Edição do dia 25/08/2016
25/08/2016 21h28 - Atualizado em 25/08/2016 21h28
Mortos no terremoto da Itália já são 250; 360 feridos estão
internados
Terra voltou a tremer em Amatrice, a cidade mais destruída.
Mais de 290 construções históricas desabaram ou foram muito danificadas
Mais de 290 construções históricas desabaram ou foram muito danificadas
Subiu para 250 o número de mortos no terremoto que devastou
a região central da Itália na
madrugada de quarta-feira (24). Mais de 360 feridos estão em hospitais.
Quando voltou a Pescara del Tronto pela primeira vez depois
do terremoto, Maurizio caminhou desorientado pelo lugar que deixou às pressas
depois de ver a avó, o avô e amigos morrerem diante dele. Maurizio veio
esperando alguma notícia boa, mas só viu escombros.
"É uma tragédia, tantos mortos, e minha casa está destruída. Tudo caiu e
agora só podemos chorar”, disse ele.
A casa da família do Maurizio ficou metade destruída. A avó dele estava na
parte que ficou em escombros. Numa vila, pouca gente morava e muita gente
morreu.
Pescara del Tronto tinha só 135 moradores e, pelas contas oficiais, perdeu 48.
Mas um morador pensa que o número é muito maior.
"Vi três amigos morrerem aqui em baixo. Perdi outros
seis no centro do vilarejo”, disse.
Uma mulher chorava porque acreditava ter um parente vivo nos escombros. Um
pouco depois, bombeiros trouxeram uma escavadeira e começaram a procurar.
Mais de cinco mil pessoas entre bombeiros, soldados, voluntários, além de cães
farejadores vão continuar o trabalho durante a noite, tentando aumentar o único
número positivo desses últimos dias: 215 pessoas encontradas vivas. Como a
menina Júlia, sob aplausos e ao som de um animado "bella ragazza" -
menina linda.
Imagens de satélite comparam o vilarejo de Júlia antes e depois.
Quase dois dias depois do terremoto, e todo mundo continua com medo. A terra
voltou a tremer de madrugada, dois tremores secundários de magnitude até 5,4, e
na tarde desta quinta-feira (25) tudo balançou em Amatrice. O tremor foi tão
forte que chegou a interromper o trabalho das equipes.
Amatrice é a cidade mais destruída e também a mais triste, com quase 200
mortos. Eram casinhas, num lugar de paisagens de tirar o fôlego. São
construções muito antigas, de pedras, e por isso não aguentaram o terremoto.
O Ministério da Cultura da Itália informou que mais de 290 construções
históricas, entre elas muitas igrejas, desabaram ou foram seriamente
danificadas. Em Amatrice, Pescara del Tronto e Accuomoli, as construções que
caíram eram quase todas de pedra, e muita história.
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