Temer admite a ministros e deve renunciar a qualquer momento
Publicado em 19/12/2016 às 18h19.
Em entrevista exclusiva ao Estadão, o ministro da Casa Civil
Eliseu Padilha (PMDB) disse que o também Presidente Michel Temer decidiu que
todos os que estão citados na Lava-Jato devem sair do governo.
Tal medida, se
posta em prática, simplesmente implode o mandato interino de Temer, pois ele
mesmo e praticamente todos os seus ministros estão implicados na operação
comandada pelo juiz Sérgio Moro.
Um dos nomes mais fortes para a sucessão do presidente
Michel Temer, segundo pesquisas de opinião, a ex-ministra Marina Silva (Rede)
diz que o governo do peemedebista não conseguiu superar a crise nascida na
gestão Dilma Rousseff.
As soluções seriam uma alteração na lei para a realização de
novas eleições diretas ou a renúncia de Temer. “Poderá fazê-lo. Mas isso depende
de cada um. É dele”, disse Marina, ao Estado.
Apesar disso, a ex-ministra
defende a política econômica do governo e a Lava Jato que, para ela, tem feito
uma reforma política na prática.
Eu já dizia antes que a renúncia é sempre um ato
pessoal, unilateral.
A presidente Dilma poderia ter feito este gesto. Não fez.
O presidente Temer, no meu entendimento, se encontra na mesma situação que ela.
Poderá fazê-lo. Mas isso depende de cada um. É dele. Faltam 16 dias.
Segundo o Carta Capital, "em 2014 a Operação Lava Jato
prendeu três diretores da Camargo Corrêa e descobriu uma nova planilha que
também apontava para Temer e políticos tucanos.
O documento relaciona o
vice-presidente a dois pagamentos de US$ 40 mil por projeto de pavimentação em
Araçatuba e pela duplicação de uma rodovia em Praia Grande, cada um deles
estimados em US$ 18 milhões".
O Carta Capital informa também que "em planilhas
apreendidas pela Polícia Federal na casa de um executivo da Camargo Corrêa,
Temer é citado 21 vezes entre 1996 e 1998, quando era deputado pelo PMDB, ao
lado de quantias que somam US$ 345 mil.
A investigação ocorreu em 2009, durante
a Operação Castelo de Areia, cujo alvo era a empreiteira, e apurava suspeitas de
corrupção e pagamento de propina a políticos para obter contratos com o
governo. Temer refutou as acusações e a Castelo de Areia não foi adiante".
Nenhum comentário:
Postar um comentário