CEM MIL CÓPIAS ANEXADAS: Indignados, advogados de Lula
explicam por que pediram suspensão do processo do triplex
8 de maio de 2017
Na ação penal em que Lula é acusado de ser dono de um
apartamento triplex no Guarujá, os procuradores federais responsáveis afirmam
que o ex-presidente viria a receber o imóvel em questão da empreiteira OAS –
sua real proprietária – em troca de ter supostamente beneficiado a empresa em
contratos firmados com a Petrobras, na época em que Lula era presidente do
Brasil.
A tese já foi desconstruída pelas mais de 70 testemunhas
ouvidas no processo, e também por meio de provas documentais e periciais
produzidas pela Defesa, a quem caberia apenas contestar as provas exibidas pelo
Ministério Público Federal, que, no entanto, não apresentou prova alguma que
baseasse sua convicção da culpa de Lula.
A acusação de propina do MPF-PR se resume a três contratos
realizados entre a OAS e a Petrobras. Seriam estes três contratos os que teriam
passado sob a influência e mando de Lula, e em virtude desta ação gerado uma
dívida informal da companhia com o então presidente, que viria a ser paga
somente cinco anos depois, em 2014, quando Lula já era ex-presidente, por meio
do tal apartamento do Guarujá, que ele jamais utilizou, sempre segundo a
inusual tese acusatória.
A fim de esclarecer de qual eventual forma teria Lula agido,
os advogados do ex-presidente pediram, já no início da fase de instrução
processual, há cerca de seis meses, o acesso aos documentos da Petrobras que
estão relacionados aos três contratos que embasam a denúncia. O volume de
material é grande, por isso a Defesa preocupou-se em solicitar o conteúdo
documental pertinente ao caso já no começo da análise dos fatos.
Primeiramente, porém, o pedido foi negado pelo juiz Sérgio
Moro. A Defesa, então, insistiu, ingressou com novo procedimento, levando mais
argumentos da justeza do pleito. O magistrado, então, se convenceu, e autorizou
a coleta do material para conhecimento dos defensores. Ocorre que Sérgio Moro
não fixou prazo para a juntada dos documentos nos autos.
A Petrobras – que figura no processo como assistente de
acusação, ao lado do MPF – por sua vez, entregou o material faltando uma semana
para o fim da instrução processual, que é quando Lula será ouvido, na próxima
quarta (10). A empresa juntou nada menos do que 100 mil páginas de documentos,
sem índice ou ordem cronológica.
A Defesa contratou uma gráfica, mas sequer
teve tempo de imprimir tudo até agora. Veja na imagem acima o volume de
material que têm que ler os advogados em sete dias.
Por isso, foi pedida a suspensão do processo por um período
minimamente razoável para que não reste escancarado o cerceamento de defesa que
representa uma situação como a que está posta.
O ex-presidente Lula em mais de
uma ocasião já explicitou que está ansioso pela oportunidade de se defender de
seus acusadores no âmbito do processo que sofre.
A Defesa pediu esses
documentos há seis meses, não pode ser acusada de qualquer medida protelatória.
Não pode ser justo que se distorçam os fatos.
CLICK POLITICA
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário