Edição do dia 30/05/2017
30/05/2017 21h16 - Atualizado em 30/05/2017 21h50
Supremo autoriza PF a interrogar Temer no caso das gravações
da JBS
Ministro Edson Fachin deu prazo de dez dias para PF concluir
inquérito. Segundo Fachin, Temer poderá responder às perguntas por escrito
Imagem do Google
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal,
acolheu pedido do procurador-geral da República e autorizou depoimento do
presidente Michel
Temer, no caso das gravações da JBS.
Fachin ainda deu prazo de dez dias
para Polícia Federal concluir o inquérito.
O ministro Luiz Edson Fachin deu
24 horas para que o presidente Michel Temer responda às perguntas da Polícia
Federal.
O prazo começa a valer a partir do momento em que o presidente receber
as perguntas.
Fachin atendeu ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, que considera fundamental que Temer seja ouvido no inquérito em que ele
é investigado por suspeita de corrupção passiva, obstrução de Justiça e
organização criminosa.
O ministro-relator da Lava Jato lembrou que investigado não
tem direito de escolher quando vai depor.
E que independentemente do cargo,
deverá comparecer perante à autoridade competente em dia, hora e local para
prestar depoimento.
Mas Fachin atendeu a um pedido do presidente e permitiu que
ele responda às perguntas por escrito, porque entendeu que não prejudica a
investigação.
O ministro Edson Fachin negou o pedido dos advogados do
presidente, que queriam que Temer fosse ouvido só depois que a Polícia Federal
terminasse a perícia na gravação da conversa feita por Joesley Batista. Segundo
a PF, a perícia pode demorar 30 dias.
Fachin quer concluir as investigações
antes disso. Ele determinou prazo de dez dias para Polícia Federal concluir o
inquérito.
Segundo Fachin, o prazo é porque há uma pessoa presa relacionada à
investigação: Roberta Funaro, irmã do doleiro Lúcio Funaro, apontado como
operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
A partir da conclusão do
inquérito, a prisão dela pode ser reavaliada.
A defesa do presidente Michel Temer declarou que o
presidente não se negará a responder às questões, mas insistiu que perguntas
referentes ao áudio gravado por Joesley Batista só poderiam ser respondidas
quando a perícia for concluída.
A Polícia Federal ainda não divulgou as perguntas.
A defesa
do presidente ressaltou que ele tem se manifestado no sentido de prestar plena
colaboração à Justiça.
Fonte: http://globo.com/
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