DERROTADO POR PUTIN, OBAMA ESCANCARA SUA DOR DE COTOVELO NA
SAÍDA
Em sua última entrevista coletiva na Casa Branca, Barack
Obama foi o retrato do fim do Império americano, ao classificar a Rússia como
um "país fraco"; a declaração ocorreu depois da derrota dos Estados
Unidos em Alepo, na Síria, onde as forças rebeldes, apoiadas pela Casa Branca,
foram derrotadas pelo governo de Bashar Al-Assad, com apoio da Rússia; Obama
também acusou o governo de Vladimir Putin de ter colocado Donald Trump na
presidência dos Estados Unidos, por meio de ciberataques – o que, se for verdade,
seria uma demonstração de força, e não da fraqueza russa; o declínio americano
tem consequências para o Brasil, uma vez que significa a reafirmação de uma
ordem multipolar justamente no momento em que o Brasil, com Michel Temer,
decidiu abandonar a política externa dos governos Lula e Dilma para tentar
voltar a ser quintal e satélite dos Estados Unidos;
17 DE DEZEMBRO DE 2016 ÀS 12:13
247 – Ao conceder sua última entrevista coletiva na
Casa Branca, nesta sexta-feira, Barack Obama foi o retrato do fim império
americano, ao classificar a Rússia como um país fraco.
A declaração ocorreu depois da derrota dos Estados Unidos em
Alepo, na Síria, onde as forças rebeldes, apoiadas pela Casa Branca, foram
derrotadas pelo governo de Bashar Al-Assad, com apoio da Rússia.
Obama também acusou o governo de Vladimir Putin de ter
colocado Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, por meio de
ciberataques – o que, se for verdade, seria uma demonstração de força, e não da
fraqueza russa.
O declínio americano tem consequências para o Brasil, uma
vez que significa a reafirmação de uma ordem multipolar justamente no momento
em que o Brasil, com Michel Temer, decidiu abandonar a política externa dos
governos Lula e Dilma para tentar voltar a ser satélite dos Estados Unidos.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre as declarações de
Obama:
Em última coletiva como presidente, Obama diz que Rússia é
país fraco
Da Agência Ansa
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Barack Obama, disse
que não há dúvida de que a Rússia interferiu na campanha eleitoral
norte-americana de novembro deste ano ao hackear as contas de e-mails do
Partido Democrático. "Trata-se de fatos baseados em uma pesquisa uniforme
feita por todas as agências de inteligência", afirmou ontem (16), durante
sua última entrevista como presidente.
Obama foi enfático sobre o assunto, dizendo para a Rússia
"parar" com o hacking porque os Estados Unidos também têm a
capacidade de fazer o mesmo com o governo de Vladimir Putin.
"Quero mandar
uma mensagem clara para a Rússia e para os outros: não continuem com isso
porque podemos começar a fazê-lo também". Para ele, a candidata democrata
Hillary Clinton acabou não sendo "tratada de maneira justa nas
eleições".
Obama afirmou ainda que a Rússia é uma nação menor e mais
fraca. "Sua economia não produz nada que alguém queira, com exceção de gás
e armas.
Eles não inovam". O presidente norte-americano acrescentou que
"não acontece muita coisa na Rússia" sem Putin, mas não acusou o
presidente russo de ter ligações pessoais com os casos de hacking nos
EUA, limitando-se a dizer que os crimes aconteceram "nos níveis mais altos
do governo russo".
Além disso, disse que Putin pode "enfraquecer" os
Estados Unidos "como ele está tentando enfraquecer a Europa" se o
país começar a "comprar as noções de que é ok intimidar a imprensa ou
prender dissidentes".
Ainda sobre o caso de hacking da Rússia,
Obama criticou a posição de apoio ao país manifestada pelos republicanos, disse
que o ex-presidente "Ronald Reagan estaria rolando na tumba" com essa
ideia e mandou indiretamente um recado sobre o assunto para o seu
sucessor, o presidente eleito Donald Trump.
"A esperança é de que o meu sucessor tenha o mesmo tipo
de preocupação e determinação no combate a certas interferências".
O
presidente afirmou que Trump "escutou" as "sugestões bastante
específicas" que fez sobre o assunto, mas que não pode confirmar que
"ele irá implementá-las". Obama lembrou que as suas "conversas
foram cordiais" e não "defensivas".
Na semana passada, a agência de inteligência norte-americana
CIA concluiu que a Rússia interveio nas eleições presidenciais dos Estados
Unidos deste ano em favor do candidato republicano Donald Trump, que acabou
saindo vitorioso.
Segundo a agência, que depois recebeu o apoio de outras nas
investigações, à medida que a campanha eleitoral terminava, o governo russo, e
talvez até Putin, ajudou o magnata a vencer a ex-secretária de Estado
norte-americana Hillary Clinton ao mandar hackear os e-mails do
Partido Democrata e divulgá-los aos poucos em páginas do WikiLeaks.
Fonte: http://www.brasil247.com/
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