CASO ODEBRECHT: Lula manda novo recado pra Moro, ‘Prove algo
contra mim, que vou a pé me entregar’
15 de abril de 201
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta
quinta-feira (13), em entrevista a uma rádio de Salvador, as recentes e as
antigas acusações que vem sofrendo há mais de três anos por parte de setores da
imprensa e do Poder Judiciário.
De acordo com ele, o mais recente episódio desta perseguição
– a delação premiada do empreiteiro Marcelo Odebrecht, que está preso desde
junho de 2015 – apenas mostra que todo a estrutura montada que tornou possível
dar um golpe em 2014 na presidenta eleita Dilma Rousseff, não está disposta,
agora, a permitir que Lula volte a ser candidato em 2018.
Lula disse: “Quando uma parte da elite brasileira resolveu
não conviver mais com qualquer política de distribuição de renda, foi dado um
golpe neste país. Quem está governando agora, está desmontando conquistas
históricas da classe trabalhadora.
E essas pessoas não estão fazendo tudo isso
para depois permitir que o Lula volte a ser candidato em 2018.”
Especificamente sobre o que afirmou Marcelo Odebrecht, o
ex-presidente afirmou que”a delação precisa ser provada. Não basta o cidadão
falar alguma coisa, tem que provar.
Continuo desafiando qualquer empresário
brasileiro a provar que o Lula pediu dinheiro, ou pediu para alguém pedir no
nome dele. O dia que alguém provar um erro (de moral) meu, eu paro de fazer
política.”
As condições como foram obtidas as declarações de Marclo
Odebrecht, e o conluio entre setores da imprensa e do Poder Judiciário, de
acordo com Lula, podem explicar melhor teor das falsas acusações que recebe.
“Eu até compreendo que o Marcelo Odebrecht, que está preso há dois anos, comendo
o pão que o diabo amassou, talvez esteja tentando criar condições para sair da
cadeia.
Mas são tão inverossímeis as acusações, que não vou rir nem chorar, vou
analisá-las todas e cada página do processo para poder me preparar para, no dia
3 de maio, responder às pessoalmente às acusações”.
O ex-presidente se refere a depoimento que dará em frente ao
juiz de primeira instância Sérgio Moro, em Curitiba, em processo de é reú pela
suposta propriedade de um apartamento do Guarujá que não está nem nunca esteve
em seu nome, no qual só esteve presente uma vez, quando ainda estava em fase de
construção.
“Mas isso tudo me fortalece, porque as acusações são muito
descabidas. Eu vi um cidadão dizer que a Odebrecth dava R$ 5 mil por mês para
meu irmão. Me acusaram de ter um apartamento que não é meu. Eu sou acusado de
uma reforma de um sítio em Atibaia que não é meu. Eles inventaram mentiras e
não sabem como sair delas. A Globo passou três anos dizendo que o apartamento
era meu durante. Agora, eles não têm como dizer que não é”.
Finalmente, Lula afirmou que o país não pode seguir vivendo
algo próximo a “uma ditadura de um pequeno grupo do Poder Judiciário”.
“Só não
podemos ficar subordinados a uma ditadura de um pequeno grupo do Poder
Judiciário. Não é possível. Estamos sendo governados lá de Curitiba, não tem
sentido isso. Não está correto paralisar o país por conta de uma investigação”,
afirmou o
ex-presidente.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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