FHC surpreende, diz que situação atual é “pior” do que 1964
e pede dialogo com ex-presidente Lula para conter crise
28 de dezembro de 2016
O golpe de 2016, articulado pelo ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, fracassou.
O plano inicial previa a derrubada de Dilma
Rousseff, o impedimento preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
a eventual cassação do registro do PT. Paralelamente, Michel Temer implantaria
a chamada “ponte para o futuro”, a confiança retornaria e, em 2018, um tucano
seria eleito para a presidência da República.
Oito meses depois do golpe, Lula lidera as pesquisas
Datafolha e três presidenciáveis tucanos estão implicados na Lava Jato: José
Serra por receber R$ 23 milhões na Suíça, Geraldo Alckmin acusado de ganhar R$
2 milhões por meio do cunhado e Aécio Neves suspeito de ter despesas pessoais
bancadas pelo marqueteiro.
Além disso, a “pinguela” Michel Temer fracassou. A economia
brasileira foi ao fundo do poço, em razão do golpe, a imagem do Brasil, cujas
elites sabotaram a democracia, foi arruinada.
É nesse contexto que FHC prepara uma guinada. Em entrevista
à colunista Sonia Racy, ele sinalizou a intenção de dialogar com o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Depois de dizer que a crise atual no Brasil é mais grave do
que a de 1964, ele defendeu o entendimento. “É preciso que pessoas de posições
diferentes conversem e retorne o bom senso. Mas quando falo em diálogo não é
entre os que se entendem. É com os que não querem o diálogo”.
FHC, na realidade, nunca quis o diálogo, enquanto imaginou
que o golpe seria um projeto bem-sucedido. Agora que o fracasso é evidente, ele
muda de postura. De todo modo, sua posição converge com a do ex-presidente
Lula, que recentemente falou à TV turca e pregou o entendimento.
“Eu acho que a melhor solução agora é os partidos políticos
discutirem uma PEC, uma emenda constitucional e recuperar o direito do povo
escolher o seu presidente da República outra vez pelo voto direto”, disse ele,
defendendo o diálogo entre os partidos.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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