Eike encerra depoimento na PF e volta para Bangu
31/1/2017 às 19h10 (Atualizado em 31/1/2017 às 23h37)
Empresário foi detido nesta segunda-feira ao desembarcar no
Brasil, no Rio de Janeiro
Eike foi levado sem algemas para depor na Superintendência
da
PF REGINALDO PIMENTA/RAW IMAGE/ESTADÃO CONTEÚDO
O empresário Eike Batista deixou a sede da Superintendência
da Polícia Federal do Rio, na região portuária da cidade.
O depoimento dele na
Delecor (Delegacia de Combate ao Crime Organizado e Desvio de Recursos) começou
às 15h e terminou pouco antes das 19h.
Durante o depoimento, estavam presentes os procuradores
Eduardo El Hage e Leonardo Cardoso de Freitas, que é o coordenador do grupo do
Ministério Público Federal à frente das investigações das operações Calicute e
Eficiência. De acordo com a Superintendência, não será revelado qualquer
tipo de informação sobre o conteúdo das repostas e declarações do empresário.
“Ele não falou nada. Ele se reservou ao direito de falar
somente em juízo. Na verdade o depoimento começou atrasado e, no procedimento
normal da Polícia Federal e do Ministério Público, eles têm que fazer as
perguntas e em todas elas ele responde que se reserva ao direito de falar em
juízo, por isso que demorou. Não foi esse tempo todo que estão noticiando.
Foi
bem menos do que isso”, informou o advogado Fernando Martins, explicando
porque o empresário permaneceu por mais de três horas na Superintendência.
“Ele vai passar a limpo [dar as informações] em juízo e
esclarecer o que tem a esclarecer, eventuais acusações. Vai falar ao longo do
processo. Na verdade, não existe processo ainda”, completou Martins.
Ao fim do depoimento Eike Batista foi entregue à Seap
(Secretaria de Administração Penitenciária) e será conduzido de volta ao
Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste, onde está preso
desde segunda-feira (30) na Penitenciária Bandeira Stampa (Bangu 9).
Eike ocupa desde segunda-feira uma cela
de 15 metros quadrados, equipada com quatro beliches, na Cadeia Pública
Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, no Complexo Penitenciário de Gericinó,
no Rio.
A unidade é destinada para milicianos e ex-policiais militares. Eike
divide o espaço com outros seis presos da Lava Jato que, assim como ele, não
têm curso superior.
A cela não tem vaso sanitário — os presos fazem necessidades
em um buraco no chão, conhecido como boi. No lado oposto, há um cano por onde
sai água fria. A prisão sofre ainda com problemas de abastecimento de água e
entupimento no sistema de esgoto, segundo funcionários da unidade.
Os registros
são abertos três vezes ao dia, de acordo com os servidores. A Secretaria de
Administração Penitenciária negou os problemas.
Cada preso tem direito a levar uma televisão de 14 polegadas
e um ventilador.
Eles recebem quatro refeições ao dia — café da manhã e lanche,
composto de pão com manteiga e café com leite; e almoço e jantar, em que são
servidos uma proteína, arroz ou macarrão, feijão, e legumes, além de refresco e
sobremesa (fruta ou gelatina).
A família de Eike terá de fazer a carteira de visitante, que
permite o acesso ao Complexo Penitenciário. O documento fica pronto entre 15
dias e um mês. Antes desse prazo, é possível pedir à secretaria autorização
especial para visita.
Conforme já estava prevista no cronograma da PF (Polícia
Federal), o empresário Eike Batista foi
levado para depor na tarde desta terça-feira (31).
Ao chegar até a
delegacia, ele desceu das viaturas sem utilizar algemas
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