quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Chefe da ONU alerta para catástrofe humanitária na cidade síria de Aleppo

16/08/2016 21h10 - Atualizado em 16/08/2016 21h14
Chefe da ONU alerta para catástrofe humanitária na cidade síria de Aleppo
Há risco de 'catástrofe humanitária sem precedentes', diz Ban Ki-moon. Aleppo é dividida entre oeste controlado pelo governo e leste pelos rebeldes.
Da Reuters
 Homem carrega peças de metal nesta segunda-feira (16) em rua com escombros após ataque em Sakhur, bairro de rebeldes sírios na cidade de Aleppo (Foto: AMEER ALHALBI / AFP)
Homem carrega peças de metal nesta segunda-feira (16) em rua 
com escombros após ataque em Sakhur, bairro de rebeldes sírios 
na cidade de Aleppo (Foto: AMEER ALHALBI / AFP)

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou nesta terça-feira (16) sobre o que chamou de uma “catástrofe humanitária” sem precedentes em Aleppo, na Síria, e pediu à Rússia e aos Estados Unidos para rapidamente alcançarem um acordo sobre um cessar-fogo na cidade e em outros lugares do país.

"Em Aleppo nós corremos o risco de ver uma catástrofe humanitária sem precedentes nos mais de cinco anos de sofrimento e derramamento de sangue no conflito sírio”, disse Ban ao Conselho de Segurança das Nações Unidas no seu último relatório mensal sobre o acesso à ajuda, visto pela Reuters.

A luta pelo controle de Aleppo, dividida entre o oeste controlado pelo governo e o leste comandado pelos rebeldes, se intensificou nas últimas semanas provocando centenas de mortes e impedindo o acesso de muitos civis a produtos básicos, luz e água.
Aleppo é um dos bastiões da rebelião para derrubar o presidente Bashar al-Assad, cujas forças têm o apoio terrestre de milícias xiitas de países vizinhos e o apoio aéreo da Rússia.
"A luta por território e recursos está sendo feita por intermédio de ataques indiscriminados em áreas residenciais, inclusive com o uso de bombas-barril, matando centenas de civis, incluindo dezenas de crianças”, disse Ban no relatório.


Ele reiterou o pedido por uma pausa humanitária de pelo menos 48 horas dos combates em Aleppo para a chegada de ajuda e também pressionou Moscou e Washington para alcançarem rapidamente um acordo de cessar-fogo.

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