segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Trump pode vir a corrigir o maior fracasso de Obama

Trump pode vir a corrigir o maior fracasso de Obama 
© Sputnik/
AMÉRICAS 13:14 20.11.2016(atualizado 13:29 20.11.2016) 
Donald Trump discursa durante o Congresso Nacional republicano em Cleveland

Se o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, quer provar para os outros líderes mundiais que ele sabe o que está fazendo, a sua política externa deve começar com tentativas de melhorar as relações com a Rússia, escreve o Time. 

O "reinício" das relações com a Rússia foi o maior fracasso na política externa da administração de Barack Obama, e agora Trump tem que corrigir isso, escreve o autor da matéria.

"Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton, não conseguiram entender que a contraposição dos EUA com a Rússia, especialmente nas questões que para os russos são muito mais importantes do que para os americanos, não é vantajosa", se diz no artigo.
Presidente dos EUA Barack Obama e presidente eleito Donald Trump apertam as mãos durante uma reunião de planejamento de transição no Salão Oval da Casa Branca, 10 de novembro de 2016
© AFP 2016/ JIM WATSON
Barack Obama intercede a favor de Trump: 'Deem-lhe tempo'


O novo chefe da casa Branca acredita que Washington tem que intervir menos nos assuntos dos outros e fazer mais por si. A exclusividade americana não vale nem um centavo a mais do que é possível obter por ela no mercado aberto, assinala autor.

"Trump certamente cederá a Crimeia à Rússia e vai desistir da linha dura de Obama em relação à Ucrânia", escreve Time. 

O futuro líder americano merece louvor por baixar o nível das tensões que estavam atingindo uma espiral perigosa.

"Muitos pontos políticos, que Trump pode ganhar e ganhar rapidamente, serão recebidos não como resultado da resolução dos problemas globais, mas como resultado de desistência das lutas que não podem ser vencidas", frisa autor. 

Como escreve o Time, Trump está ciente de que os EUA não podem voltar a reunir todas as partes da Síria, considerando todo o caleidoscópio de interesses e de jogadores que já estão no terreno, por isso, o presidente eleito dos EUA vai lutar apenas contra os terroristas do Daesh (organização terrorista, proibida na Rússia).
Presidente dos EUA, Barack Obama
© AFP 2016/ JIM WATSON
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terá que resolver?

Mais um político com quem Trump pode restabelecer o contato é o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que anteriormente declarou que a presidência de Trump marca uma "nova era" da democracia americana. Para melhoria das relações pode contribuir a extradição inimigo mortal de Erdogan, clérigo Fethullah Gulen, considera autor do Time. Além disso, se a cooperação de Trump com Putin e Erdogan for se expandindo, os EUA, a Rússia e a Turquia podem começar a discussão trilateral.

Outra questão da política exterior muito importante é Japão. O presidente eleito dos Estados Unidos deve prestar atenção ao fato de que Tóquio, nos últimos cinco anos estava aumentando seus gastos militares, adverte publicação.
Ex-presidentes da Rússia e dos EUA, Boris Yeltsin e Bill Clinton, durante a entrevista coletiva em Nova York, EUA, 23 de outubro de 1995
© AFP 2016/ DON EMMERT
Relações russo-americanas: crises e resets depois da Guerra Fria

"O desejo do Japão assumir as responsabilidades na área de segurança se dá perfeitamente bem com as intenções de Trump", afirma o artigo.

Os EUA também não devem esquecer da Canadá, pois a quinta parte da economia canadense depende das exportações aos Estados Unidos. Nesta área há muito espaço para cooperação, escreve o Time. "Estes quatro anos serão interessantes ", conclui o autor do artigo.

Fonte: https://br.sputniknews.com/





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