sábado, 6 de agosto de 2016

Com música, Vanderlei Cordeiro e Gisele, Rio encanta na abertura e passa no 1º grande teste

Com música, Vanderlei Cordeiro e Gisele, Rio encanta na abertura e passa no 1º grande teste
Antônio Strini, Gustavo Faldon e Igor Resende, do Rio de Janeiro
 (RJ)5 horas atrás 04/08/2016
VEJA FOTOS DA CERIMÔNIA DE ABERTURA DOS JOGOS OLÍMPICOS

Estão abertos os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro! Em cerimônia histórica, Rio celebra meio ambiente e presta homenagem à cultura e atletas brasileiros; veja como foi a Cerimônia de Abertura 

Oficialmente, começaram os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Foram exatos 2500 dias de espera. Desde o 2 de outubro de 2009, dia em que o Rio de Janeiro foi oficializado como sede da Olimpíada, até a noite desta sexta-feira, na cerimônia de abertura no Maracanã.
Críticas e dúvidas existiram diversas, ainda mais perto dos Jogos. No entanto, no primeiro grande teste, que era a cerimônia de abertura, dá para dizer que o Rio de Janeiro passou com direito a elogios mundiais.
Depois de Pelé ter alegado motivos de saúde para rejeitar ser o responsável por acender a pira olímpica dos Jogos do Rio de Janeiro de 2016, a honra, às pressas, acabou caindo nas mãos de Vanderlei Cordeiro de Lima, que nesta sexta-feira fez o gesto que oficialmente dá início às competições.
Vanderlei Cordeiro já havia carregado a chama olímpica no caminho dela pelo Brasil. O ex-maratonista ficou conhecido pela medalha de bronze nos Jogos de Atenas-2004, onde conquistou o bronze depois de ser atrapalhado pelo padre irlandês Cornelius Horan, que invadiu a competição quando o brasileiro liderava.
O ex-tenista Gustavo Kuerten, um dos cotados para acender a pira, entregou a chama nas mãos de Hortência, que passou para Vanderlei.
"Aqui estamos para entregar a história, história a ser feita pelos atletas, voluntários, público e juventude. O sonho olimpico agora é uma realidade maravilhosa. O melhor lugar do mundo é aqui, agora. Rio, Brasil. O Brasil dá as boas-vindas ao mundo de braços abertos. Eu sou o homem mais orgulhoso do mundo. Tenho orgulho da minha cidade, meu pais", disse Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro.
"Nasce hoje um mundo novo. Trabalhamos 7 anos numa jornada de superação e paixão pelo esporte. Lembrem-se, os filhos do Brasil não fogem à luta, são fortes. O Rio está orgulhoso de ser capital olímpica do mundo. E o Rio de Janeiro continua lindo.Nós não desistimos dos nossos sonhos. Essa é a força do povo. Em nome dos brasileiros, eu dou boas-vindas ao mundo, sabendo que hoje o mundo é carioca", completou.
Bach também deu sua mensagem sobre o início dos Jogos na cerimônia de abertura. "Boa noite, cariocas. Boa noite, Brasil. Esse é o momento da cidade maravilhosa. Esses primeiros jogos da América do Sul vão do Brasil para o mundo inteiro. Todos os brasileiros podem estar muito orgulhosos nesta noite", declarou o dirigente, exaltando os atletas refugiados.
"Atletas refugiados, você estão mandando uma mensagem de esperança para o mundo. Vocês estão fazendo uma grande contribuição à sociedade. No mundo olímpico, nós não toleramos adversidade, damos boas-vindas a algo que enriquece nossa diversidade"
A cerimônia
 Vista externa do Maracanã durante a abertura
Getty Vista externa do Maracanã durante a abertura

Logo no início da cerimônia, o protocolo da Olimpíada de apresentação do presidente do país-sede foi quebrado. No caso, Michel Temer, interino, não foi anunciado. Depois de Thomas Bach, presidente do COI, a abertura seguiu para o hino nacional, interpretado por Paulinho da Viola.

Na parte final da cerimônia, Temer declarou oficialmente o início dos Jogos e foi vaiado por parte da torcida no Maracanã.
Com a parte artística já rolando no palco do Maracanã, a apresentação iniciou falando justamente da história do Brasil, passando pela descoberta pelos portugueses até a escravidão.
O 14-bis, invenção inovadora de Santos Dumont na aviação, também foi lembrado na cerimônia.
Depois do contexto histórico brasileiro, a apresentação seguiu com a cultura do país nos dias de hoje.
 A modelo Gisele Bündchen representa a 'Garota de Ipanema'
 Getty A modelo Gisele Bündchen representa a 'Garota de Ipanema'

Daniel Jobim apareceu no piano no Maracanã interpretando "Garota de Ipanema", famosa na voz de seu avô, Tom, enquanto a topmodel Gisele Bundchen, que recentemente se aposentou das passarelas, fazia seu último desfile.
A participação de Gisele foi diferente da que foi apresentada à imprensa no ensaio geral da cerimônia. Isso porque a suposta cena onde a modelo era assaltada por um menino de rua gerou uma repercussão negativa e foi cortada.
Logo depois, o diretor da cerimônia de abertura, o cineasta Fernando Meirelles, afirmou que não era para ser um assalto e sim um pedido de selife.
De qualquer jeito, a participação de Gisele ficou restrita ao desfile.
Seguindo na música, a cerimônia apresentou o funk, ritmo popular e nascido no Rio de Janeiro. Claro, não podia faltar ele, o pagode, interpretado por Zeca Pagodinho e Marcelo D2, que cantaram "Deixa a Vida Me Levar".
Jorge Ben Jor puxou o coro no Maracanã cantando "País Tropical", que seguiu na voz do povo à capela mesmo depois da música ter parado.
 Festa brasileira na abertura dos Jogos
             Getty Festa brasileira na abertura dos Jogos

Uma mensagem socioambiental alertando para os riscos do aquecimento global finalizou a parte artística, dando início às apresentações dos países.

Além do Brasil, a delegação mais festejada foi a dos refugiados. As de Argentina e Alemanha, obviamente foram as mais vaiadas.
Depois dos discursos de Nuzman e Bach, Emanuel, Marta, Torben Grael, Joaquim Cruz, Sandra Pires e Oscar Schmidt carregaram a bandeira olímpica para dentro do estádio.
Coube ao velejador Robert Scheidt fazer o juramento olímpico. 
Caetano Veloso, Gilberto Gil e Anitta abriram o último bloco artístico, que contou ainda com as principais escolas de samba do Rio de Janeiro.
 Vanderlei Cordeiro acende a Pira Olímpica no Maracanã

Getty Vanderlei Cordeiro acende a Pira Olímpica no Maracanã

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