TER, 07/02/2017 - 17:42
ATUALIZADO EM 07/02/2017 - 17:51
Jornal GGN - Na investigação da chapa Dilma Rousseff e
Michel Temer, para a cassação da candidatura em 2014, no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), a defesa da ex-presidente alertou para graves erros na perícia
contábil e no relatório da Polícia Federal.
Assim como já havia feito em setembro do última ano, quando
os advogados de Dilma apresentaram ao TSE oito mil documentos que comprovavam
cada uma das transações e movimentações financeiras do caixa de campanha do PT
para a Presidência da República, os advogados apontam falhas e inconsistências.
Entre eles, os investigadores não apresentaram sequer o
valor correto pago pela campanha. Ao invés de usar como dados os exatos dos
caixas do PT e PMDB na disputa eleitoral, a PF levantou valores que incluem
também a movimentação financeira das gráficas investigadas para outros
partidos, como até mesmo a oposição do pleito petista, o PSDB.
"No que se refere ao relatório feito pela Polícia
Federal, a defesa de Dilma Rousseff levantou inúmeros exemplos de
inconsistências sobre a matéria eleitoral, apontando que não foi considerado o
valor exato pago pela campanha Dilma-Temer (e sim toda a movimentação
financeira das gráficas – que envolve outros clientes, até o PSDB), além de
desconsiderar a efetiva subcontratação de serviços por outras empresas",
informaram.
Diante dos erros, a defesa de Dilma solicitou que a PF
esclareça as confusões e que realize novas diligências nas empresas
subcontratadas pela campanha, como a Margraf, Ultraprint, Vitalia, Paperman e
CRLS.
O pedido foi protocolado na última sexta (03) e nesta
segunda-feira (06) no TSE, ao relator Herman Benjamin. Além disso, lembraram
que os mais de oito mil documentos apresentados, que comprovavam o uso dos
recursos, não foi levado em consideração pelos investigadores.
Á época, os documentos foram divididos em 37 volumes no TSE,
e o ministro Herman Benjamin chegou a solicitar que a defesa de Dilma
destacasse quais dos oito mil arquivos eram mais relevantes para elucidar a
investigação. Os advogados afirmaram que todos eram fundamentais.
Ainda assim, o material foi anexo ao processo e Herman
afirmou que qualquer um dos documentos poderá ser apontado pela defesa, durante
o julgamento, para elucidar alguma questão.
Por fim, os advogados de Dilma Rousseff solicitaram que a
Polícia Federal recolha depoimentos dos responsáveis pelas empresas
subcontratadas na campanha: Rodrigo, Rogério e Edson Zanardo (da Red Seg),
Beckembauer Rivelino (VTPB) e Carlos Cortegoso ( Focal).
"Sustentou a defesa de Dilma Rousseff ja estar
demonstrado no processo, com inúmeros documentos, que as gráficas produziram e
entregaram todo o material contratado para a campanha de Dilma e Michel Temer e
que eventuais questões referentes a estrutura societária, relações comerciais e
trabalhistas, ou de engenharia tributária-fiscal das gráficas periciadas devem
ser objeto de ações autônomas, em instância própria, que não a Justiça
Eleitoral", informou ainda a defesa.
Fonte: http://jornalggn.com.br/
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