sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Defunto vai a cartório, vende ações, e vira sócio do líder do PMDB na Câmara e de sua família


Blog do Barão

18 de abril de 2015 Atualizado em 31/12/2016
Defunto vai a cartório, vende ações, e vira sócio do líder do PMDB na Câmara e de sua família
 Defunto vai a cartório, vende ações, e vira sócio do líder do PMDB na Câmara e de sua família
                       O PAI, O FILHO E O FANTASMA
O deputado estadual Jorge Picciani (PMDB-RJ) e o filho Leonardo 
Picciani (PMDB-RJ) (foto abaixo), deputado federal. Eles lucraram 
ao negociar com um morto (Foto: Bianca Pimenta/Ag. O Globo)

Joaquim Vivas Caravellas morreu em 21 de abril de 2011, aos 87 anos. 
Era acionista da Tamoio Mineração, empresa que fornece brita para empreiteiras que têm obras contratadas com o governo do Estado do Rio de Janeiro.


Tudo em ordem. O morto morreu e foi devidamente enterrado. Mas, o Joaquim, organizado que era, resolveu dar sinal de vida dois meses após sua morte. Em 29 de Junho de 2011, compareceu de corpo presente à Junta Comercial do Estado para assinar e registrar os balanços financeiros da empresa em que detinha ¾ das ações. 

Assinou - e, pelo que consigamos apurar, retornou à sua morada no Cemitério São João Batista, situado em Botafogo, onde voltou à morrer. Desta feita sem homenagens, oba-obas e prantos de possíveis viúvas...

Ficou por lá, mortinho da silva, o Joaquim. Até que, em 28 de setembro de 2012, nosso defunto ressuscita novamente (já barrou Cristo...) e aparece em um cartório para vender parte das ações de sua empresa- avaliada em R$ 70 milhões- ao deputado estadual, Jorge Picciani ( PMDB), presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, e seus filhos, dentre eles o deputado federal, Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara dos Deputados.

Quando seu Joaquim chegou ao cartório, foi saudado com alegria pelo tabelião: “Parabéns, seu Joaquim, como o senhor está corado, até engordou, nem parece um defunto?!”

Depois de tudo sacramentado, seu Joaquim cumprimentou a todos e ia retirando-se, quando o deputado Jorge Picciani indagou: O senhor vai voltar de que para o cemitério?

- Vou de táxi- respondeu o falecido, mas no momento desfalecido, Joaquim.
- De jeito nenhum, estou no carro da Presidência da Assembleia e faço questão de mandar meu motorista levar o senhor, afinal agora somos sócios...

E assim deu-se, seu Joaquim foi morrer pela terceira vez de carona em um carro oficial. 
Desde então parece que morreu mesmo, para sempre.


A notícia original está na revista Época- A incrível sociedade do líder do PMDB na Câmara com um defunto



10 segredos estranhos que você provavelmente não sabe sobre a Lua

10 segredos estranhos que você provavelmente não sabe sobre a Lua
De  Luciana Calogeras         31 de dezembro de 2016
 10 segredos estranhos que você provavelmente não sabe sobre a Lua
 Apesar de sua proximidade e familiaridade, nosso satélite continua escondendo diversos segredos interessantes.

A Lua é o vizinho mais chegado da humanidade em suas viagens espaciais e o único corpo celeste que tivemos a chance de visitar. Das estranhezas científicas aos vários modos de como ela ‘afeta nossas vidas’, a Lua é um grande mistério que vale a pena dar uma conferida.
10 – Tremores lunares
 
Apesar da Lua ser um pedaço morto de pedra com mínima atividade geológica, ela é propensa a dar umas “chacoalhadas”. Esses tremores chamam-se “tremores lunares” e há quatro tipos deles. Os três primeiros são relativamente inofensivos: tremores profundos, vibrações de impactos de meteoritos e tremores termais causados pelo aquecimento do Sol. O quarto, apesar, pode ser bem desagradável: esses tremores podem registrar até 5.5 na escaca Richter e duram por extensos 10 minutos.

O que mais dá medo sobre os tremores lunares é que não temos ideia do que os causam. Os terremotos da Terra são causados geralmente pelos movimentos das placas tectônicas, porém a Lua não possui nenhuma destas ativas. 

Alguns pesquisadores acham que deve haver alguma conexão com as atividades marés da Terra, causada por uma “puxada” da Lua. Entretanto, essa teoria não tem respostas definitivas, já que as forças marítimas afetam a Lua inteira, porém os tremores lunares são geralmente localizados.
9 – O “Planeta Gêmeo”
 
Grande parte das pessoas acha que a Lua é uma lua, mas há outros que dizem que ela deveria ser definida como um planeta, pois é grande demais para ser uma lua “autêntica”. 

Tendo em torno de 1/4 do diâmetro da Terra, ela é facilmente a maior lua em relação com seu planeta no nosso sistema solar (Plutão possui uma lua chamada Charon que é metade de seu diâmetro em tamanho, mas já que Plutão não é mais definido como um planeta, não conta).

Por conta de seu grande tamanho, a lua na verdade não orbita a Terra. Em vez disso, a Terra e a Lua orbitam um ao outro, em torno de um ponto entre os dois. Este ponto é chamado de baricentro, e a ilusão de que a Lua está na orbitando a Terra vem do fato de que o baricentro está atualmente localizado dentro da crosta da Terra. 

O fato de que o baricentro se mantém dentro da Terra é o único motivo de a Terra e a Lua não serem consideradas planetas gêmeos, em vez de um planeta e seu satélite. Porém, isso poderá mudar no futuro.
8 – Lixo Lunar
 
Todo mundo sabe que o homem já esteve na Lua, porém poucos são os que sabem que ele tratou o lugar como um lugar para se fazer um “belo picnic”. Com o passar o tempo, os astronautas que chegaram na Lua deixaram uma grande quantidade de lixo para trás. Foi estimado que há em torno de 181,437 kg de materiais feitos pelo homem lançados na lua.

A maioria do lixo são restos de diversos experimentos e sondas espaciais, alguns desses ainda funcionais atualmente. Há também uma boa quantidade de lixo real, como containers com cocô de astronauta… Eca!
7 – A Lua é um cemitério
 
Um famoso astrônomo e o geólogo, Eugene “Gene” Shoemaker, era quase uma lenda em sua área. Ele inventou a pesquisa científica de impactos cósmicos e veio com métodos e técnicas que os astronautas de Apollo usaram para investigar a Lua.

Eugene queria ser um astronauta, mas foi recusado por um pequeno problema médico. Durante sua vida, esse se manteve como seu maior desapontamento. Ainda assim, esperançoso contra a esperança, ele continuou sonhando que um dia visitaria a Lua. Quando ele morreu, a NASA realizou seu mais precioso desejo e enviou suas cinzas para a Lua com o Prospector Lunar no ano de 1998. Suas cinzas se mantém lá, espalhadas dentre a poeira lunar.

6 – Anomalias lunares
Algumas fotos tiradas pelos diversos veículos que a tem visitado mostram algumas coisas bem estranhas na superfície da Lua. Muitas dessas imagens parecem mostrar construções artificiais que vão de minúsculas formas que parecem “vasilhas” às que parecem ser uma torre que poderia ter pelo menos 1,6 km de altura. De acordo com entusiastas paranormais, há também um amplo castelo que está suspendido em grandes alturas sobre a superfície da Lua. Tudo isto aparenta apontar para uma civilização avançada que tem vivido na Lua e construído complexas estruturas.

A NASA nunca se incomodou em quebrar essas teorias. Deve ser pois as imagens mostrando esses “sinais de vida” muito provavelmente foram criadas pelos teóricos da conspiração.
5 – Pó Lunar
 
Um dos maiores riscos da Lua é o pó lunar. Com todos sabem, a areia abrange muitos lugares na Terra, porém na Lua é absolutamente perigosa. O pó lunar é fino como farinha, porém extremamente áspero. Graças a essa textura e a baixa gravidade da Lua, o pó se espalha por absolutamente tudo.

A NASA tem passado por diversos problemas causados pelo pó lunar, como ter causado buracos em botas astronautas, cegado seus visores, e causado “febre lunar” aos pobres astronautas que o inalaram. 

É dito também que a exposição prolongada ao pó poderia até causar problemas nos isoladores de ar e fazer com que os trajes espaciais quebrassem. E caso esteja se perguntando: sim, é claro que essa destrutiva substância tem cheiro de pólvora usada.
4 – Dificuldades com baixa gravidade
 
Apesar da gravidade da Lua ser apenas um sexto da Terra, mover-se na sua superfície não é uma tarefa fácil. Buzz Aldrin comenta que a Lua era na verdade um ambiente extremamente difícil de se locomover. Os trajes espaciais eram desajeitados e seus pés afundaram no pó lunar numa altura de até 15 centímetros.

Embora a baixa gravidade, a inércia de uma pessoa (resistência às mudanças de movimento) na Lua é alta, fazendo com que as coisas fossem difíceis quando queriam se locomover rapidamente ou mudar de direção. Se os astronautas tivessem vontade de acelerar o passo do que andar devagar, eles tinham que se mover com passos desajeitados e longos. Isso se mostrou como outro problema, pois o terreno era cheio de crateras e outros obstáculos que os faziam tropeçar.
3 – A origem da Lua
 
De onde veio a Lua? A resposta verdadeira é que não sabemos. Porém, a ciência é apta para algumas belas e educadas tentativas.
Há cinco principais teorias sobre a origem da Lua. 

A Teoria da Fissão argumenta que a Lua costumava ser parte do nosso planeta que foi separada em algum ponto inicial da história da Terra. Isso faria com que a Lua fosse parte do que é atualmente o fundo do Oceano Pacífico. 

A Teoria da Captura diz que a Lua estava apenas vagando pelo universo até que nosso campo gravitacional a capturou. Outras teorias dizem que nosso satélite estava condensado ou por uma quantidade de asteroides ou pelos restos da colisão com a Terra com um desconhecido planeta do tamanho de Marte.

Atualmente, a candidata mais propenso para a história da origem da Lua é da Teoria do Anel Ejetado, na qual é melhor conhecida como a Teoria do Impacto Gigante. De acordo com essa versão, um planeta em formação chamado Theia colidiu com a Terra, dando início a uma nuvem de detritos que eventualmente condensou-se e formou a Lua.
2 – A Lua e o sono
 
Os efeitos da Lua na Terra e vice versa não podem ser negados. Porém, seus efeitos em humanos continuam como uma fonte de debate constante. Muitos acreditam que a lua cheia revela os mais estranhos comportamentos em pessoas, apesar da ciência não ter conseguido oferecer provas conclusivas sobre isso. Mas há uma coisa que a ciência tem conseguido confirmar: 
Há uma grande chance que a Lua poderia perturbar nosso ciclo de sono.
De acordo com um experimento voluntário feito pela Universidade de Basel na Suíça, as fases da Lua afetam – e perturbam – os ciclos o sono humano de um jeito claramente mensurável, e o absoluto pior de uma noite de sono geralmente acontece durante a lua cheia.

Se correto, esse achado poderia muito bem explicar a teoria da loucura da lua cheia: afinal, se ninguém consegue alcançar uma boa noite de sono durante a lua cheia, faz sentido que veríamos muito mais coisas estranhas do que uma noite rotineira.
1 – Sombras Lunares
 
No momento em que Neil Armstrong e Buzz Aldrin chegaram na paisagem alienígena da Lua, eles logo fizeram uma incrível descoberta: as sombras da Lua estavam bem mais escuras do que as da Terra devido à falta de atmosfera. Tudo que em que o Sol não brilhou diretamente estava totalmente preto. Quando seus pés pisaram em uma sombra, eles não conseguiam mais os ver mesmo com o fato de que o Sol estava brilhando no céu.

Apesar eles logo descobrirem que sua visão poderia se ajustar ao escuro, o contraste constante entre áreas escuras e claras se permaneceu um desafio. As coisas se tornaram ainda mais estranhas quando eles perceberam que algumas de suas sombras tinham “halos”, contornos luminosos causados pelo efeito de oposição, um fenômeno que faz com que certas áreas escuras apareçam cercadas por uma auréola brilhante quando vistas de certo ângulo do Sol.

As sombras da Lua criaram diversos problemas nas missões de Apollo. Alguns astronautas achavam suas tarefas de manutenção impossíveis pois suas próprias mãos bloqueavam o que estavam fazendo, enquanto outros achavam que estavam pisando em buracos profundos por causa das sombras que também se pareciam com buracos… assim fica difícil, não é mesmo?
Extra – Magnetismo Lunar
 
Um dos maiores mistérios da Lua é a falta do seu campo magnético – o que provou ser um problema real quando as pedras lunares que os astronautas trouxeram de volta nos anos 60 e 70 foram descobertas por serem magnéticas. 

Será que eram de origem alienígena? Como poderiam ser magnéticas se a Lua mesma não é?
A ciência descobriu desde então que a Lua na verdade costumava ter um campo magnético. O fato ainda está em processo no que exatamente aconteceu para fazer com que sumisse, mas há duas principais teorias. 

Um time de pesquisadores acha que é por causa dos movimentos naturais do núcleo de ferro da Lua, enquanto outros defendem que deve ter algo a ver com uma série de impactos com grandes rochas espaciais.




Últimos passos do 'pato manco': como Obama tenta dificultar a vida de Trump

Últimos passos do 'pato manco': como Obama tenta dificultar a vida de Trump
© Sputnik/ Aleksei Druzhinin
AMÉRICAS 11:24 22.12.2016(atualizado 13:28 30.12.2016) 
 O presidente dos EUA, Barack Obama, durante uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, na China.
© Sputnik/ Aleksei Druzhinin
Vladimir Ardaev, comentarista da RIA Novosti

Os Estados Unidos expandiram as sanções contra a Rússia em conexão com a situação na Ucrânia, disse o Ministério das Finanças dos EUA. Aos cidadãos russos contra os quais foram introduzidas sanções pessoais foram adicionadas sete pessoas ligadas a empresas privadas e ao setor bancário. Sanções setoriais foram aplicadas a oito organizações e dois navios-tanque — Marshal Zhukov e Stalingrad.

Política de campo minado

© AFP 2016/ MANDEL NGAN Senador russo: antes do mandato acabar, Obama quer 'bater a porta com força' Nos últimos dias da presidência de Obama, a retórica antirussa se reforçou. 

A Casa Branca ameaça o Kremlin de "resposta adequada" pela interferência, alegadamente realizada por "hackers russos", nas eleições norte-americanas, a administração Obama expande as sanções antirrussas — tudo exatamente um mês antes da posse do novo presidente. 

Ao mesmo tempo, o republicano Donald Trump, que vai tomar a posse oficialmente como presidente dos Estados Unidos no dia 20 de janeiro de 2017, dedicou uma parte significativa do seu programa eleitoral às relações com a Rússia. 

O presidente eleito não pretende vê-la como o principal inimigo geopolítico do seu país e está pronto a cooperar com a Rússia em uma série de áreas — incluindo a luta contra o terrorismo no Oriente Médio. 

É óbvio que a decisão de Obama é contrária à política do seu sucessor. Mais um exemplo. Trump promete aos americanos a criação de um grande número de novos postos de trabalho, inclusive através da remoção de todas as restrições à mineração na América. 

Barack Obama introduz a proibição da produção de petróleo e gás em grandes áreas do Ártico e Atlântico, como foi relatado em um comunicado conjunto dos dois governos — dos Estados Unidos e do Canadá. A proibição se deve a uma série de causas ecológicas e foi introduzida no mesmo dia em que as sanções antirrussas foram alargadas.

Obama pretende prolongar a política do seu gabinete. Para isso, ele toma decisões precipitadas que contradizem diretamente as intenções de seu sucessor, como se estivesse tentando definir o vetor da actividade da administração Trump no período inicial de seu funcionamento, diz o americanista e professor da Universidade de Finanças do governo russo, Gevorg Mirzayan.

Isto pode ser comparado com a forma como as tropas em retirada colocam minas em estradas e pontes, dificultando o avanço de seu inimigo que as persegue. 

Preocupações vãs? "Estes esforços são na sua maior parte infrutíferos e, provavelmente, são apenas demonstrativos. Todas as decisões tomadas pelo presidente anterior podem ser canceladas pelo novo presidente, todas as proibições impostas — retiradas.

Outra coisa é que para isto é precisa certa vontade política. Será mais difícil o cancelamento das decisões aprovadas pelo Congresso, mas aqui também não deve haver nenhum problema, porque tanto a Câmara quanto o Senado hoje em dia são controlados pelo partido republicano, então, presumivelmente, Trump não terá quaisquer obstáculos especiais em superar as consequências da política de seu antecessor", disse Gevorg Mirzayan. 

A proibição da exploração de jazidas de petróleo, provavelmente, não será fácil de cancelar — tanto porque a ordem executiva de Obama está relacionada com a decisão do Governo, como porque ela se baseia na interpretação das normas da lei de 1953. 

Alguns especialistas sugerem que cancelá-la poderá demorar anos de litígios. Relativamente às sanções impostas pelo presidente ou pela sua administração, o novo presidente pode cancelá-las de uma penada. 
O Ato sobre Estabilidade e Democracia na Ucrânia (Stability and Democracy (STAND) for Ukraine act), sobre o qual se fala no Congresso desde a primavera, poderia impedir disso. 

Este documento prevê o relacionamento do cancelamento das sanções antirrussas com o estatuto da Crimeia — elas podem ser removidas se o presidente fornecer ao Congresso a confirmação do "restabelecimento da soberania da Ucrânia sobre a Crimeia" ou que "a decisão sobre o estatuto da península foi aprovada sob controle internacional e foi reconhecida por um governo ucraniano democraticamente eleito". 

A lei deverá ser válida por cinco anos. No meio de dezembro se soube que o Senado dos Estados Unidos retirou da discussão este projeto de lei. A mídia dos EUA diz que por trás de tudo isso estão os lobistas da companhia petrolífera Exxon Mobil, o chefe da qual, Rex Tillerson, será nomeado por Donald Trump para o cargo de Secretário de Estado. 

Chegar a um acordo com ‘os seus' Parte das sanções antirrussas foi introduzida por decisão do Congresso, e se Trump realmente quer removê-las, para isso ele vai precisar do apoio de ambas as câmaras. Isso não deve ser um problema, porque republicanos constituem a maioria nas câmaras baixa e alta, disse Gevorg Mirzayan. "Tudo isso é muito mais complexo, duvida o politólogo do consórcio de comunicações Minchenko Consulting, Yevgeny Minchenko. 

Ele lembra que no Partido Republicano hoje não há unidade de opiniões em muitas questões, inclusive sobre a construção de relações com a Rússia. Por isso, o cancelamento das sanções impostas através de ordens executivas (ou seja, pessoalmente pelo presidente) significará um desperdício de capital político pessoal — do seu prestígio no partido. 

"Os republicanos têm hoje a maioria em ambas as câmaras do Congresso, depois da nomeação do Juiz Supremo eles terão a maioria no Supremo Tribunal Federal, eles controlam a maioria dos governadores e assembleias legislativas regionais. Tal dominância do Partido Republicano não existe nos EUA desde 1924. 

Ao mesmo tempo, muitos republicanos proeminentes são ainda mais radicais em relação à Rússia que Obama, a quem eles criticaram por sua política muito "suave", na opinião deles, em relação a Vladimir Putin", diz Yevgeny Minchenko.

"O principal objetivo de Trump, agora e nos primeiros meses de sua presidência, será o desenvolvimento de consensos com o Partido Republicano em todos os aspectos mais importantes da sua política futura. Ele terá que chegar a acordos — inclusive com aqueles que ocupam posições diametralmente opostas", acredita Gevorg Mirzayan.

Um indicador de como Trump conseguirá isso será a aprovação para o cargo de Secretário de Estado do chefe da Exxon Mobil, Rex Tillerson, que em muito compartilha as ideias do presidente eleito — especialmente sobre as relações com a Rússia. 

"Se a aprovação de Tillerson for bem sucedida, isso significará que o Partido Republicano chegou a acordo com Trump. No entanto, ele só poderá conseguir isso através de concessões mútuas, por isso ele, provavelmente, terá que desistir de algumas de suas intenções e promessas", diz Mirzayan. 

"Pato manco" tenta andar O presidente, cujos plenos poderes estão expirando, nos EUA é chamado de "pato manco" desde meados do século XIX. O Chefe de Estado, que deve em breve deixar de sê-lo, em regra tenta evitar quaisquer decisões políticas radicais para não complicar o trabalho de seu sucessor e não colocar sobre ele o peso da responsabilidade por seus próprios passos controversos. 

Esta é uma das tradições da democracia americana — uma das partes dela tão inalienáveis como a continuidade do poder, que em muitos aspectos deve ser mantida, independentemente de qual o partido vencedor.


Eis um exemplo. Em 1952, o republicano Dwight D. Eisenhower substituiu no cargo de presidente o democrata Harry Truman. No entanto, durante mais dois meses após assumir o cargo ele continuou discutindo os problemas de política interna e externa com o seu antecessor.

Outro precedente completamente diferente criou Bill Clinton, que em 2001 indultou cerca de mil e quinhentas pessoas condenadas por vários crimes, inclusive o seu irmão Roger. 

Clinton assinou o decreto de perdão poucas horas antes do termo do seu mandato, e nos Estados Unidos ele ainda é culpado por esse fato. Barack Obama pode, se não ofuscar, pelo menos continuar o que foi feito por Bill Clinton. O presidente, cuja indecisão durante todos os oito anos dos seus mandatos deu muito que falar nos EUA, já depois de reeleito tomou decisões graves, diretamente contrárias às intenções do seu sucessor.






Mídia ocidental apreciou humor da Embaixada russa contra Obama

Mídia ocidental apreciou humor da Embaixada russa contra Obama 
© Sputnik/ Aleksei Vitvitsky
AMÉRICAS 07:28 30.12.2016(atualizado 11:28 30.12.2016)
Barack Obama fala na cúpula da OTAN em Varsóvia
© Sputnik/ Aleksei Vitvitsky
Mídia ocidental apreciou um tweet da Embaixada russa em Londres, em resposta à decisão de Barack Obama de deportar 35 diplomatas russos. O tweet inclui a imagem de um "pato coxo". "Pato coxo" [Lame duck, em inglês] é um termo informal que se aplica a um presidente que se prepara para deixar o cargo, quando o seu poder e influência já são reduzidos. 

Fora do contexto, as acepções da palavra ‘lame' têm conotações na maior parte negativas — é traduzida como "desastroso", "fútil", "miserável".


President Obama expels 35 🇷🇺 diplomats in Cold War deja vu. As everybody, incl 🇺🇸 people, will be glad to see the last of this hapless Adm.
Traducir del inglés

"A Rússia se riu da posição do "pato coxo" Barack Obama depois de os EUA aprovarem novas sanções", escreve o The Washington Times.

"A Embaixada russa acabou de responder às sanções dos EUA com um meme. Sério", escreve o Mashable. The Independent assinalou que a resposta russa à decisão de deportar os diplomatas foi "rápida e divertida".


Ao mesmo tempo, Business Insider chamou o tweet da Embaixada russa de "reação de gozação".

Os Estados Unidos impuseram na quinta-feira (29) novas sanções contra algumas entidades e políticos russos, acusando Moscou de tentar influenciar os resultados das recentes eleições norte-americanas. 

Foi anunciada a expulsão de 35 diplomatas russos, que o presidente Barack Obama chamou de "oficiais da inteligência russa". 

O líder norte-americano não concedeu qualquer evidência disso. Além da imagem do pato, o tweet da Embaixada chama as ações das autoridades dos EUA o "dejà vu da Guerra Fria". "Como todo mundo, incluindo os americanos, nós ficaremos felizes de ver o fim desta administração falhada", diz o tweet.





Deputado: com suas ações administração Obama está tentando se vingar de Trump

Deputado: com suas ações administração Obama está tentando se vingar de Trump 
© REUTERS/ Carlos Barria
AMÉRICAS 09:50 30.12.2016(atualizado 10:04 30.12.2016) 
Barack Obama em entrevista coletiva de fim de ano, 16 de dezembro de 2016.
© REUTERS/ Carlos Barria

A administração Obama, que está terminando seu mandato, está tentando com suas ações inadequadas em política externa se vingar de Donald Trump pela sua vitória nas eleições presidenciais dos EUA e complicar ao máximo o ambiente na política externa ao novo dono da Casa Branca.

A administração Obama, que está terminando seu mandato, está tentando com suas ações inadequadas em política externa se vingar de Donald Trump pela sua vitória nas eleições presidenciais dos EUA e complicar ao máximo o ambiente na política externa ao novo dono da Casa Branca, disse o membro do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma, Sergei Zheleznyak, comentando a introdução de novas sanções antirrussas e deportação de diplomatas russos. 

"Com suas ações inadequadas em política externa, a administração Obama, que está terminando seu mandato, está tentando se vingar de Trump pela vitória nas eleições e complicar ao máximo a vida da equipe do novo presidente norte-americano. 

As convulsões políticas do atual governo dos Estados Unidos contra o nosso país não podem ser explicadas de outra maneira", disse Zhelezyiak aos jornalistas.

De acordo com ele, os "falhados políticos, saindo, tentam bater com a porta com força, mostrando ao mundo seu ódio histérico e violando as normas existentes da diplomacia e do bom senso".

"Obama, infelizmente, foi incapaz de vencer suas paixões e deixar a presidência de uma maneira bonita, o que definitivamente fez baixar sua reputação até um nível abaixo do chão", disse Zheleznyak. 

O deputado acredita que Obama está tentando de todas as maneiras possíveis pregar uma peça do novo presidente dos EUA e complicar ao máximo o ambiente em política externa para o novo dono da Casa Branca. 

"Se o excêntrico Obama acredita que com ações destrutivas tais como a deportação de diplomatas russos e fechamento de nossas missões diplomáticas pode fazer a Rússia soberana mudar sua política, então ele obviamente se equivocou", frisou. 

"Seria estranho esperar dele justificações pelos inventados ataques de hackers e outros "crimes" imaginados, mas nós não vamos assistir calados às constantes invectivas e desacatos. 

Contudo, a Rússia não equipara Obama e sua administração a todo o povo americano, com o qual os russos estão prontos para construir uma cooperação construtiva baseada na igualdade", acrescentou Zheleznyak.

Ele lembrou que o líder americano recém-eleito, Donald Trump, tem repetidamente manifestado sua opinião sobre a importância das relações russo-americanas e seu desenvolvimento.

"Não temos ilusões quanto a uma solução instantânea das dificuldades acumuladas nas nossas relações após a tomada de posse do novo presidente dos EUA, mas esperamos que o Sr. Trump se mostre como um político adequado nos assuntos internacionais e aborde os problemas acumulados da América, em vez de criar novos, como foi feito pelo seu antecessor", concluiu o deputado. 

Na quinta-feira (29), os EUA aplicaram sanções em relação aos serviços de inteligência e um número de indivíduos da Rússia, os tendo acusado de "intervenção nas eleições", e anunciaram a deportação do país de 35 diplomatas russos que foram considerados por Obama como "agentes da inteligência russa". 

O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, disse que a Rússia discorda categoricamente das acusações infundadas dos EUA contra Moscou. Às sanções de Washington, disse ele, será dada uma resposta adequada no sentido definido pelo chefe de Estado.



FHC sabia de tudo e não contou nada

O jornalista e escritor Paulo Moreira Leite é diretor do 247 em Brasília
30 de Dezembro de 2016
 

Sete meses depois do afastamento de Dilma Rousseff, centenas de milhares de brasileiros que foram às ruas  apoiar o pedido de impeachment têm todo direito de se mostrar indignados com as descobertas recentes sobre   Michel Temer e  seus auxiliares diretos.
  Minha opinião é que essas pessoas deveriam pelo menos admitir que vestiram nariz de palhaço quando resolveram  ignorar  denúncias frequentes que mostravam que o país assistia a um espetáculo de caráter seletivo,  onde objetivos de natureza política  tinham prioridade sobre fatos e provas de caráter criminal.
  
 A leitura do volume 2 dos Diários da Presidência mostra que Fernando Henrique Cardoso,  tinha perfeita noção de que se preparava um embuste para iludir o país com discursos de falso moralismo mas preferiu emprestar a biografia para dar respeitabilidade a um circo político que Joaquim Barbosa classificou como "encenação" do Congresso.

 Os registros das 868 páginas mostram Fernando Henrique preferiu o silêncio quando poderia ter falado -- e muito. Deixou lembranças e observações  para a história, aos estudiosos do futuro mas não agiu de acordo com o que conhecera e sabia, O volume 2 veio a público em maio, quando a sorte de Dilma recebia o tratamento final na Câmara de Eduardo Cunha,  Jair Bolsonaro e as lideranças do PSDB, produzindo uma cena lamentável de barbárie política.

Compreende-se pela leitura do Diário que FHC  conhecera de perto a liderança do PMDB que, em torno de Michel Temer, Geddel Lima e Eliseu Padilha, preparava-se para o assalto ao poder.

Em 1997, dezenove anos antes, Fernando Henrique encontrava-se na segunda metade de seu primeiro mandato como presidente da República, quando teve a oportunidade de redigir suas impressões opiniões sobre o triunvirato Temer-Geddel-Padilha no volume 2 dos Diários da Presidência.

Verdade que em 1997  ele não podia imaginar que estava produzindo um relato precioso para se examinar o comportamento de cada um desses personagens, quase vinte anos mais tarde. Até por isso, o texto tem um caráter especialmente valioso, já que Fernando Henrique Cardoso teve   uma experiência bastante concreta, digamos assim.

De olho na joia da coroa da Esplanada, o Ministério dos Transportes, tradicional ponto de negócios com grandes empreiteiras -- as mesmas que em nossa época fariam delações premiadas na Lava Jato -- o trio queria emplacar Padilha a frente da pasta mais disputada de Brasília. Fernando Henrique resistia. Deixou palavras que mostram uma certa bravura, o esforço de quem precisava do apoio do PMDB mas fazia questão de registrar sua preocupação com princípios e a disposição de resistir a pressões indevidas.
  
  Está lá, na página 167, uma descrição crua da situação: "o PMDB entrou no nível da chantagem," escreve FHC, referindo-se ao esforço de Geddel para trocar votos para garantir a provação do Fundo de Estabilização Fiscal, peça-chave do plano Real, "pela nomeação do ministro".
   
    Já o atual presidente da República, Michel Temer, diz FHC, com uma ponta de ambiguidade,  encontrava-se  "um pouco atordoado, mas também participando." Conforme o presidente, "parece que está havendo aí um lobby muito forte (a favor de Padilha).  Isso já torna a nomeação mais perigosa."

   Três páginas adiante, na noite de 29 de abril de 1997, a desconfiança fica escancarada. O presidente senta-se para relatar uma conversa com o tesoureiro Sérgio Motta, ministro das Comunicações e operador político do governo. Para FHC, a pressão é tão grande que "está cheirando mal."

    Vamos ler o trecho, na íntegra, com riqueza de detalhes:  "no domingo, encontro o Sérgio Motta, ele muito nervoso, realmente nervoso. Foi a uma reunião na casa do Michel Temer, numa festa, e lá o Geddel, o líder do PMDB, dizia que se o Sérgio quisesse aprovar o Fundo de Estabilização Fiscal, tinha que nomear logo o ministro, tem que o ser o Eliseu Padilha, uma coisa explícita. Eu já tinha decidido que não vou nomear Eliseu Padilha nenhum, porque esta pressão está cheirando mal." Em seguida, Fernando Henrique esclarece: "até tenho simpatia pelo Eliseu mas do jeito que as coisas estão se colocando, isso está mal."

   Por vários semanas, Fernando Henrique deixou registrada sua má vontade com o ministeriável, que iria se tornar ministro-chefe da Casa Civil e homem forte do governo Temer. Só se referia ao gaúcho  Padilha como  "aquele rapaz do Rio Grande do Sul." (Também parece divertir-se chamado Aécio Neves pelo diminutivo Aecinho). Quem tivesse lido o diário, na época, teria certeza de que Padilha jamais se tornaria ministro de FHC.

   Três semanas depois, ocorreu aquilo que costuma se passar no mundo político, com tantos personagens, de todos os partidos, mesmo aqueles que não escrevem Diários. 

Em 22 maio de 1997,  menos de um mês depois de ter escrito que não iria "nomear Eliseu Padilha nenhum, essa pressão está cheirando mal," Fernando Henrique lhe deu posse no ministério, permitindo que ali ficasse por até novembro de 2001, ou seja, por quatro anos seguidos. 

A passagem de Padilha pela Esplanada foi marcado por rumores e denúncias, em grande parte vocalizadas por Pedro Simon, voz histórica do PMDB gaúcho. 

A opinião corrente era que aquele ministério estava mesmo "cheirando mal", embora nada tivesse sido demonstrado contra o ministro. Em qualquer caso, é bom admitir, a oposição não tinha força política para isso. 

Sequer foi capaz de convocar o ministro para dar explicações no Congresso. "O Geddel se mobilizou para comandar a tropa de choque que protegeu o Padilha, " lembra um parlamentar presente, bastante ativo, na época, referindo-se ao futuro ministro cuja permanência no Planalto tornou-se insustentável quando se revelou seu empenho para salvar um apartamento milionário em Salvador num investimento condenado pelo patrimônio histórico.

 Duas décadas mais tarde, em julho de 2015, quando especulou-se sobre a possibilidade de um encontro entre FHC e Dilma Rousseff, pois eram claros os sinais de que a democracia encontrava-se em situação de risco, o ex-presidente usou sua página no Facebook para recusar qualquer contato com uma presidente eleita por 53,5 milhões de votos, que no dia de seus 80 anos redigira uma carta-homenagem de reconhecida generosidade, muito além de todo protocolo e toda conveniência política.

 "O momento não é para a busca de aproximação com o governo mas sim com o povo", escreveu Fernando Henrique. "Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo."

 Na verdade, o que não deveria ser salva era uma articulação que produziu a mais grave ruptura institucional desde abril de 1964, abrindo um processo de destruição de direitos e permanente instabilidade -- cuja origem se encontra na quebra da soberania popular. 

Repetindo 1997, quando acabou cedendo a uma operação que estava "cheirando mal", em 2016 ficou em silêncio e fez o que se sabia que não deveria ser feito.




Obama expulsa 35 diplomatas russos por suposta interferência em eleição

Obama expulsa 35 diplomatas russos por suposta interferência em eleição
29/12/2016 18h20  Washington  Da Agência Ansa

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, impôs hoje (29) sanções contra dirigentes do governo e da inteligência da Rússia por conta da suposta interferência do país na eleição vencida por Donald Trump. As informações são da agência Ansa.
Barack Obama
Para Obama, a decisão é uma resposta necessária aos esforços 
para prejudicar os interesses dos EUAEPA/Michael Reynolds/
Agência Lusa

De acordo com a Casa Branca, os cinco indivíduos e seis entidades afetados estão envolvidos em "significativas atividades cibernéticas maliciosas". 
O Departamento de Estado também expulsou 35 diplomatas da Embaixada de Moscou em Washington e do consulado em São Francisco, dando a eles e suas famílias 72 horas para deixarem o solo norte-americano.

Além disso, os russos não terão mais acesso a dois complexos estatais em Maryland e Nova York. "Ciberativistas da Rússia tentaram influenciar a eleição, erodir a fé nas instituições democráticas dos EUA e levantar dúvidas sobre a integridade do nosso processo eleitoral", informou um comunicado da Casa Branca.

As sanções serão impostas pelo Departamento do Tesouro e atingirão o Diretório Principal de Inteligência (GRU) e o Serviço Federal de Segurança (FSB), sucessora da KGB. A lista inclui três companhias que deram apoio a operações do GRU, quatro oficiais da agência e dois civis acusados de "usar meios cibernéticos para causar a apropriação indevida de informações pessoais".

"Essas ações se seguem a repetidos avisos públicos e privados que nós demos ao governo da Rússia e são uma resposta necessária e apropriada aos esforços para prejudicar os interesses dos EUA", disse Obama por meio de uma nota.

A notícia de que o presidente estava estudando sanções contra Moscou surgiu na quarta-feira (28), elevando a tensão com o Kremlin na reta final de seu mandato. Recentemente, a CIA afirmou que hackers russos vazaram emails do Partido Democrata para beneficiar Trump, que promete adotar uma postura mais amigável a Putin.

Divulgadas pelo WikiLeaks, as mensagens indicavam um suposto favorecimento da cúpula da legenda à candidata Hillary Clinton, em detrimento de Bernie Sanders. Segundo os serviços de inteligência dos EUA, o ataque cibernético teve o aval do próprio presidente da Rússia, que nega as acusações.

Ao assumir a Casa Branca, Trump colocará no Departamento de Estado o CEO da petrolífera Exxon Mobil, Rex Tillerson, que mantém boas relações com Putin. 




quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Livro em louvor do Füehrer Sergio Moro encalha nas bancas e livrarias

sábado, 3 de dezembro de 2016
Livro em louvor do Füehrer Sergio Moro encalha nas bancas e livrarias
 
Jornalistas Livres
Liquidação por encalhe
Por LOR, cartunista e médico (ou vice-versa)

A voz estridente anunciava a última chamada para meu embarque quando deparei com o desconto na compra do livro sobre o juiz Sérgio Moro e estanquei imobilizado diante da oferta, naquela espécie de vertigem que acontece quando algo está prestes a se revelar para nós e vem emergindo com força das profundezas de nosso inconsciente. 

Parecia vir à tona uma onda de humor diante do óbvio ridículo da pechincha estampada sobre o nome do bastião valoroso e justiceiro implacável do moralismo atual (ou deveria dizer morolismo?), mas a graça perdeu parte de sua força antes de alcançar a superfície. 

É muito mais do que um fracasso de vendas, é a desgraça de um grande projeto! - Gritou de sua mesa o editor, exasperado entre faturas e planilhas porque a edição do livro que arrebentaria todos os recordes de vendas encalhara em todo o país, inclusive na capital paulistana. 

O gerente de promoções, encolhido num canto da sala debaixo de sua culpa tentava se justificar: todos os sinais indicavam que seria o maior sucesso uma obra laudatória ao grande paladino da justiça (ou deveria dizer do justiçamento?), cujas batalhas ajudaram a derrubar a presidente que assumira publicamente ser presidenta. 

É que tudo parecia se encaixar bem, continuou o gerente de vendas, porque a operação lava-jato, como o nome indicava, seria algo rápido, zás-trás e eficiente, derrubaria um dos partidos políticos que usavam a Petrobrás para se manter no poder, então a oposição assumiria, o juiz viraria herói e pau! - O livro venderia horrores. 

E por que sua estratégia deu errada? – gritou o editor, mais vermelho ainda em suas origens anglo-saxônicas da baixa Bavária, deixando propositalmente respingar saliva sobre a cara do pobre gerente de marketing que abriu tremulamente um painel mostrando a todos que algo saíra fora de controle, não era culpa dele, o fato era que a operação de investigação da corrupção na estatal deveria ter ficado restrita a um determinado grupo de políticos, mas a ambição dos jovens investigadores sob o comando do juiz de família de origem toscana (ou deveria dizer tucana?) extravasara os limites da opereta e atingiu a própria orquestra, atrapalhando as provas para sobrar apenas convicção. 

O carro em ladeira abaixo sem freios bateu na rampa do palácio, destruiu alambrados do congresso e respingou lama em supremas togas e começou o salve-se quem puder (ou deveria dizer o pudê?).

Então, a velha pilantragem de sempre começou sua jardinagem na plantação de notícias na mídia sobre anistias gerais, mas restritas, que retirava a seiva do juiz. 

No meio desse devorteio, o livro sobre o capitão do mato ficou pronto e a gente espalhou o mais rápido que deu, disse o gerente de distribuição, mas a turma das panelas verde e amarelas parou de ir para a rua e o prestígio do nosso herói começou a desmoronar (ou deveria dizer des-moro-nar?) e o preço de capa começou a ficar caro, ninguém mais quer comprar. 

O jeito é a liquidação para não ficar com o estoque na mão e a gente ter que vender para reciclagem, como papel picado. Bem, em último caso a gente pode vender o papel picado para a turma de vermelho que agora está ocupando as ruas, argumentou o gerente de reciclagem, para jogar do alto dos prédios da Paulista, explicou. 

O editor estava visivelmente frustrado diante dos caminhos pífios que tomara aquela edição destinada a um best-seller (ou deveria dizer mais vendido?), e informou que tendo em vista que a coisa não deu certo como previra, reduziria o tamanho de sua empresa dentro do espírito de cortes da proposta desse governo (ou deveria dizer desgoverno?). 

Nesse momento, o jovem publicitário Ganhais Santana, recém contratado pela editora, informou que havia recebido uma ligação de fonte idônea e forte no governo e todos na reunião fingiram não saber que se tratava de um ministro soteropolitano (ou deveria dizer caleropolitano?) sugerindo que todos os exemplares do Sérgio Moro existentes no país fossem adquiridos a preço de custo pela secretaria do ex-presidente interino, mas neste momento tive que correr para a sala de embarque pois meu avião estava fechando as portas e perdi o resto da conversa.




Rússia Adverte que Extraterrestres do Mar Báltico são Extremamente Perigosos

Rússia Adverte que Extraterrestres do
Mar Báltico são Extremamente Perigosos.


Rússia Adverte que Extraterrestres do
Mar Báltico são Extremamente Perigosos.

Putin: A 'Nova Ordem Mundial' está normalizando a pedofilia no Ocidente

Putin: A 'Nova Ordem Mundial' está normalizando a pedofilia no Ocidente
 Criado em: Terça, 27 Dezembro 2016 20:13
 Putin erzr

Vladimir Putin usou sua conferência de imprensa anual de Natal para acusar as elites liberais ocidentais de abandonar os valores tradicionais que tornaram seus países grandes. Em vez de construir um futuro baseado nos valores cristãos sólidos, as elites ocidentais criaram uma cultura de " excessiva, correção política exagerada " que é tão destrutiva que vai levar à queda da civilização ocidental se não estiver preso.

Em uma pergunta e resposta sessão de quase quatro horas, o presidente russo realizada para frente sobre o estado de seu país e do mundo, dizendo que há uma pressão internacional para uma Nova Ordem Mundial que irá " retirar a soberania nacional " e "destruir a identidade e Da diversidade criada por Deus ". 

Para alcançar esse objetivo, Putin afirma que as elites ocidentais começaram a rejeitar as raízes nas quais sua sociedade foi construída.

" Muitos estados ocidentais têm tomado o caminho em que eles negam ou rejeitar suas próprias raízes, incluindo as suas raízes cristãs que formam a base da civilização ocidental. Nestes países, a base moral e qualquer identidade tradicional estão sendo negados - até mesmo identidades de gênero nacional, religiosa, cultural e estão a ser negado ou relativizado ".

" Nesses países, a base moral e qualquer identidade tradicional estão sendo negados - identidades nacionais, religiosas, culturais e até mesmo gênero estão a ser negado ou relativizado. Lá, a política trata uma família com muitas crianças como igual a uma parceria homossexual (juridicamente).

Os excessos e exageros de correção política nesses países levam, de fato, a uma séria consideração pela legitimação dos partidos que promovem a propaganda da pedofilia.

"As pessoas em muitos estados europeus estão realmente envergonhadas de suas afiliações religiosas e estão com medo de falar sobre elas".

Putin diz que a situação tornou-se tão extrema na cultura ocidental, que as pessoas estão agora a ensinou que " A fé em Deus é igual a fé em Satã" . Dizer o contrário seria correr o risco de ser politicamente incorreto - o grande crime de nossa era.

" Feriados e celebrações cristãs são abolidos ou 'neutra' renomeado, como se sentiam vergonha dos feriados cristãos. Com este método, esconde-se os valores morais mais profundos dessas celebrações.

"E esses países tentam forçar este modelo para outros países, globalmente. Estou profundamente convencido de que este é um caminho direto para a degradação e primitivização da cultura. 

Isso leva a uma profunda crise demográfica e moral no Ocidente. O que pode ser uma evidência melhor para a crise moral de uma sociedade humana (no Ocidente) do que a perda de sua função reprodutiva? "

Os países ocidentais não podem sobreviver reprodutivamente
" Hoje quase todos" desenvolvido "os países ocidentais não podem sobreviver reprodutivamente, nem mesmo com a ajuda de migrantes.

Sem os valores morais que estão enraizados no cristianismo e em outras religiões do mundo, sem regras e valores morais que se formaram e se desenvolveram ao longo de milênios, as pessoas inevitavelmente perderão sua dignidade humana ".

Putin não tinha remorsos com a determinação da Rússia em defender os valores ocidentais.

" E nós achamos que é certo e natural para defender e preservar esses valores morais (cristãos)."

A tentativa de criar um governo mundial único
Putin também advertiu que há uma tentativa de criar um governo de um mundo que iria acabar com Estados soberanos - um resultado que levaria à " rendição da própria identidade de um " e a perda de " diversidade criada por Deus".

" Ao mesmo tempo que este processo a nível nacional no Ocidente, observa-se a nível internacional as tentativas para criar um modelo unipolar, unificado do mundo, relativizar e remover instituições de direito internacional e da soberania nacional. 

"Em um mundo tão unificado e unipolar, não há lugar para estados soberanos. Tal mundo precisa apenas de vassalos.

"De uma perspectiva histórica, um mundo tão unipolar significaria a entrega da própria identidade de uma e da diversidade criada por Deus ."

Tradução: Google

Fonte: yournewswire.com



Há um rio de ferro que corre cada vez mais depressa no interior da Terra

Há um rio de ferro que corre cada vez mais depressa no interior da Terra
Três satélites europeus têm observado o campo magnético terrestre nos últimos três anos, para detectarem todas as suas mudanças e “verem” como é que este escudo invisível do planeta está a ser gerado no seu interior. Agora fizeram a sua primeira grande descoberta.
TERESA FIRMINO   27 de Dezembro de 2016, 8:31
 Ilustração do campo magnético da Terra, um escudo que nos protege da radiação cósmica e das partículas electricamente carregadas emitidas pelo Sol
Ilustração do campo magnético da Terra, um escudo que nos 
protege da radiação cósmica e das partículas electricamente 
carregadas emitidas pelo Sol ESA/ATG MEDIALAB

Por baixo da Sibéria e do Alasca, bem no interior da Terra, está a correr um rio de ferro líquido. Vai em direcção a oeste e move-se cada vez mais depressa – uma descoberta feita graças às observações de três satélites lançados em 2013 pela Agência Espacial Europeia (ESA).

Esse rio encontra-se no núcleo externo da Terra, rico em ferro e níquel, a cerca de 3000 quilómetros de profundidade. 

O nosso planeta tem 12.700 quilómetros de diâmetro e é composto por camadas: a seguir à crosta e ao manto está o núcleo externo e, depois, o interno. Enquanto o núcleo interno é sólido, indo dos 5100 quilómetros de profundidade até ao centro da Terra, o núcleo externo é líquido e vai dos 2900 quilómetros até aos 5100. 

Este líquido, superquente e em movimento, gera correntes eléctricas que, por sua vez, criam o campo magnético do planeta.
 PÚBLICO -
Ilustração da corrente de ferro derretido no núcleo externo da 
Terra e da constelação de satélites que a descobriu ESA

Ora o campo magnético da Terra muda constantemente. Além disso, não há muitas maneiras de olhar para o interior profundo da Terra – as medições do campo magnético são uma dessas maneiras (as ondas sísmicas são outra). 

Ao registarem-se pormenorizadamente as mudanças do campo magnético é então possível inferir como é que o ferro se está a movimentar no interior do planeta.

Por isso, a ESA lançou três satélites gémeos – na missão Swarm e que custará cerca de 230 milhões de euros – para fazer medições muito rigorosas do campo magnético terrestre e destrinçar todas as fontes que contribuem para ele.

Ainda que a fonte principal seja o núcleo externo, há outras mais, como rochas magnetizadas presentes na crosta terrestre e a ionosfera, uma das camadas exteriores da atmosfera. 

O campo magnético do planeta é o resultado da contribuição de diversas fontes, formando um escudo que nos protege da radiação cósmica e de partículas electricamente carregadas emitidas pelo Sol, e que são perigosas para nós e para as telecomunicações, por exemplo. 

“As medições precisas dos satélites da constelação Swarm vão permitir separar as diferentes fontes de magnetismo, tornando mais claro o contributo do núcleo”, explica a ESA em comunicado.

Foram as medições dos satélites Swarm que permitiram descobrir o rio de ferro na região do Pólo Norte, cujos materiais derretidos não só se deslocam mais depressa do que aqueles que estão à sua volta como o fazem cada vez mais depressa. 

Publicados num artigo científico na revista Nature Geoscience, por investigadores da Universidade de Leeds (no Reino Unido) e da Universidade Técnica da Dinamarca, os resultados das observações indicam que o ferro por baixo da Sibéria e do Alasca está agora a andar 45 quilómetros por ano, ou seja, cerca de cinco metros por hora. 
E que esta velocidade triplicou nos últimos 15 anos.

“Pode parecer que 45 quilómetros por ano não é muito. Mas nunca vimos nada mover-se tão depressa no interior da Terra”, sublinha Christopher Finlay, investigador da Universidade Técnica da Dinamarca e que está envolvido no projecto Swarm. “E é três vezes mais rápido do que tudo o resto no núcleo da Terra”, acrescenta o investigador, citado num comunicado da sua universidade.

Este rio tem cerca de 420 quilómetros de largura, estende-se por 7000 quilómetros de comprimento e é provável que vá até aos 5000 quilómetros de profundidade. 

Os cientistas comparam-no a um fenómeno existente na atmosfera a grande altitude – as correntes de jacto, que são correntes estreitas de vento forte e que corre de forma quase horizontal. 

“É uma descoberta fascinante. É a primeira vez que vimos esta corrente de jacto de forma tão clara”, diz Christopher Finlay, referindo-se ao ferro líquido. 

“Esta corrente de jacto pode ser importante no dínamo que gera o campo magnético da Terra. Também pode estar a causar mudanças na taxa de rotação do núcleo interno da Terra. Ao compreendermos melhor a física do núcleo, acabaremos por fazer melhores previsões sobre as mudanças futuras do campo magnético da Terra”, acrescenta o investigador.

“É provável que haja mais surpresas”, antevê por sua vez Rune Floberghagen, responsável da ESA pela missão Swarm. “O campo magnético está sempre a mudar, o que até pode levar a corrente de jacto [de ferro derretido] a mudar de direcção.”