DOMINGO, 7 DE AGOSTO DE 2016
“O dinheiro do Mensalão não é nada, se comparado com o
dinheiro do contrabando do Nióbio. O ministro José Dirceu estava negociando com
bancos uma mina de nióbio da Amazônia”, disse Marcos Valério.
Você já ouviu falar do Nióbio? Sabia que o Brasil é o país
mais rico do mundo neste elemento? Que ele vale MUITO dinheiro? Provavelmente
você não sabe, mas por quê?
Descoberto em 1801 pelo inglês Charles Hatchett, o Nióbio, o mais leve dos
metais refratários, é utilizado principalmente em ligas ferrosas (tão poderoso
que é utilizado na escala de 100 gramas para cada tonelada de ferro), criando
aços bastante resistentes que são utilizadas em tubos de gasodutos, motores de
aeroplanos, propulsão de foguetes e em outros chamados supercondutores, além de
soldagem, indústria nuclear, eletrônica, lentes óticas, tomógrafos, etc. Com
99% das reservas do mundo e mais de 90% da comercialização mundial, o Brasil
explora muito pouco, perto da capacidade disponível.
O nióbio é o elemento metálico de mais baixa concentração na crosta terrestre,
sendo encontrado na natureza a uma proporção de 24 partes por milhão. Cada
vez mais essencial à tecnologia atual por ser altamente resistente às altas
temperaturas e à corrosão, o Nióbio, número 41 na tabela periódica, é alvo de
muitas polêmicas.
Em relatos vazados pelo Wikileaks, por exemplo, o governo americano caracteriza
o Nióbio como um recurso estratégico e imprescindível aos planos americanos.
Além disso, outros países e
consultorias especializadas incluem o metal na lista de elementos em situação
crítica ou ameaçada. Veja a reportagem abordando o vazamento do Wikileaks, como
nos mostra o site Oficial
da Net.
VEJA O VIDEO
Com bilhões de toneladas já confirmadas do minério em solo
brasileiro e centenas de anos de extração (somente em uma das minas), caso
mantenha-se a extração atual, o país exporta cerca de 70 mil toneladas por ano.
Mas por que tão pouco? Para elevar o preço? Não, pois segundo alguns,estamos
vendendo uma das maiores riquezas brasileiras à preço de banana, gerando
variados apontamentos de fraude.
Um dos maiores críticos, e talvez o único, tenha sido o deputado federal e
candidato à presidência, Enéas Carneiro, que afirmava que só a riqueza de
Nióbio enterrada no solo brasileiro seria maior que nosso pib atual. Algo
parecido com isto que era pregado pelo deputado foi o caso do manganês do
Amapá, que acabou após incessante extração e agora só resta os buracos abertos
pela mineradora como recordação. A multinacional e o“Defense Materials
Procurement Agency”, do Ministério da Defesa dos Estados Unidos da América, é
que podem dizer para onde foi o mineral. Na época o então Deputado Enéas
Carneiro falou sobre o assunto.
VEJA O VIDEO
Dr. Enéas Carneiro, afirma que poderíamos ter uma moeda
oriunda do Nióbio, o qual é essencial para os aviões supersônicos.
Mas o descaso parece ser somente do governo brasileiro, os
chineses, por exemplo, estão antenados no assunto. Prova disso é possível
compra de uma extensa área florestal em Rondônia. O interesse levou até mesmo o
embaixador chinês no Brasil, Qiuiu Xiaoqi, e sua esposa a visitarem a região. O
motivo não foi explicitado por nenhuma das partes, mas o Nióbio é a principal,
e provável, causa, já que reservas enormes estão no subsolo. Lembrando que a
China não tem produção de Nióbio e importa 100% do que sua imensa indústria de
aço consome. Apenas para complementar: o Japão e a União Europeia também
importam 100% do que consomem do material e os Estados Unidos, 80%.
Frente a este panorama, não é impossível que os chineses adquiram a área (que
está disponível para a venda a qualquer um), explorem o recurso e levem o
Nióbio brasileiro para fora. Lembremos que o mesmo ocorreu há cerca de 1
século, com o ciclo da borracha na Amazônia, no qual o Brasil detinha um
elemento vital para a indústria da época, e, por não saber administrar, perdeu
uma rara oportunidade de transformar a riqueza natural do país em
desenvolvimento, educação, saúde, qualidade de vida, etc. Vale ressaltar que
perto do local que foi sondado pelos chineses está a maior reserva de Nióbio do
mundo (e pasme, os estudos ainda não estão concluídos, podendo, portanto, ser
ainda maiores).
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