11 de Dezembro de 2016
A delação do diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho vazada
pela força-tarefa da Lava Jato é devastadora para o golpista Michel Temer e
para o quartel-general do golpe. Não fica em pé uma viga do empreendimento
golpista.
Temer derreteu, e o Brasil está derretendo junto.
O
presidente usurpador perdeu totalmente a capacidade de governar. O país está
sendo jogado no precipício que pode causar uma convulsão social: depressão
econômica, desemprego próximo dos 15% e calamidade financeira em Estados e
Municípios que evoluirá para uma crise humanitária.
O PMDB e o PSDB, partidos da proa golpista, estão diante de
enorme responsabilidade histórica. Permitir a continuidade do governo ilegítimo
para finalizar os retrocessos anti-povo e anti-nação, é um crime que será cobrado
com juros altos no futuro.
O Brasil pede a renúncia do Temer. Segundo pesquisa
DATAFOLHA, 63% querem esta saída. É urgente a necessidade de renúncia do Temer.
Para evitar uma espiral de calamidade social, o Congresso tem a obrigação de
suspender a tramitação da PEC 55/16, da Reforma da Previdência e de outras
agendas formuladas pelo governo ilegítimo, e priorizar a renúncia do presidente
usurpador e a realização de eleições diretas.
Temer já estava numa situação dramática de sobrevivência
desde o cometimento de crime de responsabilidade para patrocinar interesses
imobiliários do parceiro Geddel Vieira Lima. Agora, entrou em coma.
Seu estado
é semelhante ao do enfermo cujas funções vitais estão mortalmente comprometidas
e é mantido artificialmente por aparelhos que, a qualquer momento, serão
desligados.
Ele é citado 43 vezes nas 82 páginas do depoimento do
diretor da empreiteira. É uma notável ficha corrida, só desbancada pelo
desempenho do seu preposto, o "Primo" Eliseu Padilha, citado em 45
passagens. O "Angorá" Moreira Franco, outro proeminente integrante do
clube dos propineiros, é citado 34 vezes.
Essa turma que tomou o poder de assalto promovia negociatas
dentro do Palácio Jaburu.
O diretor da empreiteira destaca a solenidade de que
se revestia o achaque: "claramente, o local escolhido para a reunião
[Jaburu] foi uma opção simbólica voltada a dar mais peso ao pedido de repasse
financeiro".
Como ficou revelado no caso Geddel, a sede da prática
delituosa mudou seu endereço para o Palácio do Planalto.
Além do Temer e de autoridades do coração do Planalto,
outros ministros foram denunciados: Mendonça Filho [DEM], José Serra [PSDB] e
Bruno Araújo, tucano que em 17 de abril de 2016 proferiu com estridente
histeria o voto 342 para o impeachment fraudulento da Presidente Dilma no que a imprensa
internacional caracterizou como "uma assembléia geral de bandidos
comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha".
A cúpula no Congresso, que garantia a sobrevivência do
governo golpista, também foi gravemente atingida. O delator citou repasses
milionários a Renan, Jucá, Eunício Oliveira, Agripino Maia, Rodrigo Maia, assim
como a parlamentares da oposição.
O terrível para Temer e para a sociedade golpista liderada
pelo PMDB e PSDB é que a delação de Cláudio Melo Filho é a primeira de um total
de 77 acordos de delação firmados só com funcionários e dirigentes da
Odebrecht.
Além dessas, estão sendo feitas delações por funcionários e
diretores de outras empreiteiras. Ou seja, uma tormenta que recém começa.
É óbvio que todas estas circunstâncias eram de conhecimento
dos justiceiros da Lava Jato e da mídia desde muito tempo antes da fraude do
impeachment, porém foram seletivamente ocultadas para permitir a perpetração do
golpe de Estado.
Basta relembrar a famosa lista de Janot ainda de março de
2015 que, todavia, saiu do noticiário e da investigação policial e judicial
para não prejudicar a evolução do golpe e também garantir a blindagem do PSDB.
Quem consegue a proeza de fazer desaparecer qualquer
vestígio de helicóptero carregado com 450 quilos de cocaína, tem talento
suficiente para outros milagres, como de eliminar adversários políticos através
de caçadas ideológicas, como a que promovem contra o Lula.
O PSDB, a Globo e a oligarquia golpista arquitetam a
sucessão do Temer a partir de 1º de janeiro de 2017 com eleição indireta no
Congresso, a tal "assembléia geral de bandidos".
Essa solução é inaceitável, porque será fonte de conflito e
tensão social em escala vertiginosa.
A saída para o Brasil é a renúncia
imediata de Michel Temer, e a convocação de eleição direta em 90 dias.
Somente
um governo eleito pela soberania popular terá legitimidade e força para evitar
que o país caia no precipício.
Fonte: http://www.brasil247.com/
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