O chefe do Departamento de Segurança Interna dos EUA quer entrar no seu Facebook
02:00 08.02.2017(atualizado 02:03 08.02.2017)
© Fotolia/ weim
O novo secretário do Departamento de Segurança Interna
(DHS), John Kelly, propôs que os viajantes estrangeiros que desejam entrar nos
EUA revelem suas senhas de redes sociais ao solicitar um visto.
Durante sua primeira audiência no Congresso desde a sua confirmação
no Senado, o recém-nomeado chefe do DHS sugeriu que, como meio de aumentar a
segurança nas fronteiras, os funcionários da imigração poderiam exigir
identificadores de mídia social e senhas daqueles que desejassem entrar nos
Estados Unidos.
"Se alguém quiser entrar em nosso país", ele disse
em uma audiência em 7 de fevereiro, "queremos (que eles) digam, por
exemplo, quais sites visitam? Dê-nos as senhas. Se eles realmente querem
vir para a América, eles vão cooperar, se não, próximo da fila".
O chefe do DHS disse que ele planeja um exame rigoroso
quanto à possibilidade do solicitante de visto tentar imigrar,
independentemente de que fim levar a ordem executiva a nacionais de países
muçulmanos (atualmente
contestada na Justiça).
Kelly observou, contudo, que o DHS só estava considerando
as medidas, e que suas sugestões não deveriam ser tomadas como uma
declaração de política oficial.
No ano passado, o DHS propôs intensificar a triagem dos
participantes no Programa
de Isenção de Vistos, examinando sua presença na mídia social.
A medida foi
promovida como uma forma de fornecer "maior clareza e visibilidade a
possíveis nefastas atividades e conexões". Nada foi dito, no entanto,
sobre a exigência de senhas pessoais para contas de mídia social.
A sugestão de Kelly atraiu rapidamente críticas acentuadas
de grupos de direitos civis, que destacaram o fato de perfis em redes sociais
frequentemente revelarem informações pessoais, incluindo a orientação sexual de
um usuário ou seu pontos de vista político.
A identidade on-line de uma pessoa são portões para uma
enorme quantidade da expressão e da associação dela on-line, os uais podem
conter informações sensíveis sobre suas opiniões pessoais, crenças, identidade
e comunidade, argumentam ativistas.
A implementação de tal medida provavelmente levaria outros
países a impor requisitos semelhantes e, como resultado, os americanos seriam
obrigados a revelar seu perfil no Facebook quando viajam para o exterior.
Fonte: https://br.sputniknews.com/
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