O senado vota hoje o fim do 13º salário, não o impeachment
de Dilma
agosto 9, 2016 por esmael
Alguns “trouxas” comemoram o golpe contra Dilma
Rousseff, mas, de fato, o Senado vota nesta terça (9) o fim do 13º salário,
redução das férias e até o fim do adicional noturno para os trabalhadores.
Enquanto a mídia golpista trombeteia o afastamento de uma
presidente honesta, sem crime de responsabilidade, escondidinho, tenta-se
efetivar uma “República de Propinas” liderada pelo interino Michel Temer
(PMDB).
Em troca do poder, o mercado exige que se privatize, retire
direitos trabalhistas e sociais assegurados na Constituição Federal. Cobra,
também, que se desmantele a resistência dos sindicatos nem que para isso seja
preciso utilizar a Lei Antiterrorismo.
Não se trata de elucubrações, abstrações, mas de uma certeza
em marcha. O fim da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, prevista no Art.
7º da Constituição Federal, será revogado pelo governo golpista.
O diabo é que a informação é da própria trincheira do golpe,
isto é, d’O
Globo, que anotou na edição de ontem (8): “Proposta de reforma trabalhista
prevê negociação até de férias e 13º salário — Quase tudo o que está na CLT
poderá ser revisto, incluindo adicional noturno”.
Portanto, engana-se quem acha que o Senado vota hoje a “pronúncia
de juízo” do impeachment de Dilma. (Se quiser, você pode pode assistir ao
vivo aqui o teatro golpista).
Os senadores estão votando um “cheque em branco” para que
Michel Temer radicalizar o neoliberalismo, retirar direitos dos trabalhadores,
diminuir recursos da saúde e da educação, vender o patrimônio público como
Petrobras e Banco do Brasil, enfim, liquidar o Brasil enquanto Nação.
Com todos os defeitos que têm, Dilma seria obstáculo
concreta para a retirada de direitos trabalhistas e sociais. Também
atrapalharia a doação de empresas públicas a preço de bananas para o capital
estrangeiro. Eis o que realmente está em jogo em tempo de Olimpíada.
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