Presidente do STF promete uma limpeza na política do
brasil,vai faltar cadeia
Ao votar nesta quarta-feira (25) pela validação da decisão
do ministro Teori Zavascki, que decretou a prisão do senador Delcídio do Amaral
(PT-MS) e do controlador do Banco BTG, André Esteves, a ministra Cármen Lúcia,
do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o crime não vencerá a
Justiça, se referindo às tentativas dos investigados de embaraçar as
investigações da Operação Lava Jato e tentar interferir nas decisões do STF.
“O ministro mais antigo na Corte, Celso de Mello, declarou
que ninguém está acima da lei. Segundo Mello, as leis também serão aplicadas no
caso de qualquer autoridade que tenha cometido crimes.
“Quem transgride tais
mandamentos, não importando sua posição estamental, se patrícios ou plebeus,
governantes ou governados, expõem-se à severidade das leis penais e, por tais
atos, devem ser punidos exemplarmente na forma da lei. ”
Em um dos votos mais críticos, a ministra relacionou as
investigações da Lava Jato com o julgamento da Ação Penal 470, o processo do
mensalão, e afirmou que a Corte não vai tolerar a corrupção.
“Na história recente da nossa pátria, houve um momento em
que a maioria de nós, brasileiros, acreditou no mote segundo o qual uma
esperança tinha vencido o medo.
Depois, nos deparamos com a Ação Penal 470 e
descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece se
constatar que o escárnio venceu o cinismo. O crime não vencerá a Justiça”,
afirmou na ocasião.
“Aviso aos navegantes dessas águas turvas de corrupção e das
iniquidades: criminosos não passarão a navalha da desfaçatez e da confusão
entre imunidade, impunidade e corrupção. Não passarão sobre os juízes e as
juízas do Brasil.
Não passarão sobre novas esperanças do povo brasileiro,
porque a decepção não pode estancar a vontade de acertar no espaço público. Não
passarão sobre a Constituição do Brasil” “, disse a ministra.
O ministro mais antigo na Corte, Celso de Mello, declarou
que ninguém está acima da lei. Segundo Mello, as leis também serão aplicadas no
caso de qualquer autoridade que tenha cometido crimes.
“Quem transgride
tais mandamentos, não importando sua posição estamental, se patrícios ou
plebeus, governantes ou governados, expõem-se à severidade das leis penais e,
por tais atos, devem ser punidos exemplarmente na forma da lei. Imunidade
parlamentar não constitui manto protetor de supostos comportamentos criminosos,”
acrescentou o ministro.
A prisão de Delcídio, do seu chefe de gabinete, Diogo
Ferreira, de André Esteves e do ex-advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro,
foi decretada ontem (24) pelo ministro Teori Zavascki e referendada, por
unanimidade, em uma sessão extraordinária na manhã desta quarta-feira.
Também
votaram os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
Após a sessão, Toffoli, que preside a sessão, informou que o
tribunal não aceitará intromissões nas investigações em curso.
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