Por reforma, Temer fará ofensiva publicitária em rádio
regionais
Estratégia terá início a partir da semana que vem no
Nordeste, região considerada o principal reduto eleitoral da oposição
HÁ 19 HORAS 21/04/2017
POR FOLHAPRESS
O presidente Michel Temer fará uma ofensiva publicitária em
rádios regionais no esforço de diminuir a resistência à reforma previdenciária
nas bases eleitorais de parlamentares governistas.
A estratégia terá início a partir da semana que vem no
Nordeste, região considerada o principal reduto eleitoral da oposição. A ideia
é produzir conteúdo específico para as rádios nordestinas, rebatendo o discurso
das siglas oposicionistas contra as mudanças na aposentadoria.
Nas últimas semanas, parlamentares governistas relataram ao
Planalto que havia bastante resistência popular à iniciativa, com rumores de
que a reforma acabaria com a aposentadoria no país.
O receio da gestão peemedebista é que a pressão das bases
eleitorais possa reverter o voto de governistas, reforçando o risco de placar
apertado para a aprovação da proposta em plenário.
Para tentar blindá-los, Temer recebeu sugestões da base
aliada de rádios em que poderia comprar espaço publicitário para defender a
reforma. O Palácio do Planalto avalia agora se elas se ajustam à estratégia
governista e a critérios técnicos.
Segundo a reportagem apurou, aquelas que
passarem pelo crivo governamental devem já ser contempladas com verba
publicitária até o fim deste mês. Como o plano de mídia ainda não foi
finalizado, não há ainda estimativa do custo da campanha.
Segundo a Secretaria de Imprensa da Presidência da República,
em campanha nacional, a gestão peemedebista gastou até agora R$ 29,5 milhões
com produção e veiculação de propagandas favoráveis à reforma. Só em rádios,
foi R$ 1,9 milhão.
Além de rebater os partidos de oposição, o Palácio do
Planalto pretende ressaltar nas campanhas locais pontos do relatório da reforma
que condizem com o perfil da população regional.
No Nordeste, por exemplo,
serão abordadas as flexibilizações feitas na aposentadoria rural.
A equipe do presidente acredita que as flexibilizações
feitas na reforma facilitam a busca por votos na base aliada. Para eles, no
entanto, ainda é preciso reverter o clima negativo
nas bases eleitorais.
"Na hora em que isso for percebido pela população,
também vai influenciar no Congresso", disse o ministro Antonio Imbassahy
(Secretaria
de Governo).
Com informações da Folhapress.
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