Policiais invadem Congresso Nacional em ato contra reforma
da Previdência
Publicado em 18 de abr de 2017
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Policiais invadem Congresso Nacional em ato contra reforma
da Previdência
Ato de policiais contra reforma da Previdência termina em tumulto no Congresso
Nacional
Categorias se reuniram na Esplanada dos Ministérios no início da tarde. Vidros
foram quebrados, e Polícia Legislativa reagiu com spray e bombas; cinco foram
detidos, diz organização.
Policiais civis, rodoviários e federais de vários estados e do Distrito Federal
protestaram na tarde desta terça-feira (18), em Brasília, contra a proposta de
reforma da Previdência. Durante o ato, um grupo de policiais tentou invadir a
chapelaria do Congresso Nacional. Houve tumulto, e vidraças do prédio foram
quebradas
A manifestação foi convocada pela União Policiais do Brasil (UPB). Imagens
feitas pelo G1 no local mostram que a Polícia Legislativa usou spray de pimenta
e bombas para dispersar o conflito. Até as 16h, não havia registro de feridos.
Segundo a Polícia Militar do DF, havia cerca de 1 mil policiais no gramado em
frente à sede do Legislativo, no momento da confusão. A União de Policiais do
Brasil estima que um grupo de 100 a 150 policiais chegou a entrar na área
privativa do Congresso.
O tumulto começou quando esse grupo de manifestantes desceu até a chapelaria –
rota de acesso de visitantes e parlamentares. A Polícia Legislativa tentou
bloquear a entrada, mas o grupo quebrou os vidros e invadiu pelos espaços
abertos.
De acordo com a UPB, cinco policiais que participavam do protesto chegaram a
ser detidos pela Polícia Legislativa, mas foram liberados em seguida. Não houve
necessidade de atendimento médico, mas policiais atingidos pelo spray de
pimenta reclamavam de ardência nos olhos.
Ainda segundo a entidade, o grupo tentava entregar uma carta pedindo o
afastamento do relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia
(PPS-BA). O parlamentar divulgou um esboço do parecer sobre as mudanças nesta
terça, mas só deve apresentar a proposta final na manhã desta quarta (19).
to na Esplanada
O ato em oposição à reforma da Previdência foi convocado pela União dos
Policiais do Brasil (UPB), entidade que reúne mais de 30 associações e
sindicatos de segurança pública do país. Segundo a organização do protesto,
comboios das cinco regiões do país vieram a Brasília para as atividades.
Em nota divulgada à imprensa, o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol)
afirma que a proposta em tramitação no Congresso é "uma ameaça à sociedade
e resultará em uma polícia cada vez mais envelhecida nas ruas".
Também em nota, a UPB afirma que o objetivo do protesto era pedir a retirada de
um dos trechos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 – justamente o
que retira a classificação de "atividade de risco" das categorias.
A entidade aponta que, na prática, essa mudança elevaria o tempo mínimo de
contribuição para a previdência desses profissionais, “que, comprovadamente,
têm uma expectativa de vida inferior ao restante do funcionalismo público”.
(G1)
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