilos sobre os acordos de delações
dos executivos da Odebrecht, o novo presidente do Senado preferiu não comentar.
Um dos delatores da Lava Jato disse que pagou R$ 5 milhões em despesas de
campanha do senador para o governo do estado em 2014.
"O presidente desta Casa vai fazer sempre o diálogo,
mas não cabe a este presidente tomar nenhuma providência em relação à decisão
tomada pela presidente de outro poder", resumiu.
Eunício Oliveira foi eleito com 61 votos para comandar os
trabalhos do Senado pelos próximos dois anos. Logo após a eleição dele, os
senadores também elegeram a nova composição da Mesa Diretora da Casa.
Líder do PMDB, Eunício é senador desde 2011. Antes, havia
sido deputado federal em três legislaturas (de 1999 a 2010). Na Câmara, ele foi
líder do PMDB entre 2003 e 2004 e vice-líder do partido em diversas
oportunidades. Em 2004,
FONTE: http://www.brasil247.com/
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