Ministro do STJ decide manter prisão de Eduardo Cunha
Agência Brasil André
Richter -
Repórter da Agência Brasil8 horas atrás
© Wilson Dias/Agência Brasil Brasília - O ex-presidente
da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, embarca para Curitiba
após ser preso
pela Polícia Federal. (Wilson Dias/Agência Brasil)
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Felix
Fischer negou hoje (25) pedido de liberdade ao ex-presidente da Câmara dos
Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Cunha está preso desde o mês passado em
Curitiba (PR), por determinação do juiz federal Sérgio Moro, em função das
investigações da Operação Lava Jato.
A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado
cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não
declaradas na Suíça.
O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com
a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.
O processo
foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal(STF), mas após a cassação do ex-deputado,
a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque Cunha perdeu o foro
privilegiado.
Entre os argumentos usados para justificar o pedido de
prisão de Cunha, a força-tarefa de procuradores da Lava Jato afirmou que a
liberdade do ex-deputado representava risco às investigações.
Segundo a
acusação, "há evidências" de que existem contas pertencentes a Cunha
no exterior que ainda não foram identificadas, fato que coloca em risco as
investigações.
Além disso, os procuradores ressaltaram que Cunha tem dupla
nacionalidade (brasileira e italiana) e pode fugir do país.
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