Folha revela grande fraude e corrupção no Banco do Brasil de
Temer e PSDB
A informação sobre a primeira colocada na licitação para a
conta de publicidade do Banco do Brasil foi antecipado à Folha de S.Paulo na
última quinta (20), quatro dias antes da abertura oficial dos envelopes que
trariam o resultado, que só ocorreu na manhã desta segunda (24) em Brasília.
A concorrência é a de maior valor já realizada no governo
Michel Temer.
A Multi Solution ficou com o primeiro lugar no certame que
elegeu três empresas de propaganda para gerenciar a publicidade do banco pelos
próximos 12 meses. Elas dividirão um contrato de até R$ 500 milhões por ano,
prorrogável por até 60 meses, segundo o edital. Isso totalizaria R$ 2,5
bilhões, sem calcular eventuais reajustes.
As informações são de reportagem de Daniela Lima.
“A informação de que a Multi Solution estaria entre as
vencedoras foi registrada pelo jornal em cartório na própria quinta-feira (20)
e publicada em anúncio cifrado na seção de classificados do caderno Sobre Tudo
da Folha deste domingo (23).
O informe trazia o nome da empresa e o número da
concorrência que ela venceria nesta segunda. Segundo a informação obtida pelo
jornal, houve direcionamento dentro da estatal para garantir que a Multi
Solution estivesse entre as contratadas pelo Banco do Brasil.
Procurado, o BB afirmou “que o processo de licitação para
escolha das novas agências de publicidade obedeceu rigorosamente a legislação,
e a definição das vencedoras foi norteada por critérios técnicos”. Já a Multi
Solution negou qualquer favorecimento.
Outras duas agências de publicidade foram selecionadas na
licitação, que foi pública e realizada na manhã desta segunda, em Brasília: a
Nova/sb e a Z+. A primeira tem tradição em negócios do setor público e a
segunda integra um grupo francês.
Houve disputa acirrada entre ao menos quatro agências pela
segunda e a terceira colocações —uma firma estava no páreo e foi desqualificada
após recontagem.
A Multi Solution, porém, foi a única entre as qualificadas que
não teve a liderança na disputa ameaçada.”
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