Zanin vai ‘até o fim para descobrir ‘falcatrua’ em processo
contra Lula
8 de abril de 2017
Os advogados que representam o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva peticionaram ao juiz de primeira instância Sergio Moro para que
sejam tomadas providências a fim de identificar a autoria e de onde partiu um
e-mail falso que chegou a uma funcionária do Instituto Lula em março do ano
passado, às vésperas da busca apreensão realizada no local e da condução
coercitiva de Luiz Inácio lula da Silva para depor a policiais federais, ambas
as ações autorizadas pelo juiz Moro.
É que o tal e-mail – que sequer foi aberto pela funcionária
ao longo de meses – vem sendo sendo utilizado como justificativa para ações
ordenadas por Moro e postas em prática por Polícia e Receita Federal, além de
ter sido vazado para alguns órgãos de imprensa, ainda que se trate de documento
sigiloso, apreendido pelos federais dos servidores do Instituto Lula.
A revista Veja, por exemplo, chegou a publicar a mensagem
falsa, na íntegra, sem jamais ter apurado com antecedência se a pessoa que
assina o e-mail efetivamente existe, muito menos ter entrado em contato com o
Instituto Lula, para saber o que os destinatários daquela mensagem tinham a
dizer. A mensagem, reproduzida pela Veja, é a que segue abaixo.
Como se nota, o próprio remetente admite que aquela é uma
mensagem que não traz um nome verdadeiro para o seu autor, sendo, assim, um
e-mail anônimo.
Segundo a mesma revista Veja, esta mensagem se tornou prova
ou indício que agora baliza ações de autoridades federais: “Uma funcionária de
Lula recebeu e-mail com outro comunicado: os telefones estariam grampeados.
‘Todo o cuidado é pouco’, dizia a mensagem.”
A Defesa de Lula quer que Moro determine que se encontre o
autor da mensagem, para que se saiba a quais interesses ele servia.
Veja a
demanda da Defesa encaminhada a Sérgio Moro:
“1. Seja oficiado à empresa “Yahoo do Brasil” para que
forneça os registros de acesso, endereços de IP de origem, horários GMT de
acesso e dados cadastrais fornecidos concernentes ao e-mail anna.bumlai@yahoo.com.br;
Após a resposta da empresa, requer-se:
2. Seja determinado que o respectivo provedor de internet
informe todos os dados disponíveis do usuário que utilizou o referido IP no dia
03.03.2016 às 22h 17min 56s;
Após a disponibilização de tais dados, requer-se:
3. Seja dada nova oportunidade de manifestação a Lula, para
os novos requerimentos cabíveis.
A partir de tais providências e com os esclarecimentos
feitos, esperamos ver superado mais um elemento de perseguição a Lula, na
evidente prática de “lawfare” do qual ele é vítima.”
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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