CUT-RS e centrais se unem para preparar a greve geral de 28
de abril no Estado
"Vamos criar um clima de greve geral e avisar que a
hora de parar é agora"
Escrito por: CUT-RS • Publicado em: 06/04/2017 - 22:20
Em reunião ocorrida na tarde desta quinta-feira (6), na sede
da UGT, em Porto Alegre, a CUT-RS e centrais sindicais se uniram para preparar
a greve geral de 28 de abril no Rio Grande do Sul contra as reformas da Previdência,
Trabalhista, a Terceirização e por nenhum direito a menos. Estiveram presentes
dirigentes da CUT, UGT, CTB, Força Sindical, Nova Central, Intensindical e
CSP-Conlutas.
Após debates, foi aprovado por consenso uma agenda de
mobilização para “criar um clima” de greve geral nos trabalhadores e na
sociedade, a fim de fazer uma paralisação histórica contra os ataques do
governo Temer. Haverá também reuniões com setores estratégicos, como o
transporte, mas foi ressaltado que todos os ramos de atividade são fundamentais
e imprescindíveis para o sucesso da mobilização.
“Consolidamos a unidade das centrais, o que é muito
importante para construir um movimento forte, coeso e unificado, visando tirar
a greve geral da clandestinidade, uma vez que quase não temos espaço na
imprensa, e envolver todas as categorias de trabalhadores e em todas as regiões
do Estado”, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
Foi definido que, além dos jornais dos sindicatos, haverá
panfletagens de materiais unitários das centrais, afixação de cartazes e
circulação de carros de som em locais de grande movimentação de pessoas.
“Vamos criar um clima de greve geral e avisar que a hora de
parar é agora, a fim de dar um basta ao roubo dos direitos dos trabalhadores”,
enfatizou o presidente da CUT-RS. “Não temos mais tempo a perder para derrotar
a fúria das elites”, enfatizou.
Agenda unitária de mobilização
10/04 – reunião nacional do transporte, em São Paulo;
13/04 – 9h: nova reunião das centrais sindicais, na sede da Força Sindical, em
Porto Alegre;
13/04 – 11h: reunião estadual do transporte, na sede da Força Sindical, em
Porto Alegre;
20/04 – 15h: panfletagem unitária no centro de Porto Alegre;
26/04 – 9h: plenária de mobilização das centrais sindicais, em Porto Alegre;
26/04 – 11h: coletiva de imprensa das centrais sindicais, em Porto Alegre.
28/04 – greve geral
Parar o Brasil para derrotar as antirreformas de Temer
Claudir destacou também a importância das assembleias dos
sindicatos e plenárias de mobilização nos municípios para conscientizar os
trabalhadores sobre a necessidade de participar da greve geral.
“Ninguém
está livre de sofrer os ataques dos donos do capital aos direitos sociais,
trabalhistas e previdenciários”, apontou. “Estamos todos e todas no mesmo barco
e só lutando com unidade e mobilização nós podemos salvar as nossas
conquistas.”
Para o presidente da CUT-RS, “a greve geral é uma baita
oportunidade que temos para barrar a ofensiva das federações empresariais, que
financiaram o golpe e agora cobram a fatura, que é retirar direitos históricos
da classe trabalhadora. Não temos outra saída a não ser parar o Brasil para
derrotar as antirreformas do governo Temer”.
As centrais salientaram que a greve geral será também um
recado aos deputados e senadores que apóiam o governo Temer no Congresso
Nacional. “Estamos marcando na paleta quem vota contra os trabalhadores, pois
terão os nomes divulgados nas suas bases eleitorais para que não sejam
reeleitos em 2018”, disse o secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS,
Antonio Güntzel.
Reajuste de 8,2% no mínimo regional
Na próxima terça-feira (11), o projeto de lei (PL 6/2017),
que prevê o reajuste do salário mínimo regional, começa a trancar a pauta de
votação do plenário da Assembleia Legislativa. Enviado pelo governador José Ivo
Sartori (PMDB) aos deputados, o projeto estabelece aumento de 6,48%, igual ao
índice do mínimo nacional e abaixo da variação de 6,58% do INPC em 2016.
As centrais farão um corpo a corpo com os deputados desde o
início da manhã e reiteram a necessidade de que seja apresentada pelos
deputados uma emenda com o índice de 8,2%, com o objetivo de repor a perda de
1,52% correspondente ao reajuste abaixo da inflação em 2016. A sessão do
plenário começa às 14h.
“O chamado piso regional é um poderoso instrumento de
distribuição de renda para os trabalhadores que recebem os menores salários no
Estado, bem como representa um fator de redução das desigualdades e estímulo
para o consumo e a produção, aquecendo a economia gaúcha”, justificou Antônio.
Fonte: http://cut.org.br/
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