sábado, 17 de dezembro de 2016

DERROTADO POR PUTIN, OBAMA ESCANCARA SUA DOR DE COTOVELO NA SAÍDA

DERROTADO POR PUTIN, OBAMA ESCANCARA SUA DOR DE COTOVELO                             NA SAÍDA
 JASON REED

Em sua última entrevista coletiva na Casa Branca, Barack Obama foi o retrato do fim do Império americano, ao classificar a Rússia como um "país fraco"; a declaração ocorreu depois da derrota dos Estados Unidos em Alepo, na Síria, onde as forças rebeldes, apoiadas pela Casa Branca, foram derrotadas pelo governo de Bashar Al-Assad, com apoio da Rússia; Obama também acusou o governo de Vladimir Putin de ter colocado Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, por meio de ciberataques – o que, se for verdade, seria uma demonstração de força, e não da fraqueza russa; o declínio americano tem consequências para o Brasil, uma vez que significa a reafirmação de uma ordem multipolar justamente no momento em que o Brasil, com Michel Temer, decidiu abandonar a política externa dos governos Lula e Dilma para tentar voltar a ser quintal e satélite dos Estados Unidos;

17 DE DEZEMBRO DE 2016 ÀS 12:13

247 – Ao conceder sua última entrevista coletiva na Casa Branca, nesta sexta-feira, Barack Obama foi o retrato do fim império americano, ao classificar a Rússia como um país fraco.

A declaração ocorreu depois da derrota dos Estados Unidos em Alepo, na Síria, onde as forças rebeldes, apoiadas pela Casa Branca, foram derrotadas pelo governo de Bashar Al-Assad, com apoio da Rússia.

Obama também acusou o governo de Vladimir Putin de ter colocado Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, por meio de ciberataques – o que, se for verdade, seria uma demonstração de força, e não da fraqueza russa.

O declínio americano tem consequências para o Brasil, uma vez que significa a reafirmação de uma ordem multipolar justamente no momento em que o Brasil, com Michel Temer, decidiu abandonar a política externa dos governos Lula e Dilma para tentar voltar a ser satélite dos Estados Unidos.

Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre as declarações de Obama:

Em última coletiva como presidente, Obama diz que Rússia é país fraco

Da Agência Ansa
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Barack Obama, disse que não há dúvida de que a Rússia interferiu na campanha eleitoral norte-americana de novembro deste ano ao hackear as contas de e-mails do Partido Democrático. "Trata-se de fatos baseados em uma pesquisa uniforme feita por todas as agências de inteligência", afirmou ontem (16), durante sua última entrevista como presidente.

Obama foi enfático sobre o assunto, dizendo para a Rússia "parar" com o hacking porque os Estados Unidos também têm a capacidade de fazer o mesmo com o governo de Vladimir Putin. 

"Quero mandar uma mensagem clara para a Rússia e para os outros: não continuem com isso porque podemos começar a fazê-lo também". Para ele, a candidata democrata Hillary Clinton acabou não sendo "tratada de maneira justa nas eleições".

Obama afirmou ainda que a Rússia é uma nação menor e mais fraca. "Sua economia não produz nada que alguém queira, com exceção de gás e armas. 

Eles não inovam". O presidente norte-americano acrescentou que "não acontece muita coisa na Rússia" sem Putin, mas não acusou o presidente russo de ter ligações pessoais com os casos de hacking nos EUA, limitando-se a dizer que os crimes aconteceram "nos níveis mais altos do governo russo".

Além disso, disse que Putin pode "enfraquecer" os Estados Unidos "como ele está tentando enfraquecer a Europa" se o país começar a "comprar as noções de que é ok intimidar a imprensa ou prender dissidentes". 

Ainda sobre o caso de hacking da Rússia, Obama criticou a posição de apoio ao país manifestada pelos republicanos, disse que o ex-presidente "Ronald Reagan estaria rolando na tumba" com essa ideia e mandou indiretamente um recado sobre o assunto para o  seu sucessor, o presidente eleito Donald Trump.

"A esperança é de que o meu sucessor tenha o mesmo tipo de preocupação e determinação no combate a certas interferências". 

O presidente afirmou que Trump "escutou" as "sugestões bastante específicas" que fez sobre o assunto, mas que não pode confirmar que "ele irá implementá-las". Obama lembrou que as suas "conversas foram cordiais" e não "defensivas".

Na semana passada, a agência de inteligência norte-americana CIA concluiu que a Rússia interveio nas eleições presidenciais dos Estados Unidos deste ano em favor do candidato republicano Donald Trump, que acabou saindo vitorioso. 

Segundo a agência, que depois recebeu o apoio de outras nas investigações, à medida que a campanha eleitoral terminava, o governo russo, e talvez até Putin, ajudou o magnata a vencer a ex-secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton ao mandar hackear os e-mails do Partido Democrata e divulgá-los aos poucos em páginas do WikiLeaks.



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