Diploma suspeito pode tirar privilégios de Garotinho
Ex-governador do Rio alega ter se formado em Teologia, mas
datas e instituições não batem
Por Marcos Rogério Lopes
access_time19 nov 2016, 12h21
Anthony Garotinho não convenceu a Justiça sobre seu curso
superio (Valter Campanato/VEJA.com)
A fase ruim do ex-governador do Rio, Anthony Garotinho,
parece estar só começando. Agora, é o seu diploma universitário que está sendo questionado.
Segundo matéria do jornal O Globo, inconsistências em datas,
documentos e carga horária de aulas põem em dúvida sua formação em Teologia, o
que pode mudar seu destino no sistema carcerário. Detentos com curso superior
ficam em Bangu 8, mais confortável que outros presídios do sistema.
Na madrugada deste sábado, o ex-governador foi transferido
do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, para um hospital particular na
Zona Norte do Rio. A transferência foi determinada na sexta-feira pela ministra
Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Depois que ele for
submetido a acompanhamento médico e realizar os exames necessários, poderá
ficar em prisão domiciliar.
De acordo com o jornal, em um processo de 2014 do
Tribunal Regional Eleitoral, Garotinho afirmou ter feito a graduação na Fatun,
no Centro do Rio. Nos autos, no entanto, ele informou que o diploma foi
expedido pela Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil
(Faceten), em Roraima. Em publicação em seu blog, apresentou o diploma de uma
terceira instituição: o Instituto de Ensino Evangélico e Formação Teológica, do
Rio.
Para o desembargador Alexandre de Carvalho Mesquita, que
relatou a ação por suposto abuso de poder econômico, os fatos mostram que “o
investigado nunca fez um curso superior de Teologia”. Ele apontou ainda
“evidências de falsidade ideológica” no episódio.
O diploma apresentado por Garotinho no blog mostra que o
curso foi concluído em dezembro de 2011. À Justiça Eleitoral, porém, o
ex-governador informou o mês de outubro de 2012.
Garotinho
está preso desde quarta-feira por acusação de compra de votos nas eleições
deste ano. Sexta-feira à noite, em decisão da ministra do Tribunal Superior
Eleitoral Luciana Lóssio, ele foi transferido do presídio de Bangu 8 para um
hospital particular.
FONTE: http://veja.abril.com.br/
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