10 de maio de 2017 - 20h00
Em praça lotada, movimentos recebem Lula e defendem
democracia
Por Laís Gouveia
Mídia Ninja
Curitiba (PR) transformou-se nesta quarta-feira (10) no
centro de resistência em defesa da democracia. Para receber o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva após o depoimento prestado ao juiz Sérgio Moro, referente
à Operação Lava Jato, cerca de 20 mil pessoas ocuparam a praça Santos Andrade
em um ato político, prestando solidariedade ao ex-presidente e denunciando as
arbitrariedades do judiciário brasileiro.
Aos gritos de “Lula, Guerreiro, do Povo Brasileiro”,
lideranças políticas, representantes de movimentos sociais e sindicais
participaram do ato, reafirmando em suas falas seu apoio ao ex-presidente.
Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST),
criticou a postura seletiva do judiciário.
“O Sérgio Mouro desmoraliza a
justiça e a democracia, esse cidadão não tenha nenhuma autoridade moral para
julgar Lula.
Quando é que esse juiz chamará o Beto Richa, Aécio Neves para
deporem? Só se for para tomar um chazinho das cinco, Moro é um juiz parcial que
quer se apresentar como xerife do Brasil, mas essa postura não cabe numa
democracia.
Eles tentaram fazer um espetáculo, mas o que aconteceu hoje em
Curitiba foi uma ação de resistência democrática, nós não aceitaremos que um
processo judicial seja transformado numa desmoralização política”, afirma.
A estudante secundarista Ana Julia, símbolo da resistência
no movimento de ocupação das escolas contra a Reforma do Ensino Médio,
participou do ato e ressaltou a importância da luta em defesa da democracia.
“Hoje é um dia de resistência contra essa repressão que atingem os estudantes e
a esquerda.
Também é uma data para lutar contra todos os retrocessos impostos
por esse governo ilegítimo, como a PEC 241 que esse Senado corrupto aprovou.
Devemos seguir em frente fazendo a defesa da escola pública de qualidade e para
que o povo tenha seus direitos respeitados, esse judiciário brasileiro é
seletivo e quer condenar a pessoa que mais fez pelo Brasil. Seguimos na luta
contra todos os retrocessos, não adianta tentar nos derrubar, não conseguirão,
continuaremos ocupando as escolas e as ruas”, disse a secundarista.
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina
Vitral, destaca o Brasil que se transformou nos últimos anos, reflexo das
gestões petistas: “O nosso país mudou muito, viu o filho do pedreiro na
universidade, uma família poder ter sua casa própria, construiu, através das
cotas, o combate à exclusão social, esses direitos foram conquistados com muita
luta, mas foi Luiz Inácio Lula da Silva que conduziu esse projeto, eles não
conseguem vencer respeitando o devido processo legal e recorrem ao golpe, por
isso ocupamos as ruas, por justiça e democracia" , relembra a
estudante.
Camila Lanes, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
(Ubes) avalia que a resistência em apoio ao ex-presidente seguirá firme. “O
povo ocupou as ruas nesta quarta-feira dizendo que não irão se calar, em 2018
estaremos novamente nas ruas para eleger mais uma vez Lula para governar esse
país, promovendo o desenvolvimento e transformação nacional”, assegura.
O dirigente do Movimento sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, avalia o
movimento em defesa da democracia vitorioso. “O dia de hoje transcorreu sem
nenhum problema, com milhares de pessoas em um clima de paz e resistência
contra essa perseguição do Moro aos movimentos sociais, especialmente ao
presidente Lula.
O que está em jogo nesse momento político, são os avanços do
Brasil que foram galgados nos governos Lula e Dilma, por isso a importância da
sua defesa. A vitória do ex-presidente é uma vitória de classe. Se mexem com
nosso líder, mexem com todos nós”, denuncia.
Após a fala das lideranças políticas e dos movimentos sociais, a presidenta
eleita Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula foram recebidos pela multidão no
ato.
Do Portal Vermelho
Fonte: http://www.vermelho.org.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário