Donald Trump chega a Washington para assumir a Presidência
dos EUA
AFP 19.01.17 -
12h43 - Atualizado em 19.01.17 - 16h13
1 de 3 O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald
Trump,
e sua esposa, Melania, desembarcam em Maryland, no dia
19 de janeiro de
2017 - AFP
2 de 3 Biografia de Donald Trump - AFP
3 de 3 Cerimônia de ensaio de inauguração do mandato do
presidente eleito Donald Trump acontece no Capitólio em
Washington, DC, EUA -
AFP/Arquivos
Na véspera de prestar juramento como o 45º presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump chegou de avião nesta quinta-feira a Washington
para dar início a um mandato de quatro anos, determinado a transformar a
política americana e deixar o legado de Barack Obama para trás.
O avião da Força Aérea americana, trazendo Trump, parentes e
pessoas próximas, pousou na base aérea Andrews, arredores da capital americana,
por volta do meio-dia (hora local, 15h00 de Brasília).
“Esta viagem começa e vou trabalhar e lutar muito para que
esta seja uma grande viagem também para os americanos. Não tenho dúvidas de que
juntos devolveremos a grandeza aos Estados Unidos”, publicou o presidente
eleito no Twitter na manhã desta quinta-feira, antes de deixar Nova York.
Na capital americana, Trump e seu vice, Mike Pence, darão
início ainda nesta quinta à série de atos formais que terminarão com a posse,
que será realizada na sexta-feira na escadaria do Capitólio.
O bilionário republicano, que se vangloria de ter 20 milhões
de seguidores no Twitter, deixou seu QG nova-iorquino, a Trump Tower, com
destino à capital, onde vai pernoitar, antes de se mudar na sexta para a Casa
Branca.
O empresário deixará seu Boeing pessoal no aeroporto La
Guardia, em Nova York, e passará a se deslocar a partir de então em uma
aeronave da frota presidencial, o Air Force One.
Nesta quinta, às 15h30 locais (18h30 de Brasília), Trump
depositará flores no Cemitério Nacional de Arlington, onde estão sepultados os
veteranos americanos mortos em combate, e depois discursará do outro lado do
rio Potomac, no Lincoln Memorial, epicentro da cerimônia de posse, que contará
com shows de música country e fogos de artifício.
A cerimônia de juramento, ao ar livre, no Capitólio,
começará ao meio-dia (15h00 de Brasília) de sexta-feira, segundo data e hora
estabelecidas na Constituição, e será transmitida pela TV de todo o planeta, em
um dia com previsão de chuvas.
Centenas de milhares de cidadãos, entre partidários e
opositores ao novo presidente começaram a chegar à capital para participar
deste ritual democrático do qual vão participar dirigentes políticos de todo o
país, entre eles a adversária de Trump na disputa à Casa Branca, a democrata
Hillary Clinton e três ex-presidentes.
“Trump tem pressa real de chegar à Casa Branca e começar a
trabalhar para os americanos”, disse nesta quarta-feira seu vice-presidente, o
conservador Mike Pence, de 57 anos.
Sem experiência política, nem militar, o septuagenário
Donald Trump foi eleito, de certa forma, graças aos maus modos: seus eleitores,
egressos das classes populares, o levaram à Presidência para virar a página da
era Obama e alterar profundamente o status quo político. O bilionário prometeu
por mãos à obra rapidamente.
De Kennedy a Reagan
Depois de se despedir de Barack Obama, o republicano prevê
estampar sua assinatura em quatro ou cinco decretos na própria sexta-feira e em
muitos outros, mais importantes, a partir de segunda-feira, com a finalidade de
desmontar tudo o possível da gestão de seu antecessor sem esperar o Congresso,
em temas como imigração, meio ambiente, energia, direito trabalhista.
Trump deve, ainda, terminar o discurso de posse que fará na
sexta-feira. Em dezembro, em seu clube privado de Mar-a-Lago, na Flórida, sua
“Casa Branca de inverno”, ele disse que queria se inspirar em John F. Kennedy e
Ronald Reagan.
Em 1961, em plena Guerra Fria, o democrata Kennedy conclamou
seus concidadãos, em seu discurso inaugural, a não reivindicar que os Estados
Unidos fizessem algo por eles, mas se perguntar o que eles podiam fazer pelo
país. Em 1981, Reagan disse que “o governo não é a solução para nossos
problemas, o governo é o problema”.
Trump consultou vários historiadores, observou discursos de
alguns de seus antecessores e tem sido aconselhado por seus assessores, mas o
texto que lerá na sexta-feira será “um texto Trump. É ele que o redige, edita e
corrige”, comentou seu porta-voz, Sean Spicer.
A duração do discurso seria de 20 minutos, como o de Barack
Obama em 2009, disse o porta-voz.
Segundo ele, será um discurso “muito pessoal” e terá um tom
“filosófico”.
“Explicará o que significa ser americano, os desafios aos
quais estamos confrontados”, destacou, e evocará em particular o tema da
educação.
“Não será um programa detalhado e sim um documento
filosófico, de sua visão do futuro do país, do papel do governo e do papel dos
cidadãos”, explicou Spicer.
Oposição democrata se organiza
O presidente em fim de mandato fez uma espécie de
advertência na quarta-feira ao seu sucessor. Com um pé fora da Casa Branca, o
democrata, de 55 anos, reiterou que não intervirá regularmente no jogo
político, mas não se calará se Trump ultrapassar alguns limites.
A oposição democrata está se organizando sem o atual
presidente.
Um terço dos legisladores do partido boicotará a cerimônia
de sexta-feira e no Senado, os democratas tentarão dificultar a confirmação de
diversos membros do gabinete de Trump.
Os republicanos pretendiam que na mesma sexta-feira pelo
menos sete integrantes do novo gabinete fossem confirmados em seus postos pelo
Senado, mas é provável que fracassem em sua tentativa.
Fonte : http://istoe.com.br/
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