Arcebispo que liderou o #ForaDilma na Paraíba é expulso da
igreja acusado de desvio de dinheiro e pedofilia
12 de dezembro de 2016 19:53
O Vaticano anunciou nesta quarta-feira que o papa Francisco
aceitou a renúncia do arcebispo da Paraíba (Brasil), após uma investigação da
Santa Sé sobre um escândalo de pedofilia.
Dom Aldo esteva à frente da Igreja
Católica na região de João Pessoa há 12 anos. Antes, ele foi bispo em Sobral,
no interior do Ceará.
O papa "aceitou a renúncia" de Aldo Di Cillo
Pagotto, afirma o comunicado divulgado pelo Vaticano, sem revelar mais
detalhes.
De acordo com a imprensa italiana, o religioso ítalo-brasileiro de 66 anos é
suspeito de ter abrigado em sua diocese padres e seminaristas acusados de
abusar sexualmente de menores e expulsos por outros bispos.
Em sua carta de renúncia (confira
íntegra), Dom Aldo afirma que cometeu erros "por confiar demais, numa
ingênua misericórdia".
"Acolhi padres e seminaristas, no intuito de
lhes oferecer novas chances na vida. Entre outros, alguns egressos,
posteriormente suspeitos de cometer graves defecções, contrárias à idoneidade
exigida no sagrado ministério", prossegue.
Depois do início da investigação do Vaticano, em 2015, Di
Cillo Pagotto recebeu a determinação de não ordenar padres ou receber novos
seminaristas. Sgundo a imprensa italiana, o caso teria vindo à tona com a carta
de denúncia de uma jovem mulher.
O papa Francisco decidiu no início de junho pressionar a
hierarquia católica a abrir caminho para o afastamento de padres culpados por
negligência envolvendo casos de pedofilia dentro da Igreja.
Francisco criou uma instância judiciária para julgar os
padres pedófilos e instituiu uma comissão internacional de especialistas
encarregados de propor medidas de prevenção desses casos.
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