FAMILIA BOLSONARO
Tal pai tal filho: Flavio Bolsonaro, financiado por empresas
corruptas da Lava Jato
São Paulo domingo 29 de janeiro| Edição do dia
Nesta parte da investigação sobre o Bolsonaro e o seu
envolvimento com políticos e empresas corruptas, iremos ver que as empresas
condenadas pela Lava Jato não financiaram somente a sua campanha, mas também a
campanha de seu filho Flavio Bolsonaro que se elegeu deputado estadual pelo Rio
de Janeiro.
No site ’’Meu Congresso Nacional’, podemos ver que Flávio Bolsonaro recebeu dinheiro do Comite
Financeiro Único do PMDB do Rio de Janeiro e também do Pedro Paulo Carvalho
Teixeira, ex candidato a deputado federal.
Todo mundo sabe que o PMDB do
Rio de Janeiro tem políticos corruptos como Eduardo Cunha e Sergio Cabral, este último preso por receber milhões em propina para fechar
contratos públicos.
De acordo com uma reportagem de 2015 da Época, Pedro Paulo Carvalho Teixeira foi acusado pela sua ex-mulher de
Alexandra Carvalho Marcondes de agressão. Segundo o relato de sua
ex-esposa, Pedro Paulo tinha dado socos e pontapés na sua ex-esposa na frente
de sua filha.
Nas eleições de 2014, Flavio
Bolsonaro participou de uma coligação eleitoral que ajudou a eleger Luiz
Fernando Pezão para governador do Rio de Janeiro. Conforme o site IG, Pezão e Sergio Cabral arrecadou 30 milhões através de caixa
dois feito pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto da Costa
para campanha eleitoral de 2010.
O dinheiro seria de empresas que atuavam
na obra do Complexo Químico do Rio de Janeiro.
No último texto investigativo que escrevi sobre o Bolsonaro,
citei o caso que o Pastor Everaldo, presidente do PSC - partido que Jair
Bolsonaro faz parte -, pediu propina para o ex-presidente da câmara
Eduardo Cunha.
Também foi colocado que Marco Feliciano, em reportagem para BBC,
disse que o ex-presidente da Câmara envolvido em inúmeros escândalos de
corrupção era o seu malvado favorito.
Tal pai, tal filho
Conforme mostra o site ’’meu congresso nacional’’, Flavio Bolsonaro, assim como
Jair Bolsonaro também recebeu dinheiro da JBS. Esta empresa está sendo investigada pela Operação Lava Jato e
um dos donos da empresa tem ligação direta com um aliado do ex-deputado Eduardo
Cunha.
Além disso, a JBS é conhecida por ter 19 mil denúncias no Estado Grosso do
Sul no Ministério Público do Trabalho.
Em 2015, relatamos também que a JBS
demitiu ilegalmente a cipeira Andreia Pires, por fazer um abaixo assinado
que exigia um dialogo com a empresa para discutir a cobrança da refeição diária
fornecida pela empresa.
Flavio também recebeu dinheiro da LOCTEC Engenharia.
Conforme cito no texto das empresas que financiaram a campanha de Jair
Bolsonaro, esta empresa recebeu uma ação do promotor da justiça de Goias por
atos de improbidade administrativa.
Além da LOCTEC, Flavio Bolsonaro também
recebeu dinheiro da Galvão Engenharia. A cúpula desta empresa, conforme já
relatamos, foi condenada pela operação Lava Jato no final de 2015.
O deputado estadual carioca, filho de Jair Bolsonaro, também
recebeu dinheiro da BTG Pactual. Conforme consta na reportagem da G1 em 2015, o banqueiro
Andre Esteves foi preso por obstruir as investigações da Lava Jato e teve que
renunciar o comando da empresa.
Além disso, Flavio Bolsonaro também recebeu
dinheiro da construtora Noberto Odebrecht, pertencente ao grupo Odebrecht, cujo
dono fez delação premiada que envolve diversos políticos para a equipe da Lava
Jato.
Além destas empresas, Flavio também recebeu dinheiro da OAS
e Andrade Guiterrez. A cúpula da OAS foi condenada pela Lava Jato por
corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Leo Pinheiro foi preso
por 16 anos e 4 meses de cadeia.
Como havia colocado no segundo
texto investigativo desta serie sobre o Bolsonaro, Guiterrez quando fez
delação premiada mencionou propinas para as obras da Copa do Mundo, na Usina de
Belo Monte e ferrovia Norte-Sul.
Nesta delação foi citado o senador Edson Lobão
e o ex-governador Sergio Cabral.
Assim como seu pai, Flavio Bolsonaro recebeu dinheiro da
UTC, Bradesco, Gerdau e do Partido Progressista.
O dono da UTC foi condenado a
8 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e participação em
organização criminosa por pagar propina em obras da Petrobrás.
Conforme consta
no site ’’meu congresso nacional’’, o Partido Progressista, pelo
qual Flavio Bolsonaro se elegeu deputado estadual em 2014, arrecadou R$
131,781,981.79 de empresas condenada e investigada pela Lava Jato.
Luiz Trabuco presidente do Bradesco e Andre Gerdau estão sendo investigados
pela Operação Zelotes.
Esta parte da investigação prova que não é somente o Jair
Bolsonaro que está envolvido com políticos e empresários corruptos, mas também
seu filho, Flávio Bolsonaro.
Chama a atenção que muitas das empresas que
financiaram a candidatura de Jair Bolsonaro em 2014 também financiaram a
candidatura do seu filho.
Isto só prova que o lema ’’Bolsonaro 2018’’ como saída para
a crise política e econômica que o país está vivendo é uma proposta
reacionária, que nem de longe atende as necessidades dos trabalhadores e da
população pobre.
Muito pelo contrário, Jair Bolsonaro e o seu filho Flavio
Bolsonaro fazem parte deste regime podre que está a serviço dos grandes
empresários e das negociatas dos políticos corruptos.
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