Michel Temer decide cortar ponto de quem aderir à greve
geral
A expectativa de assessores e auxiliares presidenciais é de
que a adesão de categorias de trabalhadores ao protesto desta sexta-feira (28)
seja maior ao da última manifestação
26/04/17, 20:57
o dia em que serão realizados protestos contra as reformas
governistas, o presidente Michel Temer cortará o ponto de servidores públicos
que faltarem ao trabalho para aderir à greve geral marcada para sexta-feira
(28).
Para adotar a medida, a atual administração tem se baseado
em decisão de outubro do STF (Supremo Tribunal Federal), a qual estabeleceu que
o poder público deve cortar os salários de servidores em paralisação.
O Palácio do Planalto tem lembrado que na sexta-feira (28)
não haverá ponto facultativo, mesmo às vésperas do Dia do Trabalhador, e que,
portanto, o entendimento da Suprema Corte pode ser adotado.
A expectativa de assessores e auxiliares presidenciais é de
que a adesão de categorias de trabalhadores ao protesto desta sexta-feira (28)
seja maior ao da última manifestação, realizada em março.
O monitoramento das redes sociais, no entanto, tem apontado
que a mobilização tem se concentrado nos grandes centros urbanos, tendo pouca
repercussão nos municípios de médio e pequeno portes.
Para reduzir o potencial das manifestações, aliados do
presidente consideram buscar centrais sindicais mais próximas ao governo
peemedebista, como Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores). As
duas, contudo, não têm demonstrado disposição em desistir das paralisações.
O presidente avaliava viajar no dia da manifestação, mas
decidiu permanecer em Brasília, onde acompanhará as mobilizações. O receio é
que o aumento do movimento eleve a pressão sobre a base aliada contra a reforma
previdenciária, a principal bandeira política da atual gestão.
Nas últimas semanas, o Palácio do Planalto tem tentado
blindar parlamentares governistas que têm recebido queixas de sua bases
eleitorais sobre as reformas previdenciária e trabalhista.
Com esse objetivo, além de aumentar a publicidade em
veículos de comunicação, o presidente tem concedido uma bateria de entrevistas,
incluindo programas populares, como dos apresentadores José Luiz Datena, da
Bandeirantes, e de Carlos Roberto Massa, o Ratinho, do SBT.
Em campanha nacional, a gestão peemedebista já gastou até
agora R$ 29,5 milhões só com produção e veiculação de propagandas favoráveis às
mudanças na aposentadoria.
Fonte: JL/Folha
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