Pimentel busca filho no réveillon com voo oficial: ‘normal’
VEJA.com Marcela
Mattos 15 horas atrás 02/02/2017
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Alvo de um processo que pode cassar seu mandato, o
governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), desfruta cada momento no
cargo.
Logo no primeiro dia de 2017, ele usou um helicóptero oficial do estado
para buscar o filho no luxuoso Escarpas do Lago, condomínio localizado no
município de Capitólio (MG), na região Sul de Minas.
Vídeo registra o momento
da chegada do governador: de camisa, calça jeans e óculos escuros, ele beija e
abraça o filho e, em seguida, senta-se ao lado dele na aeronave.
Após o vídeo viralizar nas redes sociais, Fernando Pimentel
recorreu à sua página no Facebook na manhã desta segunda-feira para dar
explicações.
Disse que viajou no último domingo com a intenção de passar o dia
com o filho, que havia passado a virada de ano na casa de amigos. O passeio,
porém, teve de ser interrompido sob a justificativa de que o filho estaria
passando mal.
“Ainda no vôo de ida, ele [o filho] comunicou-se comigo,
dizendo que não se sentia bem, e perguntava se não me incomodaria voltar mais
cedo com ele para BH, em vez de almoçar lá.
Obviamente, eu concordei e voltamos
juntos, logo após o pouso, ainda pela manhã. Ou seja, nenhuma novidade, nada
ilegal ou irregular”, escreveu Pimentel.
Pimentel busca o filho com helicóptero do governo
Também na publicação no Facebook, o governador disse que os
ataques contra ele fazem parte de uma “campanha insidiosa” de um pequeno setor
da oposição.
Em nota, a assessoria do governo de Minas Gerais afirmou que o
“decreto 44.028/2005, assinado pelo então governador Aécio Neves, prevê a
utilização de aeronave oficial por parte do Chefe do Executivo em deslocamentos
de qualquer natureza”.
“Desde 2005, portanto, e com respaldo legal daquela
norma, são registrados voos em aeronaves oficiais nos deslocamentos de
governadores mineiros acompanhados de familiares”, disse a assessoria.
Fernando Pimentel é o principal alvo da Operação Acrônimo, da Polícia Federal,
que apura esquemas ilegais que teriam favorecido a sua campanha eleitoral de
2014, quando se elegeu governador. Segundo as investigações, empresas teriam
pago vantagens ilegais durante o período em que ele comandou o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior — Pimentel foi titular da pasta,
entre 2011 e 2014, no governo Dilma Rousseff.
Em troca, essas empresas seriam
incluídas em políticas públicas ou conseguiriam obter empréstimos do Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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