07/11/2016 08H38
‘Não é questão de se, mas de quando’, diz Nasa sobre impacto
de meteoro
Imagem do Google
RIO — A queda de um grande meteoro é apontada como culpada
por uma das extinções em massa vivenciadas pelo planeta e, apesar de pouco
provável, é possível que a humanidade descubra um asteroide em rota de colisão
com a Terra.
Pensando nisso, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço
(Nasa) realizou no último dia 25, em conjunto com a Agência Federal de Gestão
de Emergências (Fema), exercícios de colaboração para o enfrentamento de uma
situação como essa.
— Não é questão de se, mas de quando, nós teremos que lidar
com tal situação — disse Thomas Zurbuchen, da Administração da Nasa em
Washington. — Mas diferente de qualquer outro tempo na nossa história, hoje nós
temos a habilidade para responder a ameaça de um impacto por meio de
observações continuadas, previsões, planejamento de resposta e mitigação.
O exercício forneceu um fórum para a comunidade científica
planetária demonstrar como ela poderia coletar, analisar e compartilhar dados
sobre um asteroide hipotético previsto para se chocar com a Terra. Equipes de
emergência discutiram como os dados seriam usados para considerar desafios
únicos que um impacto de asteroide apresentariam, para preparação, resposta e
alerta ao público.
— É crítico exercitar esses tipos de desastres de baixa
probabilidade, mas altas consequências — disse o administrador da Fema Craig
Fugate. — Trabalhando em nossos planos de resposta de emergência agora, nós
estamos mais bem preparados se e quando nós enfrentarmos um evento como esse.
Os exercícios foram realizados em El Segundo, na Califórnia.
Eles envolveram representantes da Nasa, da Fema, dos laboratórios do
Departamento de Energia, da Força Aérea Americana e dos Serviços de Emergência
do estado da Califórnia.
A simulação avaliou um possível impacto para daqui a quatro
anos: um asteroide fictício que teria sido descoberto este ano com 2% de
probabilidade de impacto com a Terra no dia 20 de setembro de 2020. As
estimativas iniciais apontariam a dimensão do corpo entre 100 e 250 metros, com
possibilidade de impacto ao longo de uma longa faixa ao redor do planeta, que
cruzava todo o território americano.
Nesse cenário fictício, observadores rastrearam
continuamente o asteroide ao longo de três meses, usando telescópios em terra,
e a probabilidade de impacto aumentou para 65%. Então, as próximas observações
tiveram que esperar por um período de quatro meses enquanto o asteroide passava
por trás do Sol. Quando as observações foram retomadas, em maio de 2017, a
probabilidade de impacto subiu para 100%. Em novembro de 2017, simulações
previram que o impacto ocorreria em alguma região do Sul da Califórnia ou na
costa do Oceano Pacífico.
Em exercícios anteriores, foram simuladas missões para
alteração da rota do asteroide, a fim de desviá-lo do planeta. Neste caso, o
exercício foi desenhado para que o tempo para o impacto fosse insuficiente para
uma missão como essas. Dessa forma, as equipes de emergência tiveram que
elaborar um plano de evacuação em massa na área metropolitana de Los Angeles.
Os participantes consideraram formas de fornecer informações
precisas e a tempo para o público, enquanto lidavam com técnicas para refutar
rumores e boatos que poderiam emergir em relação ao impacto hipotético.
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