URGENTE: Globo ‘protege’ Moro e juiz de Curitiba se apressa
para condenar Lula sem provas; CONFIRA AQUI!
17 de abril de 2017
Click Politica com Brasil 247
Pode-se dizer que o estouro das delações da Odebrecht pelo
STF não foi politicamente cronometrado e que atingiu todo o sistema político,
mas é certo que a explosão criou o tempo perfeito para a pressa que o juiz Moro
tem de condenar o ex-presidente Lula em primeira instância, com vistas à sua
inelegibilidade.
Com o depoimento do ex-presidente marcado para o dia 3 de
maio, numa espécie de juízo final que pode resultar em confronto de
manifestantes em Curitiba, Moro marcou para o dia 20 de abril, a próxima
quinta-feira, o depoimento do executivo da OAS Léo Pinheiro sobre o caso do
tríplex do Guarujá.
Não havendo até agora colhido provas de que o apartamento
pertença ou tenha pertencido a Lula, parece haver uma aposta de Moro em
revelações de Pinheiro e de outros executivos da OAS que o incriminem.
Léo Pinheiro será ouvido juntamente com outro executivo da empreiteira,
Agenor Medeiros. No dia 26 serão ouvidos Paulo Gordilho, acusado de comprar a
cozinha planejada para o tríplex, e os executivos Fábio Yonamine e Roberto
Ferreira. O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, prestará depoimento no
dia 28.
No meio jurídico, aposta-se que Moro dará a sentença de Lula
nesta ação até o final de junho, no máximo no início de agosto, encurtando o
prazo que ele terá para recorrer ao Tribunal Federal de Recursos em Curitiba,
onde 95% das sentenças de Moro têm sido mantidas. E aí a candidatura de Lula a
presidente em 2018 entra num limbo jurídico de difícil previsão.
Como as
candidaturas devem ser registradas até o final de junho, se até lá ele já tiver
sido condenado nas duas instâncias terá se tornado ficha suja ou poderá
recorrer ao TSE? E se for candidato com recursos pendentes de julgamento,
poderá ter depois sua eventual eleição contestada? Tudo isso não tem resposta
agora, porque são questão que habitam o mundo da crise e da disputa política,
não o das regras eleitorais ordinárias.
Certo é que está em curso a ofensiva
para impedir sua candidatura.
O bode expiatório
Com as delações da Odebrecht reveladas em texto e vídeo, o
país soube detalhes do que nunca ignorou: que todo o sistema político era
financiado por empresas numa permanente troca de favores.
Soube que a Odebrecht
desembolsou R$ 1,68 bilhão para quase 500 políticos e lobistas, sob a forma de
propinas ou doações de campanha via caixa 2.
Alguns nomes reluzentes da antiga
oposição aos governos petistas receberam as maiores somas, como Aécio Neves (R$
50 milhões só numa operação) e José Serra (R$ 23 milhões, sendo parte na
Suiça). Entretanto, apesar da doença sistêmica revelada.
a mídia vem carregando
nas tintas contra Lula, por suas relações com a Odebrecht, como se fosse ele o
campeão das propinas e o arquiteto do descalabro.
A Rede Globo tem lhe dedicado
espaços caudalosos e O Estado de S. Paulo, no editorial “A responsabilidade de
Lula”, neste domingo, afirma que ele é o maior culpado pela cooptação de quase
todos os partidos pela Odebrecht.
Em nota neste final de semana, a defesa de Lula apontou a
ausência de materialidade nas acusações, como inexistência de provas de que ele
pediu ou recebeu recursos de uma conta virtual que existiria à sua disposição
na empresa, ora no valor de R$ 35 milhões, ora no valor de R$ 40 milhões.
Lembrou também a nota que, assim como a Odebrecht, outras grandes empresas
brasileiras mereceram a atenção do governo Lula para viabilizar projetos de
interesse nacional, domésticos ou internacionais, contribuindo para o período
de crescimento e afirmação nacional verificados em seu período.
Não só a
Odebrecht teve acesso a créditos do BNDES ou a outras medidas para sua
internacionalização, dentro da política estratégia do momento.
A nova ofensiva contra Lula teve, inclusive, o efeito de
“decepcionar” aliados que passaram a criticá-lo, declarando estupefação diante
das relações que ele tinha com Emílio Odebrecht.
Se há algo que Lula nunca
escondeu foi sua natureza conciliadora, em oposição a núcleos de origem
“revolucionária” do PT, os que vieram de organizações marxistas-leninistas ou
da luta armada.
Seu governo foi de conciliação de classes, como bem resumido
pelo próprio patriarca Odebrecht quando disse, na delação, em outras palavras:
Lula quis, e conseguiu, dar um pouco aos pobres, retirando do Orçamento, sem
tirar das classes dominantes, que também muito ganharam. E ganhando, no
entender de Lula, estavam gerando emprego e riqueza para o país.
Quem conhecia
esta natureza de Lula não pode ignorar a multiplicidade de suas relações e
alianças, inclusive com empresários, que não significa que elas eram movidas a corrupção.
Nem pode agora sancionar a caçada com recriminações desta ordem.
Lula foi e
continua sendo para o Brasil um grande líder popular, intérprete das
necessidades e dos sentimentos dos mais sofridos, disposto a reduzir as grandes
injustiças e desigualdades, dentro das regras democráticas, observando e
conciliando o interesse da Nação com as necessidades dos despossuídos.
Até o
radical PCO vem dizendo isso: tem divergências com Lula mas a hora é
defende-lo, não de contribuir para que seja banido.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
Banir Lula da política brasileira, é tirar dos menos favorecidos o direito à representatividade política, contribuindo para que a desigualdade social continue imperando e massacrando este povo tão sofrido.
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