Senador do PT pede afastamento imediato de Serra e Padilha
Noticias ao Minuto 9 horas atrás 07/08/2016
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O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse neste domingo (7)
que a oposição no Senado ao presidente interino, Michel Temer, pedirá o
afastamento imediato dos dois ministros citados em pré-acordo de delação
premiada da Odebrecht na Operação Lava Jato -o das Relações Exteriores, José
Serra (PSDB-SP), e o da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS).
Reportagem da Folha de S.Paulo revelou, neste domingo, que
funcionários da empreiteira afirmaram a investigadores da Lava Jato que a
campanha de Serra à Presidência, em 2010, recebeu da empresa R$ 23 milhões por
meio de caixa dois.
O ministro nega irregularidades e afirma que sua campanha
ocorreu dentro da lei.
A revista "Veja" também afirmou, na edição desta
semana, que a Odebrecht deverá dizer, em uma eventual delação, que o dono da
empresa, Marcelo Odebrecht, participou em 2014 de um almoço no Palácio do
Jaburu com Temer e Padilha no qual o atual presidente interino teria pedido
"apoio financeiro" às campanhas do PMDB, o que teria resultado no
pagamento de R$ 10 milhões "em dinheiro vivo" entre agosto e setembro
do mesmo ano.
Eles negam a acusação. O presidente interino confirmou que
se encontrou com Odebrecht em 2014 para discutir financiamento eleitoral, mas
que todas as doações foram declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral.
"Veja" divulgou ainda que, em outro acordo de
delação em andamento, o marqueteiro de campanhas do PT João Santana deverá
dizer que a presidente afastada, Dilma Rousseff, participou pessoalmente de
operações de caixa dois na campanha de 2014.
IMPEACHMENT
Lindbergh Farias também defendeu a suspensão do processo de
impeachment contra Dilma. Embora reconheça como pequena a chance de uma
paralisação do processo, o senador afirmou que as novas denúncias "mudam o
clima político no país".
"Aumenta a chance de dialogar com os senadores que
estão com muitas dúvidas. Esse agosto pelo jeito vai ser outro agosto dramático
na história do país. Caiu a máscara. Houve a vaia do Maracanã [contra Temer, na
abertura da Olimpíada] e agora essa acusação [da Odebrecht contra o presidente
interino]", disse o senador.
Segundo ele, as novas denúncias também fazer "cair um
pouco a narrativa de que o PT é uma organização criminosa".
"Esses novos fatos dão um discurso para a gente e fazem
aumentar a chance de mudar o voto dos senadores", disse Lindbergh, que é
membro da Comissão de Impeachment no Senado.
Sobre a alegação de Serra de que suas contas de campanha de
2010 estavam sob responsabilidade do PSDB, Lindbergh disse "que isso não
tira a força da denúncia contra ele". Com informações da Folhapress.
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