Temer ficou menor
Com as novas acusações, desta vez da PF e do doleiro do
PMDB, o presidente está diminuído — e, no começo da crise, por pouco não
renunciou ao cargo
Por Robson Bonin, Thiago Bronzatto
access_time23 jun 2017, 21h25 - Publicado em 23 jun 2017,
20h55
Montagem de Anderson Marçal e Douglas Bressar com fotos de
Cristiano Mariz/VEJA)
Desde que seu governo foi atingido na testa pela delação do
empresário Joesley Batista, o “bandido notório”, o presidente Michel Temer
nunca viveu uma semana tão desastrada.
A Polícia Federal, encerrando uma etapa
das investigações da delação, concluiu que existem evidências “com vigor”
mostrando que Temer praticou ato de corrupção.
Além desse petardo, o operador
Lúcio Funaro, conhecido como doleiro do PMDB, começou a abrir o bico, como
adiantou VEJA na semana passada.
Entre outras acusações, disse que o partido
mantinha uma quadrilha para abocanhar verbas da Caixa Econômica Federal — e
Temer era quem fazia a distribuição dos recursos surrupiados.
Com tudo isso, o
presidente Temer, mesmo no exterior, encerrou a semana menor do que começou.
Com denúncias e acusações surgindo em ritmo quase diário, Temer é hoje um
presidente moralmente acossado, politicamente fragilizado e administrativamente
atordoado, pois seu governo despende mais energia com a polícia do que com a
política.
Está se apequenando institucionalmente, obrigado a se explicar a todo
instante, instado a bater boca com quem chama de “bandido notório” e
testemunhando a agonia de amigos.
E sua situação tende a piorar ainda mais.
Fonte: http://veja.abril.com.br/
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