Remuneração de Aécio será mantida, mas com desconto, informa
Senado
Inicialmente, assessoria do presidente Eunício Oliveira
havia divulgado que seria suspensa a remuneração do senador, afastado do
mandato por ordem do Supremo Tribunal Federal.
Por Gustavo Garcia, G1, Brasília
14/06/2017 17h19 Atualizado há 7 horas
Senado retira nome de Aécio Neves do painel eletrônico
A assessoria do presidente do Senado, Eunício Oliveira
(PMDB-CE), informou na tarde desta quarta-feira (14), por meio de nota de
esclarecimento, que a remuneração do senador Aécio Neves (PSDB-MG) será
mantida, mas com descontos dos valores referentes às ausências do parlamentar
às sessões deliberativas.
Com isso, Aécio – afastado
do mandato por determinação do Supremo Tribunal Federal – preservará
parte do salário de R$ 33,7 mil que recebe como senador.
No início da tarde, a assessoria havia divulgado um ofício
endereçado ao ministro Marco Aurélio Mello, do STF, no qual Eunício Oliveira
comunicava que o Senado, entre outras medidas, tinha determinado a suspensão do
pagamento da remuneração de Aécio Neves, entre outras providências (veja ao
final desta reportagem a reprodução do ofício e da nota de esclarecimento).
A nota de esclarecimento foi divulgada após uma reunião nesta
quarta-feira entre Eunício e Marco Aurélio Mello.
O tucano não comparece ao Senado desde o dia 17 de maio.
Desde então, o Senado realizou 12 sessões deliberativas, que são realizadas às
terças, quartas e quintas. Dessa forma, até o momento, Aécio terá 12 dias de
desconto no salário.
Além do desconto no salário, o Senado suspendeu a verba
indenizatória do parlamentar e recolheu o veículo oficial utilizado por ele.
A verba indenizatória é a cota mensal disponível para cada
parlamentar destinada ao custeio de atividades relacionadas ao mandato, como
passagens aéreas, gastos com telefonia, alimentação, entre outras despesas.
O nome de Aécio foi retirado do painel de votações e da
lista dos senadores em exercício.
Agora, no portal do Senado na internet, Aécio
figura na lista dos senadores afastados do mandato.
Aécio foi afastado do mandato parlamentar no mês passado por
determinação do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF,
após terem se tornado públicas as delações de executivos da empresa JBS.
O ministro Marco Aurélio é o relator do inquérito que
investiga o tucano com base nessas delações.
Nesta terça, Aécio informou ao Supremo Tribunal Federal que
vem cumprindo com
"total respeito e reverência" a decisão do de afastá-lo das
funções parlamentares com "total respeito e reverência”.
O ministro Fachin mandou afastar o senador do PSDB depois de
ter sido gravado pedindo dinheiro ao dono da JBS, Joesley Batista, um dos
delatores da Operação Lava Jato.
Em delação premiada à Procuradoria Geral da República (PGR),
o empresário Joesley Batista – um dos donos do frigorífico JBS –, entregou uma gravação
de 30 minutos na qual o senador pede R$ 2 milhões para, supostamente,
pagar as despesas com advogados para defesa dele na Operação Lava Jato.
Ofício do presidente do Senado, Eunício Oliveira,
enviado ao
ministro Marco Aurélio Mello, sobre a
situação do senador Aécio Neves (Foto:
Reprodução/Senado)
Em nota de esclarecimento, Senado informa que
salário de
Aécio Neves será mantido, mas terá
desconto (Foto: Reprodução/Senado)
Fonte: http://globo.com/
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