Moro confessa que é inimigo de Lula e diz que ouvir defesa
de ex-presidente ‘é perda de tempo’; CONFIRA AQUI!
15 de junho de 2017
O juiz federal Sérgio Moro interrompeu as perguntas que a
Defesa de Luiz Inácio Lula fazia a uma testemunha em audiência ocorrida na
manhã desta quarta-feira (14), na 13ª Vara Federal de Curitiba.
O motivo: tais
questionamentos, no entendimento do juiz de primeira instância, seriam “perda
de tempo”.
O ex-diretor geral da Polícia Federal Luiz Fernando
Correa depôs na manhã desta quarta em processo em que os procuradores da Lava
Jato acusam a construtora Odebrecht de ter planejado doar um terreno para o
Instituto Lula.
Lula figura como réu nesta ação penal, muito embora jamais
tenha pedido tal terreno, muito menos figurado como seu proprietário ou
beneficiário.
Durante a oitiva das testemunhas, o juiz Sérgio Moro
interrompeu os procedimentos no momento em que Correa discorria sobre o
estímulo e condições materiais propiciados pelo então Presidente Lula no
combate à corrupção e a lavagem de dinheiro.
Leia, abaixo, nota publicada pela
Defesa de Lula a respeito do assunto.
“O cerceamento ao direito de defesa e o desrespeito à atuação dos advogados
mais uma vez se fez presente hoje (14/06) em audiência na 13ª Vara Federal
Criminal de Curitiba, relativa à Ação Penal 5063130-17.2016.4.04.7000.
O juiz Sérgio Moro interrompeu o trabalho da defesa de Lula
na oitiva do ex-diretor geral da Polícia Federal Luiz Fernando Correa,
exatamente quando o depoente, na mesma linha dos ex-procuradores gerais da
República Claudio Fontelles e Antonio Fernando Barros, também ouvidos hoje,
discorria sobre o estímulo e condições materiais propiciados pelo então
Presidente Lula no combate à corrupção e a lavagem de dinheiro.
É preciso registrar que o Juízo tem permitido, nas demais
audiências, que o Ministério Público Federal (MPF) formule perguntas na mesma
linha de outras já feitas anteriormente às testemunhas de acusação – em
audiências referentes à Ação Penal 5046512-94.2016.4.04.7000/PR – notadamente
em relação aos delatores. Moro afirmou que indeferia o questionamento porque
tais perguntas já haviam sido respondidas em outra ação e que sua continuidade
resultaria em “perda de tempo”.
A realidade é que o Juízo impediu a defesa de reforçar
aspectos relevantes, que desmentem o cenário de “corrupção sistêmica” afirmado
pelo MPF.
Diante da falta de provas que se verifica na acusação à
Lula, é lamentável que o Juízo recorra a tais expedientes e, junto com a
representante do MPF manifeste comportamento tão desrespeitoso à defesa. Mais
uma vez se atenta contra as prerrogativas profissionais, à participação do
advogado na administração da Justiça, como assegura a Constituição Federal
(art. 133) e as regras internacionais da magistratura, dos procuradores e dos
advogados.
Tal conduta fere igualmente as garantias fundamentais do
ex-Presidente Lula.
Cristiano Zanin Martins
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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