Além de condenar sem provas, Moro tripudia de Lula em
sentença, ‘fui intimidado e só não o prendi por prudência’; CONFIRA!
12 de julho de 2017
O juiz Sérgio Moro afirmou na sentença em que condenou o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (12) que foi
intimidado e que não decretou a prisão neste momento do processo por
“prudência”.
Lula foi condenado a nove anos e seis meses pelos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Além do ex-presidente, outras seis
pessoas foram condenadas no processo que envolve o caso da compra e reforma de
um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo.
Moro afirmou que há pelo menos dois depoimentos no processo
dizendo que Lula teria orientado a destruição de provas no caso.
Segundo Moro,
“tem ele [Lula], orientado por seus advogados, adotado táticas bastante
questionáveis, como de intimidação do ora julgador, com a propositura de
queixa-crime improcedente, e de intimidação de outros agentes da lei,
procurador da República e delegado, com a propositura de ações de indenização
por crimes contra a honra”.
“Aliando esse comportamento com os episódios de orientação a
terceiros para destruição de provas, até caberia cogitar a decretação da prisão
preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva” (Sérgio Moro, juiz
federal)
“Até mesmo promoveu ação de indenização contra testemunha e que foi julgada
improcedente, além de ação de indenização contra jornalistas que revelaram
fatos relevantes sobre o presente caso, também julgada improcedente”,
complementou.
“Tem ainda proferido declarações públicas no mínimo
inadequadas sobre o processo, por exemplo sugerindo que se assumir o poder irá
prender os procuradores da República ou delegados da Polícia Federal”, escreveu
ainda Moro.
“Essas condutas são inapropriadas e revelam tentativa de
intimidação da Justiça, dos agentes da lei e até da imprensa para que não
cumpram o seu dever”, afirmou.
“Aliando esse comportamento com os episódios de
orientação a terceiros para destruição de provas, até caberia cogitar a
decretação da prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”,
argumentou.
“Entrentanto, considerando que a prisão cautelar de um
ex-presidente da República não deixa de envolver certos traumas, a prudência
recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de se
extrair as consequências próprias da condenação”, concluiu.
Moro disse ainda que não tem satisfação pessoal com a condenação
de Lula. “Por fim, registre-se que a presente condenação não traz a este
julgador qualquer satisfação pessoal, pelo contrário.
É de todo lamentável que
um ex-presidente da República seja condenado criminalmente, mas a causa disso
são os crimes por ele praticados e a culpa não é da regular aplicação da lei”,
disse.
” Prevalece, enfim, o ditado “não importa o quão alto você esteja, a lei
ainda está acima de você” (uma adaptação livre de “be you never so high the law
is above you”).”
CLICK POLÍTICA com informações do G1
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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