terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Papa dá liberdade condicional a padre acusado de vazar dados

20/12 às 17h15 - Atualizada em 20/12 às 17h46
Papa dá liberdade condicional a padre acusado de vazar dados
Vallejo Balda havia sido condenado no caso "Vatileaks 2"
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O papa Francisco concedeu nesta terça-feira (20) a liberdade condicional ao monsenhor espanhol Lúcio Ángel Vallejo Balda, o religioso condenado no processo de vazamento de documentos, conhecido como "Vatileaks 2".

"Considerando que o reverendo Vallejo Balda já cumpriu mais da metade da pena, o Santo Padre Francisco lhe concedeu o benefício da liberdade condicional. 

Trata-se de uma medida de clemência que lhe permitirá readquirir a liberdade. A pena, no entanto, não está extinta", escreveu em nota o Vaticano. O padre ainda foi afastado de "qualquer ligação de trabalho com a Santa Sé".

Balda havia sido condenado a 18 meses de cadeia no longo processo que ainda condenou a consultora ítalo-marroquina Francesca Immacolata Chaouqui. 

Os demais imputados - o assistente do padre espanhol, Nicola Maio, e os jornalistas italianos Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi - foram absolvidos.

O padre e a consultora trabalhavam na Comissão de Estudos sobre as Atividades Econômicas do Vaticano (Cosea), órgão criado pelo papa Francisco em 2013 para monitorar as finanças da Santa Sé, mas já dissolvido. 

Eles foram condenados por terem passado a Nuzzi e Fittipaldi arquivos sigilosos que serviram de base para dois livros sobre as finanças da Igreja. 

O primeiro é autor de "Via Crucis", que relata os duros ataques do Pontífice argentino contra os dirigentes que comandaram as finanças do Vaticano nos anos anteriores à sua chegada ao poder.

Já Fittipaldi escreveu "Avarizia" (Avareza), livro que, baseado em documentos confidenciais, traça os primeiros mapas do império econômico da Santa Sé e denuncia gastos luxuosos por parte de membros do clero. 




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