DIA UNIFICADO DE PROTESTOS E PARALISAÇÕES
Metroviários
decidem amanhã se aderem à greve geral nesta sexta-feira Recife
Sindicato dos
Rodoviários ainda não sabe se vai paralisar as atividades, como propõem as
centrais sindicais
Por: Diario de
Pernambuco
Publicado em: 21/11/2016 11:12 Atualizado em: 21/11/2016
11:58
Imagem do Google
O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE)
realiza, nesta terça-feira, uma assembleia geral às 18h, no pátio da Estação
Central do Metrô do Recife.
A categoria vai decidir em votação se vai ou não
aderir à greve geral convocada pelas centrais sindicais para próxima
sexta-feira, dia 25 de novembro.
O Dia Unificado de Protestos e Paralisações é realizado pelos trabalhadores
ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), UGT (União Geral dos
Trabalhadores), Nova Central Sindical, Força Sindical, Intersindical, CGTB
(Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), CSP-Conlutas e CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
Na quarta-feira passada, os
dirigentes sindicais reuniram-se em São Paulo e deliberaram os quatro eixos da
mobilização: em defesa da saúde e educação (contra a PEC 55 e a Reforma do
Ensino Médio); em defesa dos direitos dos trabalhadores ( contra a Reforma
Trabalhista); em defesa da aposentadoria (contra a Reforma da Previdência) e em
defesa do emprego (redução da jornada de trabalho sem redução salarial).
Dia 11 - No dia 11 deste mês, Dia Nacional de Mobilização contra a PEC 55
foram realizadas em Pernambuco diversas manifestações contra a medida, que prevê
a limitação dos investimentos em saúde, educação e assistência social por 20
anos e que já está em tramitação no Senado.
Na ocasião, o Sindicato dos Metroviários realizou um ato na Estação Recife. O
protesto, que não paralisou as atividades do transporte, também teve o objetivo
de enunciar as condições de trabalho dos profissionais.
De acordo com o
dirigente de comunicação do Sindicato, Levi Arruda, a classe quis apontar
"os desmantos da CBTU, que agora se agravam com a PEC 55".
O dirigente
ainda ressaltou sua preocupação com a possível aprovação da PEC dos Gastos, que
afetaria diretamente o serviço, uma vez que a Metrorec é de responsabilidade
federal.
"O metrô do Recife já opera na iminência de um colapso.
Imagine o
que será se passarmos 20 anos sem investimentos", disse. Os metroviários
planejam, ainda hoje, uma caminhada até o Marco Zero.
A categoria também
reinvidica, entre as demandas específicas, políticas eficazes de segurança nas
estações e no metrô.
"Queremos apenas que sejam contratados os rapazes e
as moças que passaram no concurso", afirmou Risolene Nascimento,
Vice-presidente do Sindmetro, em protesto contra a demora na convocação de
aprovados em concurso público realizado em 2014.
Os motoristas de ônibus da Região Metropolitana do Recife também participaram
da mobilização e paralisaram as atividades em alguns terminais entre as 4h e
8h.
O ato também pediu por maior investimento na segurança. De acordo com o
sindicato da categoria, apenas em 2016 o Grande Recife já contabilizava mais de
1.600 casos de assaltos a ônibus. Desta vez, o Sindicato dos Rodoviários ainda
não sabe se vai paralisar as atividades.
De acordo com o presidente Benilson
Custódio, uma reunião da diretoria vai ser realizada esta semana para definir
se a classe vai aderir à convocação.
Vias e rodovias - No Recife, manifestantes fecharam o cruzamento da
Avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro, impedindo a passagem dos veículos durante
parte da manhã. Com faixas e cartazes, eles chamaram a atenção da população
para a perda de direitos proposta pela PEC. Os manifestantes também atearam
fogo na pista.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram realizadas interdições
na BR-408, em Aliança e Paudalho; na BR-232 em Jaboatão dos Guararapes
(Santo Aleixo), Caruaru e Bonança; e na BR-101, em Goiana.
Houve também
registro de protestos na BR-104, em Caruaru, na BR-428, em Santa Maria da Boa
Vista e no quilômetro 263 da BR 232, em Arcoverde. Na BR-101, nas proximidades
do Hospital das Clínicas, manifestantes fecharam a pista com pedaços de pau,
madeira e pneus e atearam fogo, impedido a passagem dos veículos.
O
congestionamento chegou a mais de cinco quilômetros de extensão. A rotatória em
frente à reitoria da UFPE também foi fechada. Na Avenida Sul, o trânsito também
foi interditado nas duas vias, na altura da estação largo da paz, com queima de
pneus e faixas contra a PEC 55.
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