Astronauta: 'É questão de tempo até um grande asteroide nos
atingir'
Rusty Schweickart, que participou da missão Apollo, teme que
um choque poderia acabar com a vida na Terra
TECH FIM DOS TEMPOS
HÁ 22 HORAS 03/12/2016
POR NOTÍCIAS AO MINUTO
Um programa internacional coordenado por países europeus
está trabalhando para preparar a Terra para uma ameaça de sofrer um
impacto de um asteroide.
O ex-astronauta Rusty Schweickart, que
participou da missão Apollo, teme que um choque poderia acabar com a vida no
nosso planeta.
Segundo publicação do UOL, em entrevista, o astronauta contou
que este choque do asteroide com a Terra poderia significar o fim da
nossa civilização. Em curto prazo, outros problemas que a humanidade enfrenta,
como vírus mortais e mudanças climáticas, por exemplo, podem ser mais
importante, mas a longo prazo dificilmente haja algo mais importante que
os asteroides.
Nós não conhecemos os dinossauros pessoalmente, mas sabemos
que eles foram eliminados por um impacto de asteroide. Os asteroides já
atingiram a Terra milhões de vezes.
Podemos vê-los como estrelas cadentes todas
as noites. Quando eles são maiores, as coisas ficam complicadas. É só uma
questão de tempo até que um grande nos atinja. E já que podemos fazer algo a
respeito, deve fazê-lo".
Comparando a ameaça do asteroide com uma guerra
nuclear, Schweickart explica que a guerra seria uma catástrofe, mas
não nos extinguiria, pois "não temos poder suficiente para tanto.
Um
asteroide poderia ter esse poder".
O astronauta conta que se estivermos na mira de um esteroide
grande, podemos prever com décadas de antecedência e nos preparar, mas os
pequenos também preocupam.
"A qualquer momento que pudermos salvar vidas
ou evitar a destruição de propriedades, devemos fazê-lo. Precisamos de sistemas
de alerta antecipado, tecnologias para desviar um asteroide - e precisamos
de preparo político também.
Deve estar claro quem deve decidir o quê, quem
lança os foguetes, quem apresenta a conta a seus cidadãos. Essa é uma decisão
planetária. Precisamos fazer isso juntos. Ou não acontecerá", explicou.
Pela primeira vez na história, temos a oportunidade de mudar
o trajeto de um corpo celeste. Vamos perceber do que estamos falando aqui.
Estaríamos modificando ligeiramente a mecânica de nosso sistema solar para
aumentar nossa chance de sobrevivência. Isso é gigantesco!"
O astronauta contou que estas missões não precisariam
de humanos a bordo, isso deixaria a missão dez vezes mais cara, sendo que
elas podem ser teleguiadas.
"Precisamos é de um robô para fazer o serviço,
mais barato e mais rápido", concluiu.
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