Ator da Globo visita a Paraíba, detona Temer, a emissora
carioca e diz que reformas são consequências do golpe; CONFIRA AQUI!
1 de maio de 2017
O ator e diretor de cinema Wagner Moura, participou na noite
deste domingo (30) do encerramento de mais uma edição do Campus Festival, em
João Pessoa. Durante o bate-papo com a plateia, o ex-global fez críticas às
medidas que vêm sendo propostas pelo presidente da República, Michel Temer
(PMDB), posicionamento da imprensa, dever do Estado em relação à Segurança
Pública e outros assuntos.
Wagner lembrou o processo de impeachment da ex-presidente da República, Dilma
Rousseff (PT), o qual não deixou de fazer críticas, Segundo o ator, o ‘golpe’
contra a petista está tendo como consequências as propostas de reforma
Trabalhista e da Previcência.
“Eu sempre fui assíduo nas críticas ao PT. A Dilma não foi
uma boa presidente. Agora, foi um golpe político. O golpe de tirar a Dilma foi
a primeira fase, as reformas são as consequências. Um golpe que não é diferente
de 1964”, disse.
O ator comentou também uma das primeiras decisões de Temer, quando assumiu a
Presidência, que foi a de extinguir o Ministério da Cultura. “Acabar com o
Ministério da Cultura é uma burrice gigante. A cultura é fundamental”, frisou.
Questionado pelo repórter do Portal MaisPB Wallison Bezerra,
de como é visto pelos colegas de profissão pelo posicionamento político, Wagner
desabafou afirmando que recebe pressão por conta das declarações.
Ele afirmou, porém, que a sua atidude não lhe impulsiona a
entrar numa disputa eleitoral.
Lava Jato
Mesmo sendo contrário a algumas atitudes da Operação Lava
Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobrás, Wagner ressaltou a
importância das investigações.
“Ninguém pode ser contra a Lava Jato, você pode não ser
contra a qualquer tipo de investigação contra corrupção. Agora, faço críticas
de como é a relação do judiciário com a mídia. O vazamento das conversas da
Dilma com o Lula é errado. Por isso, sou contra a alguns métodos”, pontou.
Mídia e Política
Jornalista de formação, Wagner discordou do posicionamento
de como setores da imprensa se comportam diante do atual momento do político.
Ele enalteceu, ainda, o papel das redes sociais nesse processo que o Brasil
está passando.
“O jornalismo da Globo segue o padrão da grande mídia, é um
jornalismo comprometido. No Brasil, a imprensa é controlada por cinco famílias.
E como qualquer empresa, existem os interesses do dono. Acaba que o filtro da
notícia é tendencioso”, lamentou.
Segurança Pública
O papel que o ator interpretou nas duas edições do filme
Tropa de Elite, como o capitão Nascimento, e a atuação como Pablo Escobar, em
Narcos, insultou a plateia a questionar sobre o modo como o Estado trata a
segurança.
“A política da guerra contra as drogas, no México, Colômbia,
Brasil ou Peru, é a de que os pobres estão morrendo. No momento do caos,
pânico, é que as soluções fáceis aparecem, que é chegar o policial e matar o
bandido.
A Rachel Sheherazade defendeu que o garoto preso em um poste fosse
lichado. Esse tipo de discurso de que bandido bom é bandido morto é da
barbárie”, declarou.
Wallison Bezerra – MaisPB
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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