BOMBA: Folha de São Paulo confirma delação de Cunha que vai
atingir ‘coração’ do governo Temer; CONFIRA AQUI!
6 de julho de 2017
A negociação da delação premiada do ex-presidente da Câmara
dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com o Ministério Público Federal –
antecipada pela coluna Radar On-Line no dia 3 de julho – deve atingir o coração
do governo federal.
Além do próprio presidente Michel Temer (PMDB), dois de seus
principais ministros – Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco
(Secretaria-Geral), ambos do PMDB – devem ser implicados nos mais de cem anexos
da sua colaboração, segundo informação publicada nesta quinta-feira pela
jornalista Mônica Bergamo, no site do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, Padilha e
Moreira integravam o grupo que comandava a bancada do PMDB na Câmara dos
Deputados, da qual Cunha foi integrante, e teria formado uma organização
criminosa que depois chegou ao Palácio do Planalto com a ascensão de Temer ao
poder.
A previsão é a de que Cunha conclua a sua parte na
negociação entregando documentos e revelando crimes seus e de terceiros até o
final da próxima semana.
O ex-deputado estaria utilizando uma sala no Complexo
Médico-Penal de Pinhais, onde está preso em Curitiba (PR), para passar aos seus
advogados as informações que pretende entregar ao Ministério Público.
Se confirmada, a delação de Cunha viria em um momento
delicado para o governo Temer.
Enfrentando uma denúncia por corrupção passiva,
apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente busca
convencer os parlamentares – responsáveis por analisar o futuro da acusação –
de que o governo está firme e de que as acusações contra ele são infundadas.
Se
o ex-presidente da Câmara comprometer de forma significativa Temer, por certo
isso influenciaria a decisão dos deputados, quando optarem por votar contra ou
a favor da aceitação da denúncia.
Levantamento de VEJA mostra que, até agora, 42 dos 66
parlamentares que compõem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) tem
posição indefinida diante da acusação da PGR.
Por outro lado, dezenove
deputados já se manifestaram a favor da aceitação, enquanto apenas cinco se
comprometem a votar contra a denúncia.
Outro acordo de delação que está sendo
negociado e pode impactar o governo é o do doleiro Lúcio Funaro, que é apontado
pelas investigações da Operação Lava Jato como operador de propinas para o
PMDB.
De acordo com a delação do empresário Joesley Batista, do
grupo JBS, eram essas – Cunha e Funaro – as duas colaborações que o presidente
Michel Temer e seus aliados próximos se esforçavam em evitar.
Na fatídica
gravação de conversa no Palácio do Jaburu entre Joesley e Temer, ambos são
citados em diálogos que indicariam, de acordo com os investigadores, o
consentimento do presidente com o pagamento de propinas pelo empresário a
ambos, em troca de não delatarem.
Na segunda-feira, por decisão do juiz federal Vallisney de
Souza Oliveira, foi preso o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira
Lima (PMDB), outro aliado próximo de Temer, com base em fatos relatados por
Funaro.
Segundo o doleiro, Geddel pressionava sua esposa para que não fizesse acordo
de colaboração.
A narrativa bate com a professada por Joesley, que identificava
o ex-ministro como seu antigo interlocutor, no grupo do PMDB, a respeito de
seus interesses e do andamento das investigações.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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