LULA DISPARA: “Estão desmontando a indústria naval
brasileira e pede reação rápida por parte do povo”; SAIBA!
29 de abril de 2017
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, neste
sábado, de atos em defesa da indústria naval, que foi praticamente destruída
pela Operação
Lava Jato.
Leia abaixo reportagens sobre os atos no Rio Grande (RS) e
em Angra dos Reis (RJ) e confira a fala de Lula e Dilma acima.
“Eles não estão fazendo reforma, estão demolindo a CLT”, diz
Lula em ato no Rio Grande (RS)
Para o ex-presidente, reforma Trabalhista em tramitação
levará o país às condições de trabalho do início do século passado
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste
sábado (29) de ato em defesa do Polo Naval do Rio Grande (RS), na chamada
Metade Sul do Estado. Em seu discurso, ele criticou os projetos de reforma da
Previdência e Trabalhista em tramitação em Brasília, e afirmou que o que está
sendo feito é “a demolição da CLT”.
“Os que deram um golpe na Dilma dizendo e iam melhorar o
país, só pioram o país. Eles estão destruindo tudo que Getúlio Vargas fez a nível
de direitos trabalhistas. Eles querem que os trabalhadores tenham as mesmas
condições de trabalho do início do século passado, querem jogar nas costas do
povo o rombo da Previdência. Eles não estão fazendo uma reforma, estão
demolindo o país”, disse o ex-presidente.
O local e a ocasião em que se deu a fala de Lula são
bastantes propícios. O processo de desmonte por que passa o Polo Naval
existente ali já afeta a economia de Rio Grande e do Estado como um todo. No
município, saiu-se de um orçamento de mais de R$ 200 milhões, em 2009, para
algo em torno de R$ 700 milhões em 2016. Mas, para este ano, a previsão é de
uma retração de algo entre R$ 70 milhões e R$ 75 milhões.
Sobre esta guinada política e econômica por que passa não só
o Rio Grande do Sul, mas o Brasil como um todo, Lula disse: “Eu estou
percebendo que esse desmonte do Brasil não pode continuar acontecendo.
Eu posso
esperar até 2018, mas quem tá passando fome não pode esperar até 2018. A gente
tem que falar para os golpistas: tomem vergonha e tenham coragem de convocar
novas eleições.”
De acordo com Lula, tanto o golpe que sofreu a presidente
Dilma Rousseff (que também foi ao ato deste sábado no Rio Grande, onde foi
muito aplaudida), quanto as reformas que se tenta impor ao país são frutos de um
projeto de nação que é contrário ao que foi posto em prática durante os anos de
governo do PT. “Tem um tipo de gente que não aceita uma menina da periferia
fazer medicina ou engenharia.
Tem gente que não suportou pobres com carro,
computador.
Nós provamos em 12 anos que é possível mudar a história do país”,
afirmou Lula, que concluiu: “Uma nação é medida pela qualidade do seu povo.
Pelos direitos e formação do seu povo. Nada representa mais uma nação do que
uma pessoa que nasce pobre e poder sonhar em fazer universidade”
O ex-presidente falou ainda sobre uma eventual candidatura à
Presidência da República em 2018.
De acordo com ele, sua disposição é de voltar
a governar o país, e toda a sua vida, até o fim, será voltada para a defesa da
democracia no Brasil. “Quero que a TV Globo descubra logo o candidato dela. E
eu, que não queria mais ser candidato, terei um imenso prazer em derrotar o
candidato da Globo.
Na minha idade, a gente não sabe quanto tempo terá pela
frente. Tô com 71 anos, mas se eu tiver mais 20 ou mais um ano pela frente,
será só para defender a democracia neste país”.
Leia ainda reportagem da Rede Brasil Atual:
Rede Brasil Atual – Em ato na manhã de hoje (17) em Angra
dos Reis (RJ), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o “desmonte”
da indústria naval brasileira, lembrando que ele mesmo, no início de seu
primeiro mandato, ajudou a recuperar o setor.
“Pegamos do zero e levamos a
quase 80 mil trabalhadores”, afirmou, durante manifestação no estaleiro
Brasfels. O local é um exemplo das mudanças pelas quais passou o setor. Segundo
Lula, onde só havia “capim, mato e rato”, passaram a trabalhar 12 mil pessoas.
Atualmente, o estaleiro tem apenas 3 mil.
“Provamos que é possível recuperar a indústria naval”, disse
o ex-presidente, defendendo a manutenção da política de conteúdo local. “Temos
tecnologia, engenharia, gente capacitada”, afirmou, criticando a mudança de
diretriz da Petrobras, que deveria, segundo ele, “continuar a fazer
investimento no Brasil, contratando obra e exigindo conteúdo nacional”. Caso
contrário, a empresa passará a “engordar” estrangeiros, provocando desemprego
no país.
Para Lula, o país melhorou nos últimos anos e não pode
admitir o retrocesso. “As pessoas mais pobres têm de entrar no orçamento da
União.” Ele sugeriu que o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão
(PMDB), organize “prefeitos, deputados e sindicalistas”, além de eventualmente
convidar o presidente Michel Temer “para sentir o cheiro de um metalúrgico de
estaleiro, de uma soldadora, para ele saber que essas pessoas precisam
trabalhar”.
“É preciso reagir enquanto é tempo”, acrescentou o ex-presidente,
que participou de assembleia com sindicalistas do setor metalúrgico e dos
petroleiros, ligados a diversas centrais sindicais.
CLICK POLÍTICA – 247
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário