Polícia Federal pede ao Supremo mais prazo para concluir
inquérito sobre Temer
Prazo terminava no próximo dia 13, mas PF pediu mais 10 dias
porque a perícia no áudio gravado por Joesley Batista em um encontro com Temer
ainda não foi concluída. Ainda não há decisão de Fachin.
Por Mariana Oliveira e Vladimir Netto, TV Globo, Brasília
10/06/2017 20h39 Atualizado há 5 horas
O presidente Michel Temer (Foto: AP Photo/Eraldo Peres)
A polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal o adiamento
do prazo para a conclusão do inquérito aberto para investigar o presidente
Michel Temer e o ex-assessor dele Rodrigo Rocha Loures,preso
há uma semana.
O prazo acabava no próximo dia 13, mas a PF pediu mais 10
dias porque a perícia
no áudio gravado por Joesley Batista, dono da JBS, em um encontro com o
presidente, não foi concluída.
Ainda não há decisão do ministro Luiz Edson
Fachin sobre o pedido da PF.
Joesley Batista fechou acordo de delação premiada no âmbito
da Operação Lava Jato.
Como provas, ele entregou ao Ministério Público
documentos, áudios, vídeos e fotos. Entre as gravações, está o áudio
de uma conversa que ele teve com Temer em março deste ano.
A defesa de Temer diz que a gravação é
"imprestável", foi editada e, em uma situação "normal",
jamais seria aceita.
No Supremo, o ministro Edson Fachin autorizou a abertura de
um inquérito
para investigar o presidente pelos crimes de corrupção passiva,
obstrução de Justiça e organização criminosa.
Segundo o Ministério Público Federal, Temer e o senador
Aécio Neves (PSDB-MG),afastado
do mandato parlamentar, atuaram em conjunto para impedir
o avanço da Operação Lava Jato.
Desde que as delações da JBS se tornaram públicas, o presidente
tem enviados notas à imprensa, concedido entrevistas e feito pronunciamentos
para rebater
as acusações e dizer que jamais atuou para beneficiar a empresa.
No Congresso Nacional, a oposição passou a liderar um
movimento a
favor do impeachment de Temer e alguns partidos da base aliada deixaram
de apoiar o governo.
Além disso, o PSDB decidirá na semana que vem se
permanece no governo ou desembarca (a legenda comanda quatro ministérios).
Acusações
Relembre abaixo algumas das acusações envolvendo o
presidente Michel Temer, de acordo com o Ministério Público e segundo os
delatores da JBS:
Respostas
À medida em que o conteúdo das delações era conhecido, o G1 questionava
a Presidência sobre as acusações.
Leia abaixo as respostas:
Ajuda a Cunha: "No diálogo com Joesley Batista, o
presidente Michel Temer diz que nada fez pelo ex-deputado Eduardo Cunha. Isso
prova que o presidente não obstruiu a Justiça. Michel Temer não recebeu
valores, a não ser os permitidos pela Lei Eleitoral e declarados ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
Portanto, não tem envolvimento em nenhum tipo de
crime."
Ação no TSE: "Isso não ocorreu".
Atuação para impedir Lava Jato: "O presidente
nunca atuou para impedir o avanço da Lava Jato".
Recebeu R$ 15 milhões e guardou R$ 1 milhão: "O
presidente não pediu nem recebeu dinheiro ilegal."
Fonte: http://globo.com/
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