terça-feira, 22 de novembro de 2016

Metroviários decidem amanhã se aderem à greve geral nesta sexta-feira - Recife

DIA UNIFICADO DE PROTESTOS E PARALISAÇÕES
Metroviários decidem amanhã se aderem à greve geral nesta sexta-feira                              Recife
Sindicato dos Rodoviários ainda não sabe se vai paralisar as atividades, como propõem as centrais sindicais
Publicado em: 21/11/2016 11:12 Atualizado em: 21/11/2016 11:58
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O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) realiza, nesta terça-feira, uma assembleia geral às 18h, no pátio da Estação Central do Metrô do Recife. 

A categoria vai decidir em votação se vai ou não aderir à greve geral convocada pelas centrais sindicais para próxima sexta-feira, dia 25 de novembro.

O Dia Unificado de Protestos e Paralisações é realizado pelos trabalhadores ligados à  CUT (Central Única dos Trabalhadores), UGT (União Geral dos Trabalhadores), Nova Central Sindical, Força Sindical, Intersindical, CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), CSP-Conlutas e CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). 

Na quarta-feira passada, os dirigentes sindicais reuniram-se em São Paulo e deliberaram os quatro eixos da mobilização: em defesa da saúde e educação (contra a PEC 55 e a Reforma do Ensino Médio); em defesa dos direitos dos trabalhadores ( contra a Reforma Trabalhista); em defesa da aposentadoria (contra a Reforma da Previdência) e em defesa do emprego (redução da jornada de trabalho sem redução salarial).


Dia 11 - No dia 11 deste mês, Dia Nacional de Mobilização contra a PEC 55 foram realizadas em Pernambuco diversas manifestações contra a medida, que prevê a limitação dos investimentos em saúde, educação e assistência social por 20 anos e que já está em tramitação no Senado.


Na ocasião, o Sindicato dos Metroviários realizou um ato na Estação Recife. O protesto, que não paralisou as atividades do transporte, também teve o objetivo de enunciar as condições de trabalho dos profissionais. 

De acordo com o dirigente de comunicação do Sindicato, Levi Arruda, a classe quis apontar "os desmantos da CBTU, que agora se agravam com a PEC 55". 

O dirigente ainda ressaltou sua preocupação com a possível aprovação da PEC dos Gastos, que afetaria diretamente o serviço, uma vez que a Metrorec é de responsabilidade federal. 

"O metrô do Recife já opera na iminência de um colapso. 
Imagine o que será se passarmos 20 anos sem investimentos", disse. Os metroviários planejam, ainda hoje, uma caminhada até o Marco Zero. 
A categoria também reinvidica, entre as demandas específicas, políticas eficazes de segurança nas estações e no metrô. 

"Queremos apenas que sejam contratados os rapazes e as moças que passaram no concurso", afirmou Risolene Nascimento, Vice-presidente do Sindmetro, em protesto contra a demora na convocação de aprovados em concurso público realizado em 2014.

Os motoristas de ônibus da Região Metropolitana do Recife também participaram da mobilização e paralisaram as atividades em alguns terminais entre as 4h e 8h. 
O ato também pediu por maior investimento na segurança. De acordo com o sindicato da categoria, apenas em 2016 o Grande Recife já contabilizava mais de 1.600 casos de assaltos a ônibus. Desta vez, o Sindicato dos Rodoviários ainda não sabe se vai paralisar as atividades. 

De acordo com o presidente Benilson Custódio, uma reunião da diretoria vai ser realizada esta semana para definir se a classe vai aderir à convocação.

Vias e rodovias - No Recife, manifestantes fecharam o cruzamento da Avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro, impedindo a passagem dos veículos durante parte da manhã. Com faixas e cartazes, eles chamaram a atenção da população para a perda de direitos proposta pela PEC. Os manifestantes também atearam fogo na pista.


De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram realizadas interdições na BR-408, em Aliança e Paudalho;  na BR-232 em Jaboatão dos Guararapes (Santo Aleixo), Caruaru e Bonança; e na BR-101, em Goiana. 

Houve também registro de protestos na BR-104, em Caruaru, na BR-428, em Santa Maria da Boa Vista e no quilômetro 263 da BR 232, em Arcoverde. Na BR-101, nas proximidades do Hospital das Clínicas, manifestantes fecharam a pista com pedaços de pau, madeira e pneus e atearam fogo, impedido a passagem dos veículos. 

O congestionamento chegou a mais de cinco quilômetros de extensão. A rotatória em frente à reitoria da UFPE também foi fechada. Na Avenida Sul, o trânsito também foi interditado nas duas vias, na altura da estação largo da paz, com queima de pneus e faixas contra a PEC 55.




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